terça-feira, junho 13, 2006

O Estado e a profissionalização dos sindicatos




Havia, em 2005, 1327 professores que estavam dispensados de dar aulas, porque trabalhavam a tempo inteiro nos sindicatos. Soubemos, através do Sindicato Nacional Democrático da Ferrovia, que, quando ainda não havia sido criada a Refer, que faz a gestão das infra-estruturas ferroviárias, a situação na CP não era melhor: 400 trabalhadores estavam afectos a tempo inteiro aos sindicatos e outros 1200 trabalhadores tinham direito a quatro dias por mês para actividades sindicais. O que surpreende é que, ainda assim, os comboios circulavam.

Que se passará noutros sectores?

12 comentários :

Anónimo disse...

Adivinhem quem paga a factura .....

Anónimo disse...

Muito bem!

Anónimo disse...

E, já agora, poderia explicar que esta atomização dos Sindicatos em algumas áreas (nomedamente Educação) foram patrocinadas pelo PS (e PSD) e estes tachos era uma forma de "calar" alguns grupos de professores...

Anónimo disse...

Caro Miguel:

Já que apagou o 3º comentário, agora o 4º fica sem nexo.

Pode apagá-lo...

Anónimo disse...

Este mau tempo provocou uma BRISA um pouco chata!
Estou a brincar consigo, mas um blog sobre corporações e interesses tinha de abordar o assunto, mesmo sendo chato para o autor...

Anónimo disse...

Jovem grávida perde filho após transferência de Elvas para Portalegre
13.06.2006 - 20h38 Lusa , PUBLICO.PT



Uma jovem de 21 anos grávida de 24 semanas perdeu o feto esta madrugada, no Hospital de Portalegre, horas depois de ter sido transferida a partir das urgências de Elvas, informou a unidade hospitalar.

A mulher, cabo-verdiana, tem 21 anos e estuda em Elvas. Dirigiu-se às urgências do Hospital de Santa Luzia durante a tarde, mas foi encaminhada para Portalegre, sem acompanhamento clínico.

Em comunicado divulgado ao final da tarde, o Conselho de Administração do Hospital de Santa Luzia de Elvas, cuja sala de partos foi encerrada segunda-feira, explica que, nesse mesmo dia, às 17h47, a jovem foi admitida nas urgências, apresentando “dores moderadas” na região abdominal, sem perdas de sangue.

“Às 18h00 foi transferida para o Hospital Dr. José Maria Grande de Portalegre que, na rede nacional, de acordo com a requalificação dos serviços de urgência peri-natal, constitui o serviço de apoio à população de Elvas, para as situações não emergentes”, refere o hospital.

A rapariga deu entrada nas urgências de Portalegre às 19h07, de acordo com o hospital de Elvas, com o diagnóstico de “gravidez de 24 semanas em período expulsivo, ficando internada no serviço de Obstetrícia”.

“Às 20h15, verificou-se rotura prematura de membranas, tendo ocorrido a expulsão do feto às 00h20 de hoje”, ou seja cerca de cinco horas depois de ter dado entrada na unidade de Portalegre, acrescenta a administração hospitalar de Elvas.

O comunicado refere, por último, que a jovem continua internada no serviço de Obstetrícia do Hospital de Portalegre, devendo ter alta “nas próximas horas”.

Este caso foi hoje utilizado pelo presidente da Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de Elvas, João Carpinteiro, para pôr em causa o transporte de grávidas após o encerramento do bloco de partos da maternidade. Carpinteiro também é membro do movimento cívico Pró-Maternidade de Elvas e dos Amigos da Fundação Mariana Martins, instituição proprietária da maternidade.

“Perto das 18h00 de segunda-feira, os bombeiros receberam um alerta do hospital de Elvas para transportar uma grávida para Portalegre. O bombeiro que se deslocou ao local, ainda perguntou se não era necessário o transporte ser acompanhado por algum profissional de enfermagem ou médico, mas disseram que não”, argumentou.

“Enviámos a nossa ambulância mais moderna, medicalizada e com os aparelhos necessários a bordo, e, além de não ter indicado um profissional para acompanhar o motorista, o hospital também não nos solicitou um maqueiro para apoiar”, acrescentou.

Contactado pela Lusa, o comandante da corporação dos bombeiros de Elvas, José Santos, recusou pronunciar-se pormenorizadamente sobre este caso. Explicou no entanto à Lusa que, no caso de situações de risco no hospital de Elvas, mesmo antes do fecho da sala de partos, as grávidas “sempre foram encaminhadas para os hospitais de Portalegre ou Évora”.

“Nesses casos, o hospital disponibiliza, habitualmente, um enfermeiro para acompanhar a grávida ou solicita um socorrista ou maqueiro para fazer o transporte", disse. José Santos acrescentou, ainda, que as próprias ambulâncias são “legalmente obrigadas a circular com um motorista e um maqueiro”, mas, “por vezes, por falta de pessoas suficientes, o transporte é apenas assegurado por um motorista”.

Esta polémica surge após o encerramento a sala de partos da cidade por determinação do ministro da Saúde, Correia de Campos, uma decisão contestada pela Fundação proprietária da maternidade e por um movimento cívico constituído para o efeito, entidades que já interpuseram duas providências cautelares em tribunal, das quais se aguarda decisão.

Rui Martins disse...

não sei... mas pela maneira como desempenham uns e outros... isso pode explicar a baixa produtividade de uma e outra corporação sindical.

Anónimo disse...
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Anónimo disse...
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Anónimo disse...
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Anónimo disse...

O CC ainda não percebeu que os sindicatos existem, principalmente os controlados pela UGT, para abafar as reivindicações dos trabalhadores.
E quando esses sindicatos sentiram que a "clientela" está a fugir para as Comissões de Trabalhadores, trataram de alterar a lei no Código do Trabalho de forma a que os elementos destas perderam o direito de estarem em dedicação exclusiva a essas estruturas.
Hoje as Comissões de Trabalhadores, apesar das competências que têm, não têm nenhum elemento em dedicação exclisiva, ao contrário dos sindicatos que têm dirigentes nas emperesas, nos sindicatos, na UGT, na FIET e, muitos deles, na Assembleia da Republica.

Anónimo disse...

Ao anónimo anterior
Os sindicatos são acusados de não serem sensíveis às mudanças em curso e ficarem agarrados aos direitos alcançados. O anónimo anterior diz o contrário que são os sindicatos a travar as reivindicações dos trabalhadores. Talvez tenha razão nas empresas públicas a maioria dos trabalhadores ainda pensa que só tem direitos, os prejuízos esses são para serem pagos com os impostos dos outros trabalhadores os das empresas privadas. Até um dia.