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segunda-feira, novembro 09, 2015

Bloomberg desmente imprensa alarmista

    «Posto assim, até é triste. Mas a verdade é que Portugal não tem nada de especial. Refiro-me à evolução recente das taxas de juro da dívida pública (ver gráficos abaixo, retirados há pouco do site da Bloomberg). A não ser que o acordo entre as esquerdas portuguesas esteja a afectar o futuro de Espanha e de Itália, a evolução dos juros sobre a dívida nacional tem muito pouco a ver com o que está a ser discutido na AR. As devidas desculpas à imprensa alarmista pelo mau jeito.»

terça-feira, outubro 27, 2015

A tempestade de Schäuble

• Yanis Varoufakis, A tempestade de Schäuble:
    «(…) o compromisso da Alemanha com "regras" que são incompatíveis com a sobrevivência da zona euro prejudica os políticos franceses e italianos, que esperavam, até há pouco, uma aliança com a maior economia da Europa. Alguns, como Renzi, respondem com atos de rebeldia cega. Outros, como Macron, estão a começar a aceitar melancolicamente que o atual quadro institucional da zona euro e a sua combinação de políticas acabarão por levar ou a um rompimento formal ou a uma morte lenta sob a forma de divergência económica continuada. (…)»

domingo, julho 19, 2015

Da série "Frases que impõem respeito" [939]


Então teríamos de fazer o mesmo com a Itália, Espanha, Portugal.
      Sigmar Gabriel, vice-chanceler e ministro da Economia da Alemanha, que recusa a proposta de Schäuble de afastar a Grécia da zona euro, mas que coloca Portugal, apesar da brutal austeridade dos últimos quatro anos, a correr na mesma pista dos gregos

segunda-feira, julho 14, 2014

«Uma política europeia ao serviço dos interesses de uns,
contra os interesses dos outros»

• Pedro Silva Pereira, Do lado errado:
    «A flexibilidade na aplicação das regras orçamentais europeias, proposta pelo primeiro-ministro italiano Matteo Renzi, é uma condição indispensável para viabilizar uma agenda de crescimento e emprego minimamente credível. Infelizmente, o Governo português insiste em ficar do lado errado na defesa da "linha dura" da austeridade.

    Tal como Renzi havia feito na semana passada diante do Parlamento Europeu, aquando da apresentação das prioridades da presidência italiana do Conselho, o ministro italiano das finanças, Pier Cario Padoan, teve a lucidez e a coragem de levar esta semana à reunião do ECOFIN a ideia de permitir uma trajectória mais suave de redução do défice aos países que promovam reformas estruturais favoráveis ao crescimento, capazes de melhorar a situação económico-social e de proporcionar ganhos orçamentais no futuro. Ao que rezam as crónicas, esta proposta, apesar da sua elementar razoabilidade, contou de imediato com a oposição cerrada da Alemanha e dos defensores habituais da "linha dura", incluindo a ministra das finanças portuguesa, Maria Luís Albuquerque. A tal ponto que o ministro italiano, em busca de um mínimo denominador comum, se viu forçado a esclarecer que não se tratava necessariamente de "alterar" as regras mas, ao menos, de as aplicar com a flexibilidade necessária para utilizar todo o espaço de manobra que elas próprias já consentem.

    Seja como for, a flexibilização das regras orçamentais está finalmente no centro do debate europeu, em particular numa zona euro que continua a oscilar entre a recessão e a estagnação e permanece minada por níveis insuportáveis de desemprego. A uma só voz, o ministro das finanças alemão, Wolfgang Schäuble, o líder do banco central alemão, Jens Weidmann, e o lider alemão do PPE no Parlamento Europeu, Manfred Weber, vieram dizer, em alemão escorreito, o que seria de esperar deles: que não é com mais dívida que se produz crescimento, que as reformas não podem ser desculpa para não se fazer a consolidação das contas públicas e que, em suma, as regras do Tratado Orçamental são para cumprir, ponto final. A resposta de Matteo Renzi, no Parlamento Europeu, foi certeira: "Se Weber fala em nome da Alemanha, recordo-lhe que nesta mesma sala, sob a anterior presidência italiana, a Alemanha foi o único país ao qual foi concedida flexibilidade e que violou os limites para ser hoje um país que cresce".

    Não surpreende que o debate sobre a flexibilização das regras orçamentais suscite a oposição e a ira dos principais beneficiários do actual quadro de rigidez austeritária. Afinal, eles reagem em defesa daquilo que julgam ser os seus interesses. O que não se pode aceitar é que, por razões de pura cegueira ideológica, a ministra das finanças e o Governo português continuem a desempenhar o triste papel de figurantes neste filme, colocando Portugal do lado errado, numa posição de total subserviência, ao serviço dos interesses dos outros.

    Bem sei, parece que reina no Governo a ideia ingénua, aliás já expressamente teorizada por um governante, de que na construção europeia deste século XXI não há interesses nacionais, só há o interesse comum europeu. Nesta idílica compreensão das coisas, construir alianças para a defesa de interesses convergentes, por exemplo entre as economias dos chamados países periféricos, "é uma ideia do século XIX". Só que esta concepção, que poderia bem designar-se por "teoria da legitimação da subserviência", ignora o óbvio: o interesse comum europeu é sempre uma síntese que resulta do contributo de todos e da composição dos interesses nacionais. E quando se abdica de contribuir construindo as alianças necessárias à defesa dos interesses nacionais, o resultado é o que estamos a ver: uma política europeia ao serviço dos interesses de uns, contra os interesses dos outros.»

quinta-feira, abril 03, 2014

E pur si muove!


Soube-se ontem que o BPI vendeu de metade da posição detida em dívida pública de médio e longo prazo de Portugal e Itália, no valor nominal de 850 milhões de euros e 487,5 milhões de euros, respectivamente. O presidente do BPI justificou a operação com a circunstância de uma eventual nova crise poder provocar a queda do valor dos títulos, obrigando a «um aumento de capital só por causa da flutuação dos preços, mesmo que a dívida fosse paga quando chegasse à maturidade, em 2019».

Perante a alienação dos títulos e o fecho dos swaps de cobertura de risco de variação das taxas de juro, operação que se traduziu numa menos-valia de 102 milhões de euros depois de impostos, é difícil não admitir que as instituições financeiras se estão a antecipar a uma reestruturação da dívida no contexto europeu. Depois da reestruturação da dívida grega, o BPI parece querer atenuar as perdas que então sofreu.

sexta-feira, março 28, 2014

Paulo, outro artista português que faz milagres

No exacto momento em que a OCDE acabava de recomendar a opção por um programa cautelar para o pós-troika, Paulo Portas deu uma cambalhota em pleno parlamento: «Não há uma saída limpa e uma saída suja. Há uma saída limpa diretamente para os mercados e uma saída limpa com apoio de uma linha de crédito».

Recomposto, toca a vangloriar-se com a descida das taxas de juro da dívida. E só por imensa modéstia, o vice Portas não clamou vitória pelo movimento idêntico que está a verificar-se nos outros países periféricos: a Irlanda nunca antes conseguira, desde a adopção do euro, atingir taxas tão baixas; a Espanha e a Itália estão com juros iguais a 2005, no auge da bolha financeira. Veja-se o que relata o Expresso:
    «Portugal, Espanha, Itália e Irlanda têm estado, esta semana, a registar mínimos no prazo a 10 anos da sua dívida obrigacionista, com a Irlanda a fixar mínimos jamais atingidos durante o euro (menos de 3%, regista desde ontem 2,98%) e Espanha e Itália com mínimos desde 2005 (a rondar os 3%), durante o período da bolha financeira. A Grécia mantém uma taxa abaixo do limiar dos 7% no prazo a 10 anos, registando hoje de manhã 6,67%.»

quinta-feira, março 13, 2014

Tanta subserviência e os mercados viram-se para outras paragens

“As taxas de juro hoje estão ao nível de 2010”, dizia há pouco na Assembleia da República uma deputada do PSD saída do fundo do catálogo do PSD. Bem, não é para esmorecer o arrebatamento da deputada laranja cujo nome não fixei, mas a verdade é que parece que o país não tem o exclusivo — nem sequer as melhores condições.

Com efeito, hoje, a Irlanda (títulos com um prazo a dez anos) e a Itália (prazos a três e a 15 anos) obtiveram os custos de financiamento mais baixos da era do euro.

Acresce que a declaração da empolgada deputada do PSD é feita exactamente quando os «juros implícitos nos títulos de dívida de Portugal voltam hoje a subir em todos os prazos, com a taxa de referência a 10 anos a superar de novo a ‘taxa Machete' dos 4,5%.»

sábado, março 01, 2014

A ilusão carismática

• Pedro Adão e Silva, A ilusão carismática [hoje no Expresso]:

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sexta-feira, fevereiro 28, 2014

Comunidade dos Países Contagiados pelo Sucesso Português

Bloomberg

Os juros da Grécia estão abaixo dos 7%. A única explicação aceitável é o sucesso português ter contagiado a zona euro. É a grande oportunidade de Paulo Portas partir à conquista da Europa, propondo a criação da CPCSP (Comunidade dos Países Contagiados pelo Sucesso Português).

ADENDAPortugal em 5º lugar na descida dos juros da dívida em fevereiro, a seguir à Grécia, à Itália, à Irlanda e à Espanha.

sexta-feira, janeiro 31, 2014

François Cavanna

François Cavanna, Déclaration d’amour

• Ferreira Fernandes, Um falso estúpido e mau:
    ‘Resumindo? Um europeu, como os funcionários de Bruxelas nem sonham.’

terça-feira, janeiro 21, 2014

O novo oásis

• Francisco Seixas da Costa, O novo oásis:
    ‘Como dizia o outro, é fazer as contas. O défice não será de 3%, mas cerca de 5,5%, e, em lugar dos 5.220 milhões de euros previstos, os números mostram que estamos acima de 9.000 milhões "Medidas permanentes de alta qualidade" pouco se vêem, com meros cortes ad hoc a serem os responsáveis essenciais pelo conseguido. Quanto à minimização do "impacto da consolidação orçamental nos grupos vulneráveis", estamos conversados. O rácio da dívida sobre o PIB não só não declinou a partir de 2013 como aumentou nesse mesmo ano. Não acertaram uma!’

sexta-feira, dezembro 20, 2013

A nossa “Alemanha”

• Mariana Vieira da Silva, A nossa “Alemanha”:
    ‘A União Europeia está a viver uma crise profunda que tem a sua face mais visível no crescimento das desigualdades dentro da zona euro, Sem uma nova visão sobre o papel da UE no estímulo à economia essa crise só poderá agravar-se. E sem que os que estão do lado frágil dessa desigualdade se entendam essa viragem nunca chegará.

    A expectativa de que esta crise - que é antes de mais política e institucional - se resolve com as eleições salvíficas num só país é no fundo a expressão dos problemas políticos que a Europa enfrenta. E por isso, em vez de desejarmos um milagre na política alemã, talvez precisemos de reunir forças para impor outra política europeia, primeiro em cada país e depois na Europa. Em Lisboa, temos um governo que tudo faz para dar corpo à ideia de que merecemos empobrecer. A suposta visão de Berlim também mora em S. Bento. E essas eleições dependem de nós.’

sábado, novembro 30, 2013

O Miguel Vasconcelos dos estarolas “fez de alemão”

Causou enorme espanto o conjunto de declarações que o meninote investido nas funções de secretário Estado dos Assuntos Europeus fez numa mesa-redonda em Atenas sobre “Governância económica e crise europeia”. Bruno Maçães, o meninote em causa que já foi assessor político de Passos Coelho, identificou-se de tal forma com os pontos de vista alemães que os jornais gregos escreveram que o governante português “fez de alemão”.

Com “bastante surpresa”, os jornais gregos registaram as declarações de Maçães, designadamente quando “se mostrou resolutamente contra uma frente europeia do Sul na zona euro”. Eis o desabafo de um jornalista grego, depois de ter confrontado Maçães com os esforços para mudar o curso da política europeia por parte de François Hollande e Enrico Letta, que se tinham reunido na véspera da passagem do meninote por Atenas: “Ficámos verdadeiramente desiludidos, porque tínhamos a expectativa de encontrar um amigo da periferia europeia que se revelou um rigoroso académico sem qualquer solidariedade com um país com problemas semelhantes ao seu.

Bruno Maçães mais não fez do que repetir, talvez de forma nua e crua por ter sido interpelado sem a suavidade dos media portugueses, o que o Governo defende. Ainda recentemente, numa entrevista ao Jornal de Negócios em que se esfalfava em defesa da introdução da regra de ouro na Constituição, o meninote opôs-se à concertação de esforços dos países da periferia:


Dizia-me um amigo esta manhã, enquanto tomávamos café, que, em tempo de guerra, o meninote arriscava-se a ser considerado traidor à pátria. Não me respondeu quando o questionei se os tempos que vivemos não são, de facto, tempos de guerra.

domingo, novembro 10, 2013

La financiación de la guerra civil española


¿Quién financió la Guerra Civil?:
    (…) Portugal. "La ayuda del Gobierno de Portugal a la sublevación fue realmente importante y generosa. Aunque dada, la limitación de recursos que Portugal disponía, esa ayuda fue, en su volumen y regularidad, muy inferior a la ayuda prestada por italianos y alemanes", escribe el autor. No obstante, la ayuda de Portugal, ya en manos de Salazar, fue "muy oportuna y notablemente eficaz". Especialmente durante las críticas primeras semanas.

    El gobierno portugués puso a disposición de los militares golpistas todo tipo de recursos financieros, créditos por parte de bancos portugueses, pero también una amplia protección política y diplomática. "Así, queda constancia de que en 1937 y desde el Banco Espíritu Santo de Lisboa, se comunicaba a 37 representantes diplomáticos españoles que les remitían unas determinadas cantidades económicas".

    También ayudó Portugal en el suministro de armas al bando rebelde. Portugal se convirtió de hecho en el receptor formal de armas por cuenta de Franco. "De tal manera que Portugal salió de la insignificancia como consumidor de armamento, para ocupar en la lista de clientes de la industria bélica alemana el tercer lugar mundial y el primer europeo", explica. Asimismo, la ayuda portuguesa fue también muy importante en cuanto al suministro de infraestructuras y servicios. El territorio portugués se convirtió en la retaguardia de apoyo logístico ya que servía de comunicación de la zona en manos de los militares golpistas, que había quedado partida en dos tras el fallido golpe de Estado.

    (…)

    Sociedade Geral de Comércio, Industria e Transportes Limitada. Este holding de empresas portugués dispuso de un crédito de hasta un límite de 175.000 libras esterlinas para los golpistas el 8 de agosto de 1936 con un interés del 5,5% anual.

    (…)

    Caixa Geral de Depósitos. La entidad bancaria portuguesa concedió un crédito hasta el límite de 50 millones de escudos portugueses el 28 de febrero de 1939 con un interés del 4% anual.

sábado, agosto 24, 2013

sábado, agosto 17, 2013

sábado, maio 25, 2013

Grillini

Ici.

segunda-feira, maio 06, 2013

“Esta idea de la austeridad”


Gianni Vattimo fala da situação no seu país, a Itália:
    ¿Y cómo ve a su país?
    Tengo miedo de que en el próximo verano u otoño vayamos a tener en Italia una guerrilla urbana porque la gente no puede tolerar toda esta situación. Ahora nos han distraído con las elecciones y algunos sindicatos están muy enfadados. O cambian las reglas europeas – esta idea de la austeridad – y Alemania se vuelve un poco solidaria, o si no, va a desarrollarse la guerrilla, una situación de inestabilidad social que dará lugar a un fascismo, a un gobierno autoritario. Tengo miedo de que esto vaya a pasar. Espero no ser un buen profeta.