Paris em Lisboa

O homem já levou a voz do ministro dos Negócios Estrangeiros do Dr. Lopes. Quando o circo se retirou da cidade, o então ministro António Monteiro não o deixou cair na rua: nomeou-o para adido de imprensa na embaixada de Paris. Regressou às Necessidades para carregar a voz de Freitas do Amaral. Supunha-se que cortara então o cordão a Paris. Veio agora a saber-se que não. António José Graça Carneiro Jacinto estava, até hoje, cá e lá: cá para nos dar conta das desgraças dos emigrantes do Canadá; lá para receber as remunerações. Hoje, o Diário da República traz o porta-voz à legalidade:

“MINISTÉRIO DOS NEGÓCIOS ESTRANGEIROS

Gabinete do Ministro

Despacho n.º 9650/2006 (2.a série).— Nos termos e ao abrigo do disposto nos n.ºs 3 e 4 do artigo 2.º do Decreto-Lei n.o 262/88, de 23 de Julho:
1— Nomeio António José Graça Carneiro Jacinto assessor do meu Gainete, para desempenhar, no âmbito das suas qualificações académicas e profissionais, as funções de porta-voz dos serviços centrais do Ministério dos Negócios Estrangeiros, requisitado para o efeito ao ICEP Portugal.
2— É atribuída ao nomeado a remuneração mensal bruta de € 4432, sendo esta a remuneração a tomar por base na determinação dos subsídios de férias e de Natal a que tiver direito, nos termos da lei.
3— Quando se deslocar em missão oficial de serviço público no País ou no estrangeiro, o nomeado tem direito ao abono das correspondentes despesas de transporte e ajudas de custo, de montante igual ao fixado para os adjuntos de gabinete.
4— A presente nomeação é feita por um ano, tacitamente prorrogável, sem prejuízo de ser o presente despacho revogável a todo o tempo.
5— Com excepção dos efeitos remuneratórios, bem como ao abono de ajudas de custo, a presente nomeação tem efeitos reportados a 12 de Março de 2005.

10 de Abril de 2006.— O Ministro de Estado e dos Negócios Estrangeiros,
Diogo Pinto de Freitas do Amaral.”