terça-feira, março 18, 2008

O abominável homem das neves

Há economistas crentes e não crentes. Cremos mesmo que alguns dos que têm fé se tornam melhores homens por isso mesmo. Outros há, numa imensa e incompreensível confusão entre economia e religião, que só perdem credibilidade. João César das Neves é um exemplo claro de profeta que junta Deus e Capital na mesma frase — da forma que um Opus Dei subscreveria.

Ainda assim, não é legítimo que diga tudo de forma irresponsável. Na sua página no DN desta semana, escreve a determinada altura: “(…) dois tipos de risco. O primeiro é aquele que nasce de uma concessão de crédito disparatada ou, pior, corrupta, como nas emissões de novas tecnologias e na euforia guterrista.”

Lê-se uma primeira vez e até passa despercebido, mas, voltando à frase, quem é que o abominável César das Neves quererá sujar quando fala em concessão de crédito corrupta? Ninguém lhe pergunta?

1 comentário :

Anónimo disse...

Substituindo "emissão de novas tecnologias" por "produção de betão e asfalto" e "euforia guterrista" por "tanguismo barrosista" a frase sofre alguma transformação semântica relevante?