terça-feira, janeiro 27, 2009

Contra as pressões, marchar, marchar!

Por uma vez, confesso que estou de acordo com a Direcção do Sindicato dos Magistrados do Ministério Público. Publicou ela um comunicado em que se insurge contra as pressões no caso Freeport, assinalando que estas são tão mais surpreendentes quanto a PGR emitiu dois comunicados a confirmar que nenhum membro do actual ou de outro governo se encontra sob investigação, afastando assim qualquer conotação política do caso.

Este inteligente comunicado deu-me muito que pensar. Puxei pela cachimónia para perceber quem é que está a fazer pressões para que o caso ganhe conotação política. De memória, e à vista desarmada, aqui vai a lista dos principais culpados:
    • Felícia Cabrita, que se comporta como uma verdadeira agente provocadora, prejudicando o normal curso da investigação;
    • Pacheco Pereira, que passa a vida a tentar ligar o primeiro-ministro ao processo, transformando-o num caso partidário;
    • José Manuel Fernandes, que se serve de um jornal para extrair conclusões de cunho igualmente político-partidário sobre o caso;
    • Carlos Anjos, sindicalista da linha “unitária” da PJ, que se esfalfa a fazer declarações sobre um processo em segredo de justiça;
    • António Cluny, que contra a orientação do seu próprio sindicato, num raro caso de dupla personalidade, faz sucessivos comentários sobre uma pretensa interferência do primeiro-ministro por ele protestar contra os atentados ao seu bom nome.
Aqui vai uma sugestão para os ilustres sindicalistas do Ministério Público. Da próxima vez, para além do acutilante comunicado, não deixem de revelar os culpados pelos atropelos à independência dos tribunais. Não precisam de agradecer este generoso contributo…

11 comentários :

Anónimo disse...

Tudo gente séria, bem re-putada...

acho que faltam aí "alguéns", além de "alguèm"...

atão...

que ingratidão, já se esquecem as fontes anónimas,

o analista de(a) excelência,

o comentador de "cara de pau"...

abraço. bom artigo.

"isto" já murchou, creio, vamos continuar seguindo as tiragens dos media implicados, e as sondagens...

Aqueduto Livre disse...

Caríssimo,
Se se der ao incómodo de consultar o meu blogue Mainstreet, http://weber.blogs.sapo.pt, encontrará as "queixas" da Quercus e, o mais interessante, o EIA final aprovado pelo Ministério e publicado pelo site do IPAM, onde têm assento a Quercus e o Geota!.

Cumprimentos corporativos, que bem os merece,

José Albergaria

Francisco Clamote disse...

Em relação ao Cluny, é caso para citar o velho ditado: "Bem prega frei Tomás...

Anónimo disse...

Esqueceu-se de acrescentar José Sócrates, que já fez dois comunicados e uma conferência de imprensa sobre o assunto...

A. Moura Pinto disse...

Bem visto.
Quanto ao nónimo - verdade que não se deve ligar a anónimos - só faltava que o visado ficasse calado para que, tb como anónimo, viesse com o "quem cala consente".
O visado deveria ficar a assar em lume brando.
E o comunicado sindicalista é mesmo de uma inteligência burra, fingindo que quer prevenir o alastrar das atoardas, quando se limita a questionar as declarações do PM, como sendo ele o culpado do que por aí vai.

Anónimo disse...

Os "5 pistoleiros" que de forma persistente continuam a prejudicar e a denegrir a imagem do País, quando atacam figuras publicas de idoinidade absoluta.

São 5 trauliteiros de lingua solta mas suja, que passam o tempo tentando, atraves da insidia,da mentira, da falsidade, da montagem, da desinformação, das fugas ao segredo de justiça,das declaraçõe publicas, querem tirar dividendos politicos de um caso de policia.

Anónimo disse...

Que os corruptos não são condenados?

Vejam o Caso Freeport, o mais recente exemplo de justiça à portuguesa, Sócrates até pode ser inocente neste caso mas todos sabemos que é um malandro, ainda por cima ousou mexer nas mordomias dos juízes, algo que Salazar tinha concedido em sinal de gratidão e carinho. Até pode suceder que Sócrates se escape de um julgamento, mas pelo sim pelo não já foi julgado na praça pública, os investigadores poderão não chegar a provar nada, mas tiveram o cuidado de promover a sua condenação pública, isso do tribunal fica para mais tarde. Em Portugal poderão não haver muitos julgamentos por corrupção, mas há o que não faltam é condenados, até porque a nossa justiça é tão célere e eficaz que neste casos primeiro condena ou manda condenar e depois investiga.

Anónimo disse...

UMA AJUDA À MAIORIA ABSOLUTA





Ou estou muito enganado ou dentro de algum tempo não vão faltar os que insinuarão que todo este processo duvidoso e manhoso do Freeport foi criado para dar a maioria absoluta a José Sócrates. Se é o primeiro-ministro a ser o alvo das atenções enquanto Manuela Ferreira Leite espera no seu burco pelos estragos para a imagem do líder do PSD, também poderá ser José Sócrates a benefiocir com este processo.

Depois da agitação incial começa a ser evidente a manobra e a inconsistência das insinuações que as fugas ao segredo de justiça lançaram sobre Sócrates, com alguma reflexão vamos perceber que há uma grande possibilidade de haver gente do PSD nesta tentativa de fuzilamento sumário do líder do PS, um velho hábito adquirido no tempo do porcesso Casa Pia.

Aquilo que tanta alegria às hostes do PSD, começando pelo próprio Pacheco Pereira que não resistiu a comentar o assunto no se blogue, pode acabar por ser a derrota antecipada da direita. Não vai faltar quem se lembre de dizer que foram vítimas de uma armadilha.

Anónimo disse...

Segunda-feira, 26 de Janeiro de 2009
Advogados de Acusação
Pinto Monteiro escusa de se preocupar com os seus procuradores na investigação ao "caso Freeport": aqui e aqui já há advogados de acusação que sobre. Os dignos procuradores podem dedicar-se a outros processos esquecidos na gaveta há anos...

Teófilo M. disse...

A insistência em confundir as investigações que decorrem na Grã-Bretanha com esta última investida nos escritórios de um advogado e na do tio do PM, não é inocente, nem tampouco a entrada da Quercus na asneira, clamando inicialmente que não sabia de nada sobre as queixas feitas a Bruxelas para agora despudoradamente afirmar que sabia do arquivamento, mas não a nível oficial...

Porque será que o menino e a menina da Quercus terão andado pela Madeira, no ano transacto, a fazer propaganda da ilha?

Ou estarei a ser apenas má-língua?!

Ricardo Sardo disse...

Caro Miguel, chamo a atenção para o facto de não ter sido eu a publicar o comentário das 3:10 da tarde de ontem, com o texto de um post meu. Pelos vistos, alguém fez copy/paste sem referir a fonte, de onde retirou o texto...
Cumprimentos.