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sexta-feira, dezembro 19, 2014

A entrevista

• Fernanda Câncio, A entrevista:
    «(…) Um regime totalitário a usar o símbolo máximo da liberdade de expressão que é a internet e o método de intrusão e difusão de informação confidencial cunhado pelos seus paladinos (a WikiLeaks) para a atacar, à liberdade de expressão: é mesmo a sequela state of the art, irónica e perversa do 11 de Setembro. E desta vez com total sucesso: a chantagem foi bem-sucedida, o mal venceu e ainda por cima pouca gente, fora dos EUA, parece incomodada; há até quem trate isto como piada. Se calhar porque não há sangue nem cabeças cortadas nem islão. E porque nos habituámos a ver a liberdade a ser usada como terror contra a liberdade - todos os dias, nas caixas de comentários e até nas primeiras páginas de publicações que defendem o direito ao insulto, à calúnia e à invasão da privacidade - e a "defendê-la" de forma tão oportunista e cirúrgica que se calhar já pouca gente sabe ao certo o que isso, liberdade, seja, muito menos quando está de facto em risco e como lutar por ela.»

sexta-feira, abril 18, 2014

De novo acima do paralelo 38

Miguel Tiago (à esq.), que trocou a luta de massas pela luta individual

Em 2003, ficou famosa a declaração de Bernardino Soares: «Tenho dúvidas de que a Coreia do Norte não seja uma democracia». Hoje, o Expresso dá conta de que Miguel Tiago, outro deputado do PCP, se envolveu numa acalorada conversita no Facebook, fazendo finca-pé de que na praça de Tiananmen não ocorreu um «massacre» há 25 anos (ou, para se ser mais rigoroso, não existe «uma única prova» de que tivesse ocorrido).

O que surpreende não é a cegueira de que enfermam alguns excelsos dirigentes do PCP. O que surpreende é que o próprio PCP não se coíba de revelar que se revê no programa e na praxis de partidos como o Partido dos Trabalhadores da Coreia ou o Partido Comunista da China, considerando-os, por isso, partidos irmãos. Dá má fama ao socialismo. E creio ter efeitos bem mais perniciosos do que «a cassete dos EUA sobre a China».