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sábado, outubro 10, 2015

O candidato que a direita descobriu na Fundação da Casa de Bragança


A escolha de Celorico de Basto para a apresentação da candidatura à presidência da República, longe dos palcos em que Marcelo Rebelo de Sousa costuma actuar, pode ter surpreendido muito boa gente. Ao que se vê, foi o município mais distante de Vila Viçosa que Marcelo encontrou.

Mas o expediente da avó Joaquina não evita que Marcelo tenha de fazer mais uma cabriola: renegar o compromisso vitalício de presidir à Fundação da Casa de Bragança, um cargo que «é sério e pesado». Ou como o próprio assumiu quando optou por ser testamenteiro da Casa de Bragança: «Não posso dizer, quando aceito esta incumbência, "olhe vou ali num instante fazer um lugar honorário, depois vou fazer isto, aquilo, e depois volto". É um lugar de empenhamento efectivo». Afinal, voltou.

segunda-feira, outubro 06, 2014

Opinião de José Sócrates


Excerto com a análise do discurso de Cavaco Silva
(via Sítio Com Vista Sobre A Cidade)

A emissão completa da Opinião de José Sócrates de 5 de Outubro de 2014 pode ser vista aqui (via Miguel Ângelo): para além da análise do discurso de Cavaco Silva na cerimónia comemorativa da proclamação da República, José Sócrates examinou os efeitos da nova liderança do PS no xadrez político e fez alusão às eleições no Brasil.

Lutámos?



      «Lutámos pela democracia antes e depois do 25 de abril.»

Já homem feito, Cavaco Silva teve um comportamento ignóbil na PIDE, ao intuir que a polícia política do Estado Novo poderia não ver com bons olhos que ele se relacionasse com o sogro, por este se ter casado de novo. Com efeito, numa ficha da PIDE que fora obrigado a entregar, Cavaco não hesitou em escrever, num espaço de preenchimento facultativo, que «não priva» com a segunda mulher do sogro, dando o nome completo da senhora.

Mais do que ter sossegado a PIDE, comunicando-lhe «não exercer qualquer actividade política» e considerar-se «integrado dentro [sic] do actual regime político», foi a atitude em relação ao sogro que revelou a têmpera, o carácter e a probidade de Cavaco Silva.

Mesmo depois do 25 de Abril, Cavaco Silva demonstrou em múltiplas situações que a sua adaptação ao regime democrático foi uma tarefa penosa, quando não mesmo inconseguida. Desde logo em relação à Constituição da República, que, enquanto Presidente da República, jurou cumprir e fazer cumprir. Num discurso proferido em 19 de Maio de 1990, o então primeiro-ministro sustentava que a Constituição submetia o país a uma «tutela colectivista imposta pelo golpe comunista e socialista do 11 de Março», que teria como propósito a «perpetuação de uma orientação marxista e socializante para a sociedade portuguesa» e que fora aprovada num processo que «não respeitou a dignidade de Portugal nem os nossos mais legítimos interesses» (artigo publicado no Jornal de Notícias, em 25.4.1994).

É este Cavaco Silva — que recusou atribuir a Salgueiro Maia uma pensão, mas que concordou com a atribuição de pensões a dois ex-inspectores da PIDE, um dos quais estivera envolvido nos disparos sobre a multidão concentrada à porta da sede daquela polícia política — que tem o desplante de se incluir entre os que lutaram pela democracia antes e depois do 25 de Abril?

terça-feira, outubro 08, 2013

«Que Governo é este que atrai tantos delinquentes?»

• Mário Soares, Um triste 5 de Outubro:
    «(…) a hipocrisia do Presidente da República e do Governo de que o Presidente é solidário e protetor, como se tem visto, é seguramente maior. Não há PIDE, é verdade. Mas a polícia vai teimando em bater em quem protesta e qualquer dia - como avisou Durão Barroso - "temos o caldo entornado"...

    (…)

    Passos Coelho tenta segurar Rui Machete, como fez com Relvas, agora desaparecido e vaiado também por portugueses no Brasil. Mas parece impossível que consiga fazer o mesmo com o ministro dos Negócios Estrangeiros e com a ministra das Finanças, Maria Luís Albuquerque, igualmente acusada de pouca seriedade e com pedidos do Parlamento para ser também demitida. É caso para perguntar: que Governo é este que atrai tantos delinquentes e que Pacheco Pereira, que é membro do PSD, teve a coragem de afirmar que "está cheio de má-fé"? E cujas "secções, em muitos casos artificiais, controladas por caciques locais, cuja vida, carreira e progressão dependem da sua capacidade de controlo do poder interno".»

sábado, outubro 05, 2013

Viva a República!


No primeiro ano em que o 5 de Outubro não é feriado nacional, Cavaco e Passos foram, uma vez mais, vaiados. António Costa lembrou: “Não se combate a crise com um país dividido, descrente, desmobilizado, desconfiado e sem esperança no futuro.” As eleições costumam ajudar a ultrapassar este estado de coisas.

quinta-feira, outubro 11, 2012

Viva a República!

• Rui Pereira, Viva a República!:
    ‘(…) A ideia simples de que o Chefe do Estado deve ser eleito pelos cidadãos – de preferência através de sufrágio directo – é de uma grande actualidade e articula-se harmoniosamente com o princípio democrático. Por simpático que seja algum monarca ou candidato a monarca, nenhum argumento racional justifica a distinção entre cidadãos em função da sua ascendência. Só o mérito pessoal, reconhecido em eleições, deve ditar quem nos chefia.

    Não raramente, os monárquicos alegam que a República é ilegítima por duas razões aparentadas: não foi sufragada pelo Povo e não pode ser abolida democraticamente, dado que se inclui nos limites da revisão constitucional. Nenhum dos argumentos procede. Em primeiro lugar, os constituintes que optaram pela República, em 1976, foram eleitos pelo Povo. Em segundo lugar, uma maioria de dois terços dos deputados possibilitaria a escolha da monarquia através de uma dupla revisão – alterando primeiro os limites e, na revisão seguinte, a forma de governo.’

sexta-feira, outubro 05, 2012

Adivinha para o jantar


Nesta cerimónia, houve um discurso de Presidente da República e um discurso de representante do Governo. Quem fez o quê?

A República

Já tivemos Presidentes da República populares, impopulares, reservados, expansivos, civis, militares. A seu modo, todos cumpriram com decência e com coragem os respectivos mandatos. Até hoje. E a História registará este intervalo, disso não tenhamos qualquer dúvida.

VIVA A REPÚBLICA!