À falta de ideias sérias e consistentes para tirar Portugal do buraco, sem uma visão para o país, ou sequer um programa eleitoral, o PSD "vende" agora o seu querido líder numa versão familiar - só lá falta o peixinho dourado - e a imprensa do burgo "compra" esta estratégia de marketing. E é com isto que estão à espera do meu voto? Quero lá saber da família do Passos Coelho, dos doces, queijadas e quejandos. O que eu quero é poder confiar em alguém, e não é com "doces" destes que me convencem. MANUEL ANTUNES
A propósito de marketing político, o pior nem é esse. O pior é de longe o anti-partidarismo sonso travestido de «objectividade e rigor», sobretudo quando, voluntariamente ou não, faz o jogo das mais sonsas e conspiratórias (não há contradição) individualidades.
Um caso grave, em minha opinião, é o daquele conceituado sócio-marqueteiro que navega nas águas turvas do anti-partidarismo e até já chamou «manadas» aos agrupamentos da Assembleia da República.
Refiro-me ao ilustre António Barreto, um caso de estudo que devia ser analisado por todos os sociólogos mediáticos desempregados, com vista a melhorar a qualidade de vida da classe.
É interessante comparar a evolução dos pingos de sabedoria barreteira que diariamente salpicam, minuto a minuto, de todos os canais de TV.
Por exemplo:
1) Aqui, aos (15:00), quando se acreditava na fábula da não-comunicação prévia do PEC-4, e essa mentira do PSD servia para bradar aos céus a propósito da «falta de cortesia democrática» do «delinquente político malcriado» que só podia ser aliviada pela imolação dos interesses da pátria amada no altar da honra partidária, coisa que devia ser tolerada e compreendida, remetendo-se a culpa ao «golpe» e «comportamento selvagem» já se sabe de quem.
2) Aqui, aos (12:25) -- depois de se saber que a comunicação tinha sido feita e, não só a falta de cortesia, mas uma aldrabice de gravíssimas consequências, tinham tido origem no PSD -- quando a amargura se transformou subitamente em pingos de doçura compreensiva («foi telefone, não foi telefone, foi visitar, não foi visitar... [pausa e mudança de assunto]». Assim mesmo: mudança de assunto, sem mais, como se a verdade não interessasse nada a ninguém...
E depois toca a martelar bem aquele «eles não se falam, eles não se falam», repetido como um leitmotiv sempre que alguém na oposição faz uma nova birra e diz que não fala com «este governo», sem que «este governo» se tenha recusado a falar com quem quer que seja.
E isto, mesmo quando quem diz que não fala afinal sempre fala (e pelos vistos sem gravador), só que em segredo, para não privilegiar o interesse nacional urgente sobre o conforto eleitoral da sua capelinha.
O mais espantoso para mim não é o grau de deformação destas colunas vertebrais contorcionistas, nem a falta de vergonha na cara (que não é total, transparecendo ocasionalmente alguma por trás do furor histriónico, mas pode ser só impressão minha).
O mais espantoso é o primarismo da mensagem e a convicção de que o gado que pasta nas campinas mediáticas e elege as tais «manadas» não se apercebe nem sequer do óbvio gritante nos sermões destes «cientistas sociais»...
"A marketeira brasileira"..."a mulher do Passos"... bocas fuleiras. Nessas horas, quase que dá vontade que a oposição ganhe. Quando foi um brasileiro a fazer a campanha vencedora de Guterres, a nacionalidade já não interessava nada, não é?
Eu não quero ser digno, eu não quero ser lúcido, eu não quero guardar sentimentos intímoos, eu quero ser pimba. Eu quero ser um pimba destemido como o Passos coelho.
Ao melhor estilo "jacaré" das lagoas da marmeleira. Eu posso passar por lá? Como estou teso pode ser que encha o pote. Podera, só vai ao pote quem tem a chave do cofre. POr sinal a chave reside em Belem, será que o fulano a cede? Não acredito.
Já podemos estar mais descansados, pois se este chega a PM, pelo menos não morremos à fome. Ele são docinhos para aqui, ela arrozinho para ali, no meio disto tudo vão cantando para alegrar a malta. Será que a primeira mulher dele também vai entrar na rapsódia?
Bem sabemos que que eles gostam de dar uma imagem de popularuchos, mas não precisam de exagerar no ar de sopeira à rapariga, que até deve estar a achar piada a estas coisas de aparecer nas revistas...
14 comentários :
O que é isso da "maketeira brasileira"? a nacionalidade é relevante?
À falta de ideias sérias e consistentes para tirar Portugal do buraco, sem uma visão para o país, ou sequer um programa eleitoral, o PSD "vende" agora o seu querido líder numa versão familiar - só lá falta o peixinho dourado - e a imprensa do burgo "compra" esta estratégia de marketing.
E é com isto que estão à espera do meu voto? Quero lá saber da família do Passos Coelho, dos doces, queijadas e quejandos. O que eu quero é poder confiar em alguém, e não é com "doces" destes que me convencem.
MANUEL ANTUNES
Isto mostra o lado humano, foleiro e piroso do líder. Estão no bom caminho!
A propósito de marketing político, o pior nem é esse. O pior é de longe o anti-partidarismo sonso travestido de «objectividade e rigor», sobretudo quando, voluntariamente ou não, faz o jogo das mais sonsas e conspiratórias (não há contradição) individualidades.
Um caso grave, em minha opinião, é o daquele conceituado sócio-marqueteiro que navega nas águas turvas do anti-partidarismo e até já chamou «manadas» aos agrupamentos da Assembleia da República.
Refiro-me ao ilustre António Barreto, um caso de estudo que devia ser analisado por todos os sociólogos mediáticos desempregados, com vista a melhorar a qualidade de vida da classe.
É interessante comparar a evolução dos pingos de sabedoria barreteira que diariamente salpicam, minuto a minuto, de todos os canais de TV.
Por exemplo:
1) Aqui, aos (15:00), quando se acreditava na fábula da não-comunicação prévia do PEC-4, e essa mentira do PSD servia para bradar aos céus a propósito da «falta de cortesia democrática» do «delinquente político malcriado» que só podia ser aliviada pela imolação dos interesses da pátria amada no altar da honra partidária, coisa que devia ser tolerada e compreendida, remetendo-se a culpa ao «golpe» e «comportamento selvagem» já se sabe de quem.
2) Aqui, aos (12:25) -- depois de se saber que a comunicação tinha sido feita e, não só a falta de cortesia, mas uma aldrabice de gravíssimas consequências, tinham tido origem no PSD -- quando a amargura se transformou subitamente em pingos de doçura compreensiva («foi telefone, não foi telefone, foi visitar, não foi visitar... [pausa e mudança de assunto]». Assim mesmo: mudança de assunto, sem mais, como se a verdade não interessasse nada a ninguém...
E depois toca a martelar bem aquele «eles não se falam, eles não se falam», repetido como um leitmotiv sempre que alguém na oposição faz uma nova birra e diz que não fala com «este governo», sem que «este governo» se tenha recusado a falar com quem quer que seja.
E isto, mesmo quando quem diz que não fala afinal sempre fala (e pelos vistos sem gravador), só que em segredo, para não privilegiar o interesse nacional urgente sobre o conforto eleitoral da sua capelinha.
O mais espantoso para mim não é o grau de deformação destas colunas vertebrais contorcionistas, nem a falta de vergonha na cara (que não é total, transparecendo ocasionalmente alguma por trás do furor histriónico, mas pode ser só impressão minha).
O mais espantoso é o primarismo da mensagem e a convicção de que o gado que pasta nas campinas mediáticas e elege as tais «manadas» não se apercebe nem sequer do óbvio gritante nos sermões destes «cientistas sociais»...
Loool.
"A marketeira brasileira"..."a mulher do Passos"... bocas fuleiras. Nessas horas, quase que dá vontade que a oposição ganhe. Quando foi um brasileiro a fazer a campanha vencedora de Guterres, a nacionalidade já não interessava nada, não é?
PPC só faz docinhos para consumo interno ou também vende para fora?
(que falta de pertinácia do jornalista do CM).
Bom, marketing por marketing, ao menos os joggings sempre eram mais didáticos do que os excessos de farófias, papos de anjo e queijadas...
:^D
Eu não quero ser digno, eu não quero ser lúcido, eu não quero guardar sentimentos intímoos, eu quero ser pimba. Eu quero ser um pimba destemido como o Passos coelho.
Ao melhor estilo "jacaré" das lagoas da marmeleira. Eu posso passar por lá? Como estou teso pode ser que encha o pote. Podera, só vai ao pote quem tem a chave do cofre. POr sinal a chave reside em Belem, será que o fulano a cede? Não acredito.
Já podemos estar mais descansados, pois se este chega a PM, pelo menos não morremos à fome. Ele são docinhos para aqui, ela arrozinho para ali, no meio disto tudo vão cantando para alegrar a malta.
Será que a primeira mulher dele também vai entrar na rapsódia?
E para pedir dinheirinho à Dilma já não interessa a nacionalidade???
FALSOS!!
Deve ser imparável a... COMÊ-LOS!
Já temos uma ideia sobre quem quer ir ao POTE...
Bem sabemos que que eles gostam de dar uma imagem de popularuchos, mas não precisam de exagerar no ar de sopeira à rapariga, que até deve estar a achar piada a estas coisas de aparecer nas revistas...
Enviar um comentário