sexta-feira, janeiro 23, 2009

Jornalismo de percepção (caso prático)

São 23 horas do dia 23 de Janeiro de 2009.

O caso Freeport faz manchete nos onlines do Público, Sol e Expresso. Basicamente, com declarações de familiares de José Sócrates (agora também há um sobrinho, ou primo, ou o que é...), antecipadas em "exclusivo rigorosamente truncado" na TVI. É normal que isto assim aconteça, afinal de contas os onlines são para actualização e antecipação de notícias.

Mas há um pormenor que faz toda a diferença.

Conhecida a primeira página do Sol pela TVI (estranha conjugação accionista...), José Sócrates emitiu um comunicado, em que desmente categoricamente (ou seja, com categoria) a manchete do Sol mesmo antes de ela ser publicada.
Esse desmentido de José Sócrates pode, às 23 horas do dia 23, ser lido no Expresso. Mas tentem encontrá-lo no Sol, ou no Público...

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Act: Às 22 e 59 (que Diabo, tenho que comprar um relógio Sonae, que dá sempre as horas antes dos outros...), o Público lá acedeu a publicar o comunicado de José Sócrates. Mas a manchete do online manteve-se: um mix de citações do Sol e do Expresso (preguiçosos, estes fulanos do Público - não encontraram um familiar de Sócrates só para eles?), entretanto desactualizadas. Mas que raio de escola de jornalismo é que esta gente frequentou?

Contributo do João

11 comentários :

Anónimo disse...

É vergonhoso que o MP e a PJ tenham tido em banho maria, durante anos, um inquérito criminal em que um primeiro ministro poderia estar envolvido. Só esta situação mereceria do Senhor Procurador-Geral uma explicação.

FNV disse...

Um post um bocadito confuso. Não é habitual...

fado alexandrino. disse...

Explique-me uma coisa, por favor.
O tio de José Socrates mentiu?

Miguel Abrantes disse...

Mas o que é que "o tio" disse de extraordinário?

Anónimo disse...

Do BPN e Dias Loureiro, não tem havido novidades, pois não?

do Citygroup e dos submarinos, tudo na mesma?

estranhos silêncios, estranhos ruídos,

estes com um sentido e oportunidade bem definidos...

claramente já não somos um pais rural abraço

Anónimo disse...

Sem a licença de um e com a esperada permissão de outro, permitam-me que sobre mais um caso/frete feito pelos "paper boys" do costume cite aqui algo. lido no blog "O Jumento":
«Sugira-se aos senhores procuradores que avancem com um partido e façam política como os outros portugueses, porque apesar de algumas golpadas sem grande sucesso Portugal ainda tem uma democracia.»

Anónimo disse...

Os casos do BPN com ligações a kavako, tudo calado tudo silencio.

O mais mediatico caso, o furacão, tudo na mesma, transformou-se numa brisa que vai terminar em bom tempo.

Os varios casos na camara de lisboa, o silencio é total.

O roubo aos portugueses que MFL levou a cabo com o citybank, silencio.

E muitos outros casos pendentes que vão morrendo da memoria dos vivos e que nunca mais verão luz do dia.

Penso que aqui há maozinha dos marotos do mp, o vitalicio presidente deve saber alguma coisita.


Para terminar, deixo aqui o meu apoio a Socrates, por mais um ataque vil e fascista.

Teófilo M. disse...

Lamenta-se que o sr. procurador sempre tão ávido em prestar informações necessárias, às vezes nem por isso, não saiba ainda explicar porque é que este assunto esteve parado quase quatro anos!!!

Terá sido esquecimento? E se foi, que estranho é ser lembrado nesta altura, imediatamente antes de os ingleses escreverem a solicitar mais informações...

Anónimo disse...

Eu também AFIRMO categoricamente:

1. Nâo abomino o PM.
2. Não creio que o PM tenha feito batota com a licenciatura.
3. Não creio que o PM tenha assinado aqueles belos projectos arquitectonicos em nome de terceiros.
4. Não creio que o PM seja personagem de esquemas, compadrios, trampolinices, pressôes indevidas, etc.
5. Não creio que o PM tenha cedido à tentação de calçar uns belos pares de luvas a título de compensação pelo seu empenhamento na causa do bem público, a prósito do caso Freeport.
6. Acredito que o PM se sacrificaria pessoalmente caso os seus familiares e/ou assessores fossem acusados injustamente.
7. Acredito que o PM, a exemplo dos estado Português, é uma pessoa de bem.

Exijo que este comentário, fruto da indignação de um cidadão preocupado, seja publicado na íntegra.

Assina: "concerned cityzen"

Anónimo disse...

Somague condenada em 600 mil euros por financiamento ilegal ao PSD. Alguém se lembra?
BPN - querem transformar Constâncio no alvo a abater.Tiro ao alvo no polícia para se ignorar o ladrão.
Etc, etc.
Só mais um acrescento:Sol, Público, Expresso, SIC, TVI, CM são propriedade total ou parcial de militantes do PSD.
E outro: a que título, Cluny vem falar em nome do M.P. quando a questão não é sindical? Quem devia falar não era o Procurador?

Anónimo disse...

Esta questão que a Ernestina coloca, é fulcral aqui, mas também em outros sectores de actividade...

Sr. Cluny é um mero sindicalista, mesmo que há muitos anos,

e se alguém pode falar pelo MP, seria o PGR...

Mas a imprensa também ajuda, e abre canais a estes sindicalistas, multiplos,

que exorbitam completamente as suas "funções", botam faladura do que entendem,

sucedem-se a si mesmos, anos a fio, sem retornarem a seus profissões no terreno - p.e. Mario Nogueira,

e arrogam-se, alguns, poderes de "soberania", que a democracia não pode tolerar...

E o que se passa com ataques a Constancio e BdP - até parece que contabilidade clandestina era visivel para BdP... -, pela CSocial que Ernestina cita,

é um exemplo despudorado ao sistema de controlo do sistema democratico.

abraço