A estória que hoje animou a blogosfera faz lembrar a figura sinistra do agente provocador: recrutado um bandalho qualquer e coladas com cuspo umas noções básicas, ele era largado num sindicato ou numa associação de estudantes ou colocado na orla de um partido de esquerda. Cabia ao esbirro estar atento às conversas e recolher os documentos que passavam por perto, normalmente sem o mínimo sentido crítico para discernir o que era relevante ou não, tarefa que ficava a cargo dos superiores hierárquicos.
O pobre diabo que andou, por estes dias, a bater às portas das redacções e a enxamear as caixas de mails de bloggers é o típico agente provocador. E Eduardo Dâmaso, ao dar guarida a atitudes deste jaez de um farrapo humano, comporta-se como o “superior hierárquico” a quem cabe distinguir o que é relevante na “matéria” colhida aqui ou acolá. Infelizmente, após meses a fio de recolha de informações, o resultado está à vista: uma mão cheia de nada.
O Daniel Oliveira aproveita este triste pretexto para se atirar, de uma forma nojenta, ao CC, dizendo que este blogue faz “bufaria”. É claro que o Daniel é incapaz de demonstrar com um só exemplo quando é que isso aconteceu. Ou por outras palavras, quando é que foi publicado pelo CC qualquer dado que não fosse do domínio público e que não se inserisse numa lógica de escrutínio de quem tem o poder no sentido amplo do termo: além do poder político, o poder mediático, o poder das corporações, etc..
O Daniel debate-se com uns tantos problemas complicados: sendo, por um lado, genuinamente social-democrata, vê-se na obrigação de fazer, quando se sente acossado, uns passes de mágica; revelando, por outro lado, um incontido fascínio pela direita, lança pontes às personagens mais inesperadas. É por tudo isto que, um dia, escrevi que o Daniel me fazia lembrar o Sebastião de Tempos Difíceis.
Mas o Daniel atraiçoa-se quando dá por adquiridas as intrigas publicadas no Correio da Manha. Mas citadas por ele, um antigo assessor, a coisa tem a sua piada.
5 comentários :
O escrutínio é para quem dá o nome. A anónimos que tratam do escrutínio de quem dá o nome chamamos de bufos. Que é o que vocês são até dizerem quem são para nós vos podermos também escrutinar a vocês. Assim é em democracia.
E aqui está um antigo assessor que nunca se escondeu atrás de bloggers anónimos. Nunca. Se não compreende a diferença, não me espanta. Os cobardes nunca percebem de que estamos a falar quando falamos do risco de dar a cara por aquilo em que acreditamos.
Digam quem são (até já nos conhecemos, mas eu não tenho espirito de bufo), como cada um de nós diz quem é, e passarão a ser uns entre iguais. Até lá, são o submundo da blogosfera e do debate público.
Zangam-se as comadres, descobrem-se as verdades.
Onde há fumo, há fogo.
o Daniel Oliveira personifica aquele tipo de pessoa que existe muito na nossa sociedade: gosta de mandar umas bocas sobre certos assuntos mas sempre sem aprofundar esses mesmos temas.
Não sei se por incapacidade se por ser pouco trabalhador, deve sentir alguma dor de cotovelo dos posts do CC que têm substância, vão ao fundo das questões.
Lá por ser um madraço e viver à custa de mandar umas bocas inconsequentes, o Daniel não precisava de atacar o CC como o fez. Só lhe fica mal.
O Daniel decidiu mudar os dicionários. Não serei eu que o vou contrariar.
O anonimato ou o pseudo-anonimato foi discutido há um ano ou dois na blogosfera. Pensei que o Daniel tivesse ficado esclarecido.
O Daniel decidiu fazer uns números para agradar aos Lombas. Não serei eu a insistir que não deveria fazer essas tristes figuras.
Nunca gostei de gente que cospe no prato que comeu e dá chutos a quem está no chão..
A única boa notícia dos últimos dias é que o nosso país tem mais virgens que o paraíso dos nossos amigos muçulmanos!
Mas uma coisa é certa, isto não vai acabar bem!
Assinado por um novo anónimo!
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