sábado, julho 29, 2006

“Ninguém há-de calar a voz do Pacheco Pereira”

Ricardo de Araújo Pereira está de volta ao Gato Fedorento. Visivelmente perturbado com as tentativas de sabotagem do Abrupto, escreve:
    “(…) Que arda no Inferno a besta – humana ou cibernética – que ofereceu ao Pacheco Pereira a sua última glória: o martírio. Alguém quer calar o Pacheco Pereira. Porquê? Ninguém sabe. O Pacheco Pereira incomoda. Quem? Ninguém diz. (…) Perder o acesso ao Abrupto seria, para nós, pecadores do século XXI, perder o contacto com a santidade. Porque o Pacheco Pereira é uma espécie de Observatório Europeu da Droga e da Toxicodependência, mas de âmbito mais alargado: observa todos os males do Mundo. E, assim como não há toxicodependentes no Observatório Europeu, também não há mal do Mundo que toque, sequer de raspão, em Pacheco Pereira. Há males nos blogues – mas não no de Pacheco Pereira. Há males na política – mas não na que Pacheco Pereira faz. Há males nos jornais – mas não nas páginas em que Pacheco Pereira escreve. Muito santo tem um homem de ser para passar impoluto num mundo tão indecente. (...)
    O Pacheco Pereira publica opiniões de leitores: uns gostam imenso do que o Pacheco Pereira escreve; outros gostam ainda um pouco mais.
    O Pacheco Pereira propõe discussões que normalmente envolvem a elaboração de listas. E os leitores discutem e elaboram.
    De manhã, à hora a que a generalidade dos homens está a fazer a barba, o Pacheco Pereira está a pendurar poemas no blogue. E pendura-os com a mesma burocracia nos gestos com que os outros homens fazem a barba. Os homens não fazem comentários à barba e o Pacheco Pereira também não comenta os poemas. Os homens não se emocionam com a cara escanhoada e o Pacheco Pereira também não se emociona com os versos. Deus livre o Pacheco Pereira de ser tomado por uma das emoções humanas. O Pacheco Pereira exibe poemas como aqueles senhores, na rua, exibem os genitais. Abre a gabardina e mostra um soneto. Baixa as calças e revela uma ode. (…)”

5 comentários :

Anónimo disse...

É para ler na íntegra. O humor é demolidor.

Anónimo disse...

É brilhante. Até porque é iconolasta, embora completamente fora do contexto deste blogue.

Anónimo disse...

Magnífico!

Anónimo disse...

"os salteadores da arca perdida-OE"
Assembleia da República, entre um mínimo de 1127 euros e um máximo de 2819 euros

A lista de 16 deputados que solicitaram, em 2005, a atribuição de uma subvenção vitalícia mensal, como prevê a Lei n.º 4 de 1985, inclui figuras como Almeida Santos*, do PS, Manuela Ferreira Leite*, do PSD, Narana Coissoró, do CDS/PP, Carlos Encarnação, presidente da Câmara de Coimbra pelo PSD, e Isabel Castro, de Os Verdes. Já em 2006 pediram a subvenção vitalícia mais dois ex-deputados: José Pacheco Pereira*, do PSD, e Anacoreta Correia, do CDS/PP

*Comenda de Mérito do Senado.

Anónimo disse...

NO CM de hoje saiu a foto do casamento de uma Juíza e do senhor que vai para o Espaço, que tinham tido a atenção do CC.

Não a publica...?