“Não vou estar por aqui,
mas vou andar por aí”
A parte folclórica da conferência de imprensa em que Jardim Gonçalves anunciou a sua saída do BCP foi profusamente difundida pelos media: “Não exercerei funções sociais no banco mas não saio do banco”. Até aqui, nada de novo: ninguém diz de si próprio que está morto, muito embora mal enterrado.
O que é surpreendente na conferência de imprensa é a circunstância de os jornalistas terem Jardim Gonçalves ali à mão e ninguém lhe ter pedido um breve comentário sobre as irregularidades cometidas enquanto presidente do banco (divulgadas três dias antes pelo Expresso). Conferências de imprensa assim controladas, sim. Qual é a agência de comunicação do BCP? Qual é, qual é?
2 comentários :
Em Portugal, "o crime compensa", sempre assim foi e sempre assim o há-de ser!
Devo surpreender-me que os senhores jornalistas não façam perguntas pertinentes ao Jardim Gonçalves se o Banco de Portugal e a CMVM também não as fazem?
Uma das funções do Banco de Portugal é manter a credibilidade do sistema financeiro português ...
A verdade é que a credibilidade que estes banqueiros dão é a mesma de uma associação de malfeitores, gananciosos, que sacam o mais que podem ao BCP sem qualquer respeito pelos acionistas, trabalhadores e cidadãos deste país.
Tudo isto com a cumplicidade, pelo seu silêncio ensurdecedor, do Vitor Constâncio que já devia ter sido demitido.
Não nos iremos surpreender que perante estas situações nunca investigadas o mercado reaja com uma corrida aos depósitos pois há falta de confiança dos clientes nos bancos junta-se a falta de credibilidade nas Instituições (BP e CMVM) que não cumprem com as suas obrigações legais.
É que a pergunta continua sem resposta: quem é que nos protege destes malfeitores?
Xantipa
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