quinta-feira, fevereiro 16, 2006

A palavra aos leitores

A propósito deste post, o Juiz de Círculo Joel Timóteo Ramos Pereira colocou o seguinte esclarecimento na respectiva caixa de comentários:

    Deram-me conhecimento que neste blog teriam utilizado o meu nome para fins que ainda não percebi, razão por que vim confirmar.

    Parece-me que o responsável por este blog não entendeu a razão do título aposto no artigo (título esse que é o único elemento da minha autoria relativamente ao post).

    É que um dos princípios consagrados na Constituição é precisamente o da inamobilidade dos titulares do poder judicial, os Juízes.

    Por conseguinte, quando se fala em deslocalização o citado princípio constitucional pode ser posto em causa. E, isto, constitui um golpe na Constituição. Se não quer chamar de golpe, chame de atentado ou violação.

    Por isso, agradeço que quando faça utilização dos direitos autorais dos outros, não os desvirtue nem aplique a considerações que não constam nem expressa nem indirectamente no seu texto.

Julgamos que, quando se refere a “inamobilidade”, o Juiz de Círculo está a pensar na inamovibilidade dos juízes, conforme estabelece a Constituição [art. 216.º, n.º 1] e o Estatuto dos Magistrados Judiciais [art. 6.º]. Ora, salvo melhor opinião, o Juiz de Círculo está a ver a questão de pernas para o ar.

Que se pretende com a inamovibilidade dos juízes? Um objectivo muito simples: garantir que o poder político não possa escolher um determinado juiz para julgar uma dada causa, por recurso à demissão, à suspensão, à transferência ou à aposentação do titular do cargo. Ou por outras palavras, impedir que um juiz possa ser, sem critério, retirado do tribunal onde está colocado.

É óbvio que, por exemplo, se um tribunal for extinto, ou se for alterada a sua competência, ou ainda se houver lugar a uma rearrumação do quadro de juízes (situações que, na hora actual, a desertificação do interior recomenda), invocar a inamovibilidade dos juízes não faz nenhum sentido — porque não se está a atentar contra os motivos para que foi prevista tal norma. Trata-se, tão-só, de introduzir medidas que melhorem a eficácia da justiça.

É por tudo isto que o esclarecimento elaborado pelo Juiz de Círculo Joel Timóteo Ramos Pereira é relevante. Põe em relevo a confusão que grassa no seio da magistratura judicial. Mostra também até que ponto pode ir a cegueira de uma corporação. E dá razão à pergunta colocada no post que esteve na origem do esclarecimento: É possível reformar a justiça a partir de dentro?

49 comentários :

Anónimo disse...

Transparente como a água.

Anónimo disse...

Vai-te foder, ó Abrantes

Anónimo disse...

O Abrantes é o único que não é cego.
O Abrantes é o único com a verdade total.
O Abrantes tem um discurso tão lindo que até parece ter sido escrito no gabinete do secretário de estado da justiça.
O Abrantes até tem a Constituição e o Estatuto dos Magistrados à mão.
O Abrantes, a quem mostrou um espírito aberto, esclarecendo a quem lhe usou um artigo para o distorcer, responde com mais 50 pedras na mão, com ofensas e tudo mais.
Mostras bem aquilo que és: do mais reles e podre desta classe política que nos tem roubado até ao tutano.
Já agora, ó Abrantes, vê lá se colocas este comentário também em destaque, porque acho que mereço o mesmo que o outro comentador.

Anónimo disse...

Qui Fev 16, 02:30:16 PM

Ó Anónimo, que comentário licencioso o seu!

Anónimo disse...

Eu acho que quem fala assim não é gago. Falo do Miguel e não do comentador que ali em cima está a ter uma apoplexia on line.

Anónimo disse...

A verdade é que ninguém sabe bem do que estava a falar o ministro, a não ser, talvez, ele.
Os juízes citados, pensando que ele está a dizer uma coisa, criticam.
Miguel Abrantes, presumindo que ele está a dizer outra, aplaude.
E o baile segue...

Anónimo disse...

O linguagem dos Meritíssimos neste blog traduz bem o estado da Justiça em Portugal

Anónimo disse...

"Meretíssimo" Miguel Abrantes, também conhecido por Napoleão do Costa, continua...

Se calhar o teu "amigo" Vital dava-te uma explicações de Direiro Constitucional, por um bom preço, para perceberes o que dizes...

Anónimo disse...

Qui Fev 16, 04:09:17 PM

Se em vez de dares um arroto fosses à substância das coisas era melhor. Mas parece que não tens argumentos para o Abrantes. é só fumaça.

Anónimo disse...

Passemos ao sério:
É efectivamente muito dificil, se não impossivel, reformar seja o que for «por dentro».
No ensino, na saúde, nos corpos especiais do Estado.
É da natureza das 'corporações'.
Está dissecado nos manuais/teorias das organizações.
O que não deixa de ser lamentável.

Anónimo disse...

Óh Dr. Joel!!! Como homem inteligente que sei que é, faz pena vê-lo alinhar com os velhos do Restelo da corporação. O Abrantes tem razão na questão da inamovibilidade dos juízes! Não defenda causas destas!!!! Não se rebaixe ao nível do Dr. Coelho e do DR. Cluny
O Advogado do diabo

Anónimo disse...

paradoxos
é possível reformar o sistema político-partidário por dentro?
não?
Então, o que é preciso?
Uma revolução?

Anónimo disse...

Bravo, Miguel Abrantes!
Não diz nada que já não tivesse já dito.
Desta vez, a minhoca é um nome de um juiz que navega nestas águas.
Ele mordeu. Mordeu bem.
O Miguel Abrantes puxou.
Já não preciso fazer render o peixe (post anterior): temos peixe fresco (este post)

Anónimo disse...

paradoxos Qui Fev 16, 05:54:17 PM

Pelo menos os polítocos têm o escrutínio do voto popular. É pouco mas é melhor do que nada (como na magistratura).

Anónimo disse...

TUDO aquilo que QUALQUER juiz diga, a que título for, É SEMPRE CORPORATIVO.

TUDO aquilo que QUALQUER outra pessoa disser, ainda que bem pago por lobbies partidários, É SEMPRE POLITICAMENTE CORRECTO.

TUDO aquilo que é dito de BOA FÉ é aqui aproveitado para ofender e destruir.

Vocês não passam de uns pulhas e fedelhos.
Por aqui NUNCA MAIS PONHO o teclado, já que este post é do MAIS BAIXO que já vi em toda a blogosfera.

(Um funcionário judicial)

Anónimo disse...

É possível reformar o Miguel Abrantes a partir de dentro ?

Ou será que a melhor forma de o reformar é dar-lhe dois tiros nos cornos ?

Anónimo disse...

Não passas de um porco suíno, cheio de vírus.

Anónimo disse...
Este comentário foi removido por um gestor do blogue.
Anónimo disse...

Quando digo foda-se, que é um termo xulo, mas que não conheço sinonimo a altura, estou dizendo que em geral acho que as pequenas opiniões, sejam elas quais forem, pouco interferem no entendimento coletivo do todo.

Anónimo disse...

Caro "Miguel", era escusado auto-insultar-se (depois não se esqueça de dizer que foram os juizes...).
A hora da colocação do post é que não se enquadra com o que disse previamente - o "patrão" deu-lhe folga ou isto faz parte do seu trabalho...?

Anónimo disse...

Eu pasmo é com o baixo nível dos funcionários judiciais que por aqui comentam; as palavras do juiz são o que são, "arrogantes"... Não se toque nessa gente... Habituem-se, porém, que o reinado está a acabar... Não é possível reformar a Justiça por dentro, Miguel. Livre-nos Deus de cairmos nas malhas desta gente

Anónimo disse...

Parabéns Miguel Abrantes. Para além seres claro e sibilino, consegues com luva branca dar uns belos estalos em pessoas pouco esclarecidas. Excelente.

Anónimo disse...

O Abrantes é o único esclarecido deste país.
Devia ser beatificado.
Claro qeu para isso tem que morrer primeiro.
Mas isso arranja-se.

Anónimo disse...

Claro e sibilino ó nónó das 07.54.?
Eu cá fiquei muito mais esclarecido do que disse o sr. juiz.
O abrantes é que só sabe usar e distorcer as palavras dos outros que com boa fé aqui vieram esclarecer.
O abrantes só sabe destruir.
Nada mais.
Não passa de um nojento.
Ah. E não sou funcionário judicial.
Raios partam todos vós polítios. deviam apodrecer para sempre.

Gostava de ver aqui o palerma do abrantes comentar o facto do ministro da justiça querer que os deputados e conselheiros de estado serem cidadãos de 1.ª em que não possam ser escutados, enquanto o resto do povo pode ser escutado.
Isso sim é CORPORATIVISMO POLÍTICO.
O resto é treta.

Anónimo disse...

O censor já voltou ao trabalho ?

Anónimo disse...

Para o Abrantes, génio ignorante elevado a burro:

Não há nada mais terrível do que uma ignorância activa.
(Goethe)

Nada faz um homem ter tantas suspeitas como o facto de saber pouco.
(Francis Bacon)

Existem coisas que, para as saber, não basta tê-las aprendido.
(Sèneca)

A doença do ignorante é ignorar a sua próxima ignorância.
(Amos Bronson Alcott, filósofo e professor norte-americano)

Não acredito na sabedoria colectiva da ignorância individual.
(T. Carlyle)

Muitos homens passam por sábios graças à ignorância dos outros.
(Autor desconhecido)

A escuridão envolve-nos a todos, mas, enquanto o sábio tropeça numa parede, o ignorante permanece tranquilo no meio da sala.
(Anatole France)

Os sábios falam pouco e dizem muito; os ignorantes falam muito e dizem pouco.
(Autor desconhecido)

O homem que sabe não fala; o homem que fala não sabe.
(Lao-Tsé)

O mal da ignorância é que vai adquirindo confiança à medida que se prolonga.
(Autor desconhecido)

Uma ideia fixa parece sempre uma grande ideia, não por ser grande, mas porque enche todo o cérebro.
(J. Benavente)

Anónimo disse...

PARA O XONÉ DO ABRANTES:

A falácia do argumento da ignorância ocorre quando alguem tenta argumentar que algo é verdadeiro porque se não provou ser falso, ou argumentar que algo é falso por não se ter provado ser verdade. Esta falácia seria melhor designada por "falácia da falta de prova suficiente do contrário". Porque a falácia não pretende afirmar que a pessoa é ignorante. A sua irrelevância baseia-se no facto de que a falsidade de uma afirmação deve ser mostrada refutando provas dela, não apontando o facto de que o seu proponente não provou que era verdadeira. Não posso provar que a teoria de Einstein da relatividade é verdadeira, mas isso não é relevante para a verdade ou falsidade da teoria. Não posso provar que extraterrestres visitaram este planeta e invadiram o corpo de Rush Limbaugh, mas isso não tem relevância para a questão de tal afirmação ser verdadeira.

Anónimo disse...

Um perito
e alguém que sabe cada vez mais, acerca de cada vez menos, até ficar a saber absolutamente tudo, sobre coisa nenhuma
definição de Weber para o anonimo anterior

Anónimo disse...

A principal causa das soluções, são as soluções

Anónimo disse...

A principal causa dos problemas, são as soluções

Assim e que esta certo

Anónimo disse...

Viva o "Miguel Abrantes", o único e verdadeiro desdendente por parte da mãe de Napoleão e por parte do pai de Maomé, Especialista em Direito Constitucional, Corporações, Horas de Trabalho e Defesa Acérrima do PS...

Anónimo disse...

Será que o Costa (especialista em "conversas" com Juizes de Macau e em indemnizações) consegue mesmo isto (volta Pedroso Junior, estás perdoado):
"Executar escutas telefónicas a membros de Governo, deputados e conselheiros de Estado vai ser mais difícil. Isto, caso se confirme a intenção do Governo de alterar o actual sistema de autorização de escutas, de forma a que sejam apenas os tribunais superiores a permitirem as gravações telefónicas a estes titulares de cargos políticos"

in:http://www.correiomanha.pt/noticia.asp?id=191801&idselect=90&idCanal=90&p=94

Anónimo disse...

O CEj está em peso no blog ??????????

Anónimo disse...

Valente resposta, caro heterónimo Miguel...

- Não sou licenciado em Direito sequer...

- E tu, és o quê...

Anónimo disse...

Ó atento, vai-te foder.

Anónimo disse...

Vocês não acham que o juiz Joel Timótio tinha a obrigação de continuar o debate ou neste blog ou no dele já que foi ele que o iniciou ?

Anónimo disse...

Ó anónimo das 03.02., quem iniciou esta grande tramóia foi o abrantes. O juiz apenas quis esclarecer uma coisa e que eu saiba nem sequer deu autorização ao bruto do abrantes em dar qualquer destaque ao seu comentário.
Bem espérto é ele deixar-vos a falar sozinhos.
É que quem está na fossa, como vocês, só quer merda e fazer ainda mais merda.
Por isso vão merdar para outro lado que isto aqui já cheira mal demais.

Anónimo disse...

"Ó anónimo das 03.02., quem iniciou esta grande tramóia foi o abrantes."

Espectacular e democrática visão do que deve ser a discussão de ideias!

Anónimo disse...

Concordo. Vão merdar para os gabinetes dos ministérios, ó seus javardos.

Anónimo disse...

O Joel Timóteo ficou de monco caído. Essa é que é essa... Ele trabalha na Verbo Jurídico sem receber nenhuma remuneração?

Anónimo disse...

Ó anónimo das 01:57, melhor dizendo, abrantes, bem se vê que és baixo de todo. Sempre a querer com as tuas mentiras e falsos boatos criar factos que não existem. Antes de tu criares esta merda, já há muito tempo havia muitos e bons sítes nesta internet.
Se tens inveja, aprende.
Monco de caído estão todos vós. È que a superioridade de um homem vê-se mais no seu silêncio do que na resposta a BURROS.

Anónimo disse...

Ó anónimo das 4:18, poupe o seu latim, que estes MERDAS da câmara só com DOIS TIROS NOS CORNOS ou então quando forem para a PRISA é que passam a ter neurónios, mas se calhar so mesmo no cú.

Anónimo disse...

Antecâmera da burrice
Os meus "amigos" do nojento blog «Câmara Corporativa» não gostaram do postal anterior.
Eles ou os seus capangas andam por aí a conspuscar a minha caixa de correio com lixo.
Também, quem vive da merda, melhor não pode dar do que merda.
O advogado (assim parece) que está à frente daquele "blog" está muito invejoso. O cartão rosa que ele possui não é suficiente para conseguir um job à altura da estultícia dele. Só conseguiu um jobzito para andar a dizer mal de alguns classes profissionais... Tadinho. Paciência, meu caro, volta para os estábulos que é o teu lugar.
Manuel Adérito

Anónimo disse...

O Joel e a Mónica são amigos?

Bravo amigo Abrantes, mais uma vez acertou nas canelas da corporação mais injusta do país.
E deve ter doído que se farta. Oiça como eles chiam!!!
Parabéns pelo serviço que presta aos contribuintes que sustentam esta fraca gente.

Anónimo disse...

Ó Abrantes, não disfarce com o anonimato do comentário anterior.

Só gostava de saber porque é que não bate na corporação mais injusta do país: a dos políticos e a dos advogados (são as duas corporações a mesma, porque a maioria dos políticos são advogados e vice-versa).

É que se lhes batesse o seu emprego ia ao ar, não é ? E eles chiavam demais. Parabéns pelo serviço que está a fazer ao seu patrão, ele fica alegre e nós contribuintes continuamos a pagar pela sua burrice.

Anónimo disse...

Só gostava de saber porque é que não bate na corporação mais injusta do país: a dos políticos e a dos advogados (são as duas corporações a mesma, porque a maioria dos políticos são advogados e vice-versa).

Boa.

Anónimo disse...

Ó Abrantes, ainda não deves ter percebido, tal é o tamanho da tua burrice:

OS CÃES LADRAM
A CARAVANA PASSA.

Aprende, asno.

Anónimo disse...

Eh eh eh eh
Boa!
Marrem nesta ó seus asnos.

Anónimo disse...

Vou aqui reproduzir o que escrevi ao post anterior.

É a primeira vez que aqui vim a este blogue e tenho estado a ler os posts e os comentários.
Sinceramente, acho indecente como só sabem dizer mal, conspurcar, achincalhar toda a gente e mais alguém.
Sou advogada e conheço o verbojuridico desde há quase oito anos e tenho aprendido muito com o site, com o blogue e com os livros do Dr. Joel.
Acho que enveredar pela via do achincalhar fácil a quem não está aqui para se defender é mais do que indecente, é impróprio de pessoas civilizadas.
As pessoas (mesmo aquelas de que vocês não gostam) também têm direito à sua opinião.
Ou acham que só vocês é que sabem tudo e o resto não presta ?
Ainda bem que li estes posts. Esta foi a primeira e a última vez que aqui vim.
Aprendam boa educação.
É o que vos falta.
Madalena Salgueiro