terça-feira, agosto 19, 2008

Leituras

• Pedro Adão e Silva, O dilema do Pontal:
    “A história do PSD mostra, contudo, que o partido foi mais forte nos momentos em que foi capaz de fazer coexistir as suas várias tendências internas: as elites liberais, os tecnocratas e as bases mais populares. Os comícios são ocasiões propícias a este tipo de afirmação simbólica. Ferreira Leite, como prova a recusa em participar na festa do Pontal, optou claramente por secundarizar o papel dos momentos populares para a afirmação da sua liderança.

    Esta estratégia não deixará de ter consequências no médio prazo. Desde logo, quando necessitar de criar momentos de massas, que continuam a ser essenciais em campanha eleitoral, dificilmente poderá contar com o apoio das bases que agora se viram rejeitadas. Mas os sinais imediatos são também preocupantes.”


Imagem rapinada aqui


Clive Crook, Uma questão de sorte:
    “Mas convém lembrar que a política orçamental norte-americana se encontra paralisada e que a administração Bush é a grande responsável por esta situação. No início da década o excedente orçamental correspondia a 2,4% do PIB e as estimativas apontavam para um crescimento equivalente a 4,5% do PIB em 2008. A realidade, porém, é outra. Os EUA estão longe de ter um excedente. Têm, sim, um défice na ordem dos 3% do PIB, que representa um agravamento superior a 7% ou, em números redondos, mil milhões de dólares. Esta deterioração deve-se, em grande parte, às políticas adoptadas: cortes nas taxas de juro e aumento da despesa e dos custos associados ao serviço da dívida.

    Ao fim de oito anos de irresponsabilidade, a política orçamental deixou de poder ser usada como resposta ao abrandamento. Perante isto, resta aos EUA esperar que a sorte esteja do seu lado visto ser o único “instrumento” que lhe resta.”

3 comentários :

Anónimo disse...

Mil milhões? Só? Não haverá errona tradução?

João Pinto e Castro disse...

O artigo do Clive Crook está mal traduzido. Não é "cortes nas taxas de juro" é "cortes nos impostos".

Anónimo disse...

Sem dúvida um dos muitos e variados "Miguel Abrantes", ainda no armário, traduziram pessimamente !