domingo, setembro 17, 2006

Afinal, que pensa a Dr.ª Cândida Almeida sobre a corrupção?


Recuemos dois meses para saber o que pensa a Procuradora-Geral Adjunta Cândida Almeida, directora do Departamento Central de Investigação e Acção Penal (DCIAP), sobre a corrupção. Eis duas questões colocadas numa entrevista publicada no Correio da Manhã (de 9 de Julho), já referida no CC [sublinhados nossos]:

    Correio da Manhã – Por que diz que os casos de corrupção em Portugal não são tão numerosos como se escreve nos jornais?

    Cândida Almeida – O que se passa é que Portugal não só está a meio entre os 25 países da União Europeia nos índices da Transparency International, onde é 26.º menos corrupto entre 158 países de todo o Mundo, como, sobretudo, o número de casos de corrupção denunciados por ano corresponde de facto à média entre os países da UE.”

    Correio da Manhã – Por que é que critica que se fale muito em corrupção?

    Cândida Almeida – Por que se faz muita confusão. Esta semana referi em duas comunicações um artigo do prof. Boaventura Sousa Santos, em que, independentemente do apreço intelectual que me merece, tenho de criticar a forma como evoca “uma maré negra de corrupção”, misturando menores e actos ilícitos na administração e na economia, confundindo corrupção jurídica, com a social, sociológica. Acho que é uma temeridade afirmar, sem ter números, que o País é corrupto, porque isso fragiliza o nosso papel no concerto das nações e a nossa democracia. Eu não digo que não há corrupção, digo é que é preciso averiguar e saber o que realmente existe. Conhecer qual é o tipo de corrupção, se é a pequena, a média ou a alta, torna-se essencial para a combater e preveni-la na origem.”

Supõe-se que o badalado estudo realizado gratuitamente por sociólogos, e não concluído porque faltaram 1.200 contos para entrevistas telefónicas [Acha que existe corrupção em Portugal? É pequena, média ou alta?], iria deslindar se “o tipo de corrupção (…) é a pequena, a média ou a alta, (…) para a combater e preveni-la na origem.”

Veio-me à memória a guerra do Solnado: “perde-se a bala, perde-se a guita, é só prejuízo.”

6 comentários :

Anónimo disse...

A corrupção é uma matéria sensível que não devia ser atirada para o ar quando se quer manter regalias inaceitáveis. Os juízes e os do MP estão atirar fora o bebé com a água do banho.

Anónimo disse...

A operação furação tá bem e recomenda-se.

Anónimo disse...

O que o PS faz para queimar nomes de canditatos a PGR e colocar um tipo porreiro da organização mafiosa que se autointitula GOL...

Anónimo disse...

So não vê quem não quer.

É como o crime organizado.

Hoje mata-se por 20 euros, mas segundo dizem, portugal é dos Países com maior segurança do cidadão.

O que se há-de fazer

Anónimo disse...

Merece a pena ler:


"BANCA: Vi­cios Privados, Virtudes Públicas "

http://jumento.blogspot.com/

Anónimo disse...

Coitada da D. Cândida...
Deixem-na em paz... ela não faz mal a ninguém...