Portugal registou o maior agravamento na Europa da taxa de desemprego jovem, indicou hoje o Eurostat. É a continuação desta catástrofe que os portugueses querem?
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quarta-feira, setembro 30, 2015
Portugal tem a maior subida na Europa do desemprego jovem
Portugal registou o maior agravamento na Europa da taxa de desemprego jovem, indicou hoje o Eurostat. É a continuação desta catástrofe que os portugueses querem?
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Mais uma aldrabice de Portas

- «Depois do INE revelar que foram destruídos 34 mil empregos entre Julho e Agosto de 2015, Paulo Portas tentou desvalorizar a subida da taxa de desemprego e a queda do emprego dizendo que era normal os números piorarem em Agosto.
Consultando os dados do INE, verificamos que ocorre o oposto do que diz Portas. Não é de todo normal os números do emprego piorarem em Agosto.
Não foi isso que aconteceu em 2014 ou em 2013, por exemplo. Na verdade, consultando as séries de dados disponíveis, constatamos que só houve destruição de emprego em Agosto em anos em que o o emprego total está em forte queda todos os meses, como aconteceu em 2011 e 2012.
Não que surpreenda muito, mas estamos perante mais uma aldrabice de Paulo Portas.»
- João Galamba, no Facebook
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terça-feira, setembro 29, 2015
A herança que Costa recebe de Passos:
menos emprego, mais desemprego
menos emprego, mais desemprego
O INE informa:
- • A população empregada regista o maior recuo desde Novembro de 2012;
• Apesar da emigração, apesar do aumento desmesurado dos desempregados considerados «desencorajados», apesar do crescimento do subemprego, apesar da utilização de todos os expedientes (como os estágios), o desemprego entre Julho e Agosto aumentou, sendo que a coligação de direita vai entregar em Outubro um país com um desemprego maior do que aquele que herdou em 2011 (em plena crise das dívidas soberanas);
• A taxa de desemprego entre a população jovem é quase três vezes superior à da população adulta (acima dos 23 anos), estando a primeira a agravar-se há alguns meses.
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sábado, agosto 22, 2015
sexta-feira, agosto 07, 2015
Passos e as culpas
• Fernanda Câncio, Passos e as culpas:
- «"A taxa de desemprego em 12,4% é um valor extremamente elevado, que representa o sinal mais evidente da crise profunda que estamos a atravessar. A recessão económica não é uma consequência do pedido de ajuda externa [...] mas é o resultado da ineficiência das políticas que foram seguidas durante todos estes anos." A frase é do atual PM. Mas, calma, foi proferida antes de o ser - em maio de 2011, em plena campanha para as legislativas de 5 de junho.
E é simbólica por vários motivos. Primeiro por demonstrar como o mesmíssimo valor de taxa de desemprego pode ser, para a mesma pessoa e conforme está na oposição ou no governo, "extremamente elevado" e testemunho de "crise profunda" e "políticas ineficientes" ou sinal de "recuperação". Em 2011, alegar-se-á, a taxa oficial de desemprego estava a subir e agora está a descer, e descer é melhor do que subir (dah). Mas será que faz sentido um governante gabar-se por ter - alegadamente, já que se perderam mais de 200 mil empregos entretanto - voltado a um ponto de partida que reputou de muito grave?
"Congratularem-se com ter a mesma taxa de desemprego agora e na altura do resgate é como uma pessoa ao sair do hospital ficar contente por se sentir como quando ia na ambulância para lá", escreveu, no Twitter, uma jornalista do Financial Times, respondendo ao secretário de Estado Maçães (que está em jihad contra quem ponha em causa o sucesso PAF). Mas a frase de Passos transporta mais ironias, como a da recusa - em 2011 - de contextualização para a recessão da economia portuguesa. Como se a crise económica planetária desencadeada em 2007-2008 com o rebentar da "bolha" financeira do imobiliário, consensualmente comparada à grande depressão dos anos 30 do século passado, nunca tivesse existido; como se a crise das dívidas soberanas europeias, que em 2010, na sequência da primeira, levou aos pedidos de resgate da Grécia e mais tarde da Irlanda, de Portugal e de Chipre (os 130 mil milhões emprestados à Espanha levaram outro nome), nunca houvesse ocorrido.
Nada disso: em 2011, desemprego, austeridade, recessão, resgate eram só responsabilidade do governo português. Mas e agora, quatro anos depois, como explica Passos a dívida em 130% do PIB após austeridade maciça, mais de 200 mil empregos desaparecidos, emigração recorde, a trapalhada da resolução do BES, todas as previsões do executivo erradas? É vê-lo, há uma semana, na redação do Jornal de Negócios. Invocando os "tempos de vacas gordas" de que os socialistas gozaram, retorque, ríspido, a quem objeta: "Qual crise mundial? E nós, não tivemos crise? A crise que herdámos em 2011 resultou das decisões que tomei?" E conclui: "Fizemos um resgate internacional, passámos por uma recessão que foi a maior que tivemos nos últimos anos - 4% de recessão em 2012! Se no meio disto tudo não tivéssemos desemprego seria um milagre." Coitado de Passos, realmente, não lhe podemos pedir responsabilidade por nada.»
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quinta-feira, agosto 06, 2015
O desemprego que fugiu das estatísticas
«Saíram os dados do INE relativos ao emprego no 2.º trimestre de 2015. É possível assim fazer a comparação com o segundo trimestre de 2011 (aquando do início de funções do atual Governo):
- 1. Há menos 220 mil empregos.
2. O número de desempregados (pessoas sem trabalho procurando ativamente emprego) baixou em 60 mil. Como é que isto é possível?
3. Porque são 160 mil os desempregados ocupados em programas de formação do IEFP.
4. Porque são 243 mil os desencorajados, isto é, aqueles que, não estando empregados, deixaram de procurar ativamente emprego.
5. E porque, entretanto, terá emigrado cerca de meio milhão de portugueses.»
- Augusto Santos Silva, no Facebook
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O outro lado do desemprego

- «(…) Há, a nível nacional, mais de 250 mil cidadãos em situação de subemprego - ou seja, que têm um part-time indesejado e não conseguem aceder a um horário completo. Quase idêntico número está em formação profissional ou em estágio. Perto de 500 mil pessoas emigraram durante esta legislatura e estão a trabalhar, mas no estrangeiro. E há ainda que ter em conta o emprego sazonal, precário, que tende a subir em ciclos de crescimento do turismo, como é este ano o caso. (…)»
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quarta-feira, agosto 05, 2015
Da série "Frases que impõem respeito" [942]

Nada é mais flexível do que um contrato a prazo. É impossível flexibilizar mais a lei portuguesa, porque um contrato a prazo é um acto administrativo de despedimento. É despedimento a prazo, ou seja, a prazo conhecido. Sabemos quando vai terminar.
- Mário Centeno, hoje em entrevista ao Público, quando o INE confirma que dois terços dos empregos criados no trimestre são a prazo
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Como os milagres acontecem
Pedro Mota Soares e Marco António Costa dizem que as regras do INE não mudaram em 2011. Vejamos o que diz o INE:
Passar a considerar como não estando (oficialmente) desempregado, mas sim (oficialmente) empregado, os (efectivamente) desempregados que participem em programas de formação profissional do IEFP (obrigatórios) levou a que o número de desempregados ocupados em programas do IEFP disparasse desde que este governo entrou em funções.
Resultado: só por causa da alteração das regras e do crescimento brutal de programas de formação profissional, há automaticamente menos 140 mil desempregados e mais 140 mil empregados. Uma imagem vale mais que mil palavras:
- "Pessoas a frequentar Programas Ocupacionais de Emprego, promovidos pelo IEFP, não eram consideradas necessariamente empregadas no questionário anterior, mas passaram a ser no questionário actual" (INE, inquérito ao emprego, I Trimestre de 2011).
Passar a considerar como não estando (oficialmente) desempregado, mas sim (oficialmente) empregado, os (efectivamente) desempregados que participem em programas de formação profissional do IEFP (obrigatórios) levou a que o número de desempregados ocupados em programas do IEFP disparasse desde que este governo entrou em funções.
Resultado: só por causa da alteração das regras e do crescimento brutal de programas de formação profissional, há automaticamente menos 140 mil desempregados e mais 140 mil empregados. Uma imagem vale mais que mil palavras:
- João Galamba, no Facebook
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terça-feira, agosto 04, 2015
PSD ignora centenas de milhares de desempregados
O PSD sistematicamente ignora centenas de milhares de portugueses que são desempregados, embora não constem das estatísticas de desemprego. O PSD ignora:
- • 160 mil portugueses que frequentam programas ocupacionais;
• 250 mil portugueses que desistiram, por desmotivação, de procurar emprego;
• 500 mil portugueses que emigraram empurrados pelas políticas do actual governo.
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Perder a democracia em nome das boas maneiras?
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segunda-feira, agosto 03, 2015
Taxa de desemprego? 22% (sem contar com a emigração)
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sábado, agosto 01, 2015
O agente comercial da Randstad
«Portugal deu a volta», diz o valete que Paulo Portas colocou no Ministério da Solidariedade, Emprego e Segurança Social. Mais uma mentira de quem está em desespero, que, de resto, já foi abundantemente desmentida: por exemplo, aqui, aqui ou aqui. O que é espantoso é o descaramento de Mota Soares, ao fazer estas declarações tendo atrás de si, como pano de fundo, publicidade a uma empresa de trabalho precário.
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sexta-feira, julho 31, 2015
Milagre PAF faz puf
• Fernanda Câncio, Milagre PAF faz puf:
- «O país está muito melhor. E não é de agora: já em fevereiro de 2014 o líder da bancada do PSD, Luís Montenegro, garantia que "a vida das pessoas não está melhor, mas a vida do país está muito melhor." Modéstia, já se vê. Sabemos agora que não é só "a vida do país" que melhorou, mas a das pessoas também - dizem-no em coro Passos e Portas. E melhorou em relação a quê? A 2011, que, como é sabido, é o princípio do mundo e medida de todas as coisas no que a PSD e CDS diz respeito.
Veja-se por exemplo o desemprego, segundo o porta-voz do PSD, Marco António Costa: "Face aos 661 mil desempregados existentes em junho de 2011, temos em junho de 2015 636 mil. Isto é, uma redução superior a 20 mil desempregados." E o centrista Nuno Magalhães coadjuva: "A taxa de desemprego de 12,4% em junho, divulgada pelo INE, está pela primeira vez abaixo da deixada pelo governo socialista que era de 12,7%."
Não é que suspeitemos da veracidade destas afirmações - por amor de deus, temos lá motivos - mas visitar os relatórios do INE é sempre interessante (embora enlouquecedoramente difícil, o que talvez explique o motivo pelo qual é tão fácil jogar com números sem contraditório). Ora se a estimativa do INE para o desemprego de junho de 2011 (até 2014 só eram apurados valores trimestrais) é a apresentada pela coligação, o problema é aquilo de que ela não fala, compreensivelmente: o número de empregados. Em junho de 2011 eram 4,703 milhões; em junho de 2015 são 4,494 milhões. Ou seja, 209 mil empregos a menos. Uma diferença que faz empalidecer um pouquinho a tal vantagem de "menos 20 mil desempregados" cantada por PSD e CDS.
Ou seja: para um nível de desemprego registado (fixem esta expressão, é importante) um pouco inferior temos muito menos empregados em junho de 2015 do que em junho de 2011. Portanto, não tendo morrido 200 mil pessoas em idade ativa nestes quatro anos, deveríamos ter muito mais desemprego registado. Por que não temos? Uma das respostas tem que ver com os desempregados que já não estão nas estatísticas de procura de emprego porque desistiram de o procurar. No primeiro trimestre de 2015 (estes dados não estão ainda disponíveis para o segundo trimestre), o INE calcula em 256,8 mil o número de inativos "disponíveis" - ou seja, não são estudantes, reformados ou "domésticos" - que não procuram emprego; no segundo trimestre de 2011 seriam 146,8 mil. Concluindo: em junho de 2015 há mais 110 mil de-sempregados "desencorajados". E há ainda, claro, a emigração. Entre 2011 e 2014, a população em idade ativa (dos 15 aos 64) passou de 6 961 852 para 6 879 414. 82 438 pessoas, sobretudo na faixa etária entre os 20 e os 35, desapareceram das estatísticas. "O PSD fez contas", titulava ontem o DN online. Fez: à nossa distração e cansaço. A ver se a malabarice pega - outra vez.»
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segunda-feira, julho 20, 2015
As brincadeiras de Passos sobre o emprego
• João Galamba, As brincadeiras de Passos sobre o emprego:
- «Na sua entrevista à SIC, Passos Coelho disse que o governo anterior tinha destruído muito mais emprego do que este, que, desde 2013, até tinha criado 175 mil empregos. A verdade é que, desde que este governo entrou em funções há menos 320 mil empregos. Há menos, não mais emprego. O emprego já não está a cair, é certo, mas o saldo desta legislatura permanece trágico, com uma destruição líquida de emprego como nunca havia acontecido em Portugal.
Ao contrário do que afirmou Passos Coelho, nem o governo anterior destruiu 236 mil empregos, nem o seu governo criou 175 mil empregos.
Até à crise financeira, cujos efeitos em matéria de emprego começaram no terceiro trimestre de 2008, haviam sido criados 120 mil empregos, muito próximo dos 150 mil prometidos para a legislatura. Desde o início da crise financeira, passando pelas eleições de 2009, até à queda do governo, o resultado é bastante negativo, cerca de 180 mil empregos destruídos. Durante os 6 anos de governo PS, isto é, entre o primeiro trimestre de 2005 e o segundo trimestre de 2011, foram destruídos 60 mil empregos. Curiosamente, entre o primeiro e segundo trimestre de 2011 foram criados 25 mil empregos.
E depois veio o governo de Passos Coelho e Paulo Portas.
Entre o segundo trimestre de 2011 e o primeiro trimestre de 2013, ou seja, desde que o governo de Passos Coelho e Paulo Portas decidiu ir além da troika até o seu desvario austeritário ter sido travado pelo Tribunal Constitucional, foram destruídos 444 mil empregos. Mais do dobro do emprego destruído entre o início da crise financeira e o pedido de ajuda externa, mais do quadruplo do que estimava o próprio governo quando assumiu funções.
Nos últimos dois anos foram criados 120 mil empregos - não 175 mil - menos de um terço do emprego destruído nos dois anos anteriores. Mas, mais importante do que o debate em torno dos números do emprego, é o facto de não ser possível falar em emprego sem perceber o que se passou com os (desempregados) ocupados, que contam estatisticamente como estando empregados. Desde 2013 tornou-se mesmo impossível fazê-lo, porque é a evolução dos ocupados que praticamente toda a criação de emprego.
Até à entrada em funções deste governo, o número de ocupados rondava os 20 mil. Com este governo, os ocupados rondam os 160/170 mil. Segundo o IEFP, os ocupados são pessoas “integradas em programas de emprego ou formação profissional, com exceção dos programas que visem a integração direta no mercado de trabalho”. Independentemente de uma discussão, também ela importante, sobre os méritos e deméritos deste tipo de programas, uma coisa é certa: como a própria definição de ocupado indica, não se tratam de empregos propriamente ditos, mas de programas para reforçar a empregabilidade que contam estatisticamente como empregos.
Ao contrário da propaganda de um governo que diz querer libertar a economia do Estado, nunca como hoje a criação de emprego deveu tão pouco ao sector privado. Desde 2013, o número de desempregados envolvidos em programas de emprego ou formação profissional aumentou em cerca de 90 mil pessoas. Ou seja, o Estado, só com estes programas, que “não visam a integração direta no mercado de trabalho”, explica 75% da criação de emprego desde 2013. E esta percentagem não inclui os estágios financiados, muitas vezes a 95%, pelo Estado.
Os estágios, que são políticas que visam a integração direta no mercado de trabalho, não são uma realidade menos importante que os ocupados, como refere o Tribunal de Contas nas páginas 32 e 33 do seu relatório sobre o “Acompanhamento da Execução do Orçamento da Segurança Social”. Se o aumento do número de estágios financiados pelo Estado desde 2013 for superior a 30 mil, então podemos dizer que, ao longo de toda a legislatura, a economia continuou a destruir emprego, só sendo possível mascarar a real situação através de forte intervenção, direta (75% do emprego criado) e indireta, do Estado.
As políticas públicas são essenciais para criar emprego, mas devem servir para melhorar o mercado de trabalho e criar verdadeiras oportunidades para quem não tem emprego ou para quem entra pela primeira vez no mercado de trabalho, não para ajudar a mascarar estatisticamente a realidade do emprego e nunca para forjar um sucesso, ou um dinamismo do emprego, que não existe.
Como os números tornam evidente, este governo destruiu centenas de milhares de empregos. Se excluirmos os ocupados, o saldo de emprego da atual maioria passa de 320 mil empregos destruídos para cerca de 460 mil ao longo da legislatura. E os 120 mil empregos criados desde o primeiro trimestre de 2013 até ao primeiro trimestre de 2015 ficam reduzidos a 30 mil (número que não inclui os estágios).
Quando este governo assumiu funções previa que, em 2015, o emprego estivesse ao nível de 2011. Está 300 mil abaixo. Se não fossem as chamadas políticas ativas de emprego, totalmente financiadas pelo Estado, os 300 mil passariam a 440/450 mil. Esta é a real dimensão do fracasso deste governo em matéria de volume de emprego. E não há propaganda nem mistificação estatística que apaguem esse facto.»
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E Maçães não ter telefonado à Sarah Palin foi uma sorte
Interrompo as férias (e aproveito para escrever um pouco mais) para destacar um feito inédito na arena internacional. João Galamba relata-o:
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- «Depois de Negócios, Observador e Expresso não terem confirmado a propaganda de Passos Coelho sobre os números do emprego e do desemprego, eis que vemos Bruno Maçães, responsável governativo pela propaganda internacional, a repreender publicamente o mais do que insuspeito Wall Street Journal por este não publicar os números inventados pelo governo.»
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sexta-feira, julho 17, 2015
A narrativa aldrabada
• Pedro Silva Pereira, A narrativa aldrabada:
- «A entrevista do primeiro-ministro à SIC foi um verdadeiro monumento de mistificação e distorção grosseira dos factos. Começou na Grécia, passou pelos números do desemprego e do défice e acabou com o anúncio do fim da austeridade. Na questão da Grécia, chegou a ser patético. Contra toda a evidência testemunhada pelo Mundo inteiro em dias seguidos de elevada tensão negociai, Passos quis convencer-nos de que "houve sempre unanimidade no Eurogrupo", o qual, vejam lá, até deu provas de uma imensa "generosidade" para com a Grécia. Esqueçam, portanto, as resistências da Finlândia e da Alemanha e a preferência de Schäuble pelo 'Grexit' temporário; esqueçam as iniciativas e pressões de Hollande e o sonoro "basta!" de Renzi - nada disso conta. O nosso excelentíssimo primeiro-ministro, que esteve lá, viu tudo ao contrário de toda a gente: total "unanimidade" e profunda "generosidade", garante ele. E, em boa verdade, já que inventou uma história tão bonita, porque não arranjar-lhe também um final feliz? Se bem o pensou, melhor o fez. Vai daí, escolheu para si o papel principal: por acaso, a ideia para o acordo final até foi dele. Também por acaso, mais ninguém reparou nisso. Mas um criativo talentoso nunca deixa que os factos atrapalhem uma boa história.
Nos números do desemprego, Passos andou perto da desonestidade intelectual. Começou por comparar a evolução da taxa de desemprego entre 2005 e 2011, durante os governos socialistas, omitindo que em 2011 se operou uma quebra de série por alteração da metodologia estatística do INE, o que transforma qualquer comparação linear numa pura fraude. Depois, atribuiu o aumento do desemprego nesse período ao "modelo de desenvolvimento económico socialista", omitindo a redução do desemprego verificada entre 2005 e meados de 2008 e ignorando, ostensivamente, a crise financeira internacional que a partir de 2008 fez o desemprego aumentar não só aqui mas em toda a Europa; finalmente, descreveu uma imaginária dinâmica de criação de emprego na economia, escamoteando o único balanço que interessa: ao fim de quatro anos de governação PSD/CDS, centenas de milhares de empregos foram destruídos e o desemprego é hoje mais alto do que era quando a direita chegou ao poder.
Depois, veio a conversa dos défices de 2010 e 2011, numa tentativa esfarrapada de justificar a austeridade "além da troika" com as contas alegadamente "mal feitas" do Memorando inicial (que, aliás, o PSD também negociou). Ora, nem o défice oficial de 2010 era desconhecido ao tempo da negociação do Memorando (salvo quanto à fraude estatística operada pelo Governo do PSD na Madeira, sendo que a revisão posterior, e retroactiva, da metodologia estatística do Eurostat em nada alterou o esforço orçamental pedido para efeitos do Memorando), nem o défice registado no primeiro semestre de 2011 (também inflacionado pela fraude estatística do PSD na Madeira) justifica as medidas de austeridade que o Governo, por sua livre opção, de imediato resolveu tomar (designadamente, o corte de 50% do subsídio de Natal, que o Expresso garantiu na altura já estar decidido pelo Governo muito antes de conhecidos os números do défice) e depois ainda agravou mais em 2012 (cortando salários e pensões) e 2013 (com o enorme aumento de impostos). Ao contrário do que diz Passos, a verdade é que houve nisto tudo uma escolha de política orçamental do Governo, que sempre acreditou nas virtudes redentoras da austeridade e do empobrecimento - e gabou-se disso. Acresce, em todo o caso, que o défice de 2011 acabou por ficar muito abaixo (e não muito acima!) da meta prevista no Memorando e isto porque o país dispunha de uma medida alternativa e extraordinária (a transferência dos fundos de pensões), a que o Governo acabou por recorrer já tarde de mais. Por muito que custe, descontado esse efeito extraordinário registado nas contas do segundo semestre de 2011 e a fraude estatística do PSD na Madeira, o famoso défice do primeiro semestre de 2011, que o primeiro-ministro agora diz estar na origem de todos os sacrifícios destes quatro anos, foi MENOR do que o défice obtido na gestão orçamental do segundo semestre de 2011, já com o Governo de Passos e Portas. É por essas e por outras que estes senhores não podem ficar a falar sozinhos sobre tudo isto, como se fosse deles a verdade histórica e a pudessem manipular a seu belo prazer para efeitos de campanha eleitoral.
Finalmente, o primeiro-ministro acabou a sua entrevista à SIC com chave de ouro, prometendo acabar com as medidas de austeridade e até esboçando uma vaga intenção de "combater as desigualdades". Mas não é nada urgente: fica para a próxima legislatura. Foi aqui que a jornalista Clara de Sousa terá achado que a coisa estava a ir um bocado longe de mais e perguntou como é que o primeiro-ministro conciliava isso com a decisão já anunciada pelo Governo de cortar ainda mais 600 milhões de euros nas pensões de reforma. Infelizmente, não se percebeu nada da resposta.»
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quinta-feira, julho 16, 2015
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