terça-feira, janeiro 27, 2009

Um homem perigoso (2)

Há, de facto, homens perigosos, que "aparecem pouco, escrevem e falam menos, podem muito." É de todos os tempos - os homens da sombra são, deveras, muito perigosos... Mas os outros, os que têm "visibilidade a mais", têm todos os palcos, podem ser ainda mais perigosos. Até podem "pensar bem". De pessoas que "pensavam bem" está o Inferno cheio.

Mas as pessoas que "pensam bem" e têm "visibilidade a mais" deveriam ter para com os seus concidadãos um dever acrescido de honestidade. Por exemplo, essas pessoas sabem que as buscas (e o conteúdo das mesmas) estão abrangidas pelo segredo de justiça. E sabem que "as buscas", por serem feitas por autoridades policiais e judiciais, independentemente dos seus resultados concretos (que só conhecemos através de fugas controladas e direccionadas pelos agentes que as fazem...) conferem "veracidade" ao diz-que-disse, à suspeita rasteira, às "bocas" do homem da rua.

Porque, caro FNV, foi exactamente com este tipo de mecanismos, fora dos tribunais, à margem do Estado de Direito, sem qualquer possibilidade de defesa perante a enxurrada dos media, que foram "condenados" Leonor Beleza, Carlos Melancia, Carlos Cruz, Herman José, Paulo Pedroso, Ferro Rodrigues, a mãe de Joana e os pais de Maddie...

Pelos vistos, isso é coisa que não o incomoda, caro Filipe. E isso surpreende-me.

Contributo do João

3 comentários :

FNV disse...

Distorção, caro Miguel. Esses mecanismos mencionei-os eu, num post aqui citado. Acontece que a culpa -desses mecanismos- não é de um comentador político e historiador como JPP.

Miguel Abrantes disse...

Caro Filipe,

Muito embora não perca uma linha do que escreve, esta “polémica” é com o João, cujo nome consta do post.

Quanto a JPP, hei-de falar dele. Deixemo-lo continuar a mostrar-nos como é.

FNV disse...

As minhas desculpas ao João e ao Miguel.