Enquanto Eduardo Catroga e Carlos Moedas continuam aos papéis, os vários grupos a quem Passos Coelho encomendou ideias começam a apresentar serviço.
Esta semana é o Compromisso Portugal, perdão, o Mais Sociedade, que se apresenta através do Jornal de Negócios (o histórico fundador do jornal há-de participar, lá mais para o fim da semana, num evento do grupo de reflexão).
E que nos trazem Carrapatoso e Companhia? Isto:
Esta semana é o Compromisso Portugal, perdão, o Mais Sociedade, que se apresenta através do Jornal de Negócios (o histórico fundador do jornal há-de participar, lá mais para o fim da semana, num evento do grupo de reflexão).
E que nos trazem Carrapatoso e Companhia? Isto:
Ou seja, o PSD e os seus múltiplos porta-vozes - João Duque lá estava, manhã cedo, na TSF - conseguem apresentar aos portugueses aquilo de que talvez nem o FMI ainda se lembrara. A cartilha neo-liberal pura e dura.
Para cortar nas reformas ou no fundo de desemprego, convenhamos, nem é preciso tirar qualquer curso de economia.
3 comentários :
Além da velha receita neo-con, i.e. privatizar, reduzir o Estado à categoria de guarda nocturno, destroçar qualquer EP, agora descobriram, perdão, redescobriram o cortar, o reduzir, o adiar, o suspender e o atrasar.
Tudo devidamente explicado ao pessoal por excelentes profs de economia que apenas têm em vista desmantelar o Estado Social, qualquer ideia de solidarierdade e mandar fazer muitas cadeias para o que contam à partida com o beneplácito do juizada e da magistratura desenvolta que já cheirou o sangue e a carniça...
A coisa vai!
Votem neles, e depois não se venham queixar, que não há volta a trás!
Ora aqui está uma muito boa ideia e uma contribuição de vulto para a política social do PSD.
Um pobre de cristo obtem habilitações suficientes para arranjar um empreguito de salário mínimo. Trabalha, esforça-se e ainda estuda à noite para singrar na vida na tentativa de ganhar uns mais uns tostões.
Consegue subir a corda a pulso e vê-se com um futuro mais ou menos incerto, mas pensa que risonho, continua a produzir a bem da Nação e dos seus empregadores.
Já com um saláriozito interessante, aperta o cinto e põe mais umas coroas de lado numa privada que lhe acumulará a reforma com mais qq coisita, não vá o diabo tecê-las.
Chega aos 55 anos e vai para o desemprego.
A seguradora diz que ainda não tem idade para ir ao fundo, mas que dentro de quinze anos já o poderá fazer.
A alternativa é levantar tudo, o estado comer-lhe uma parte gorda em impostos, a seguradora levar outra em comissões, despesas e juros não pagos, ou manter e esforçar-se.
Opta pela segunda.
Procura outro emprego em vão, e começa a ver a sua reforma a diminuir sem que ele tenha contribuído para tal, mas lembra-se que o complemento ninguém o tira.
Aceita seja o que fôr, que vai diminuir-lhe ainda mais a reforma futura e arruinar-lhe as finanças, pois os anéis vão-se-lhe indo ficando os dedos.
Chega aos 65 e vê que ainda faltam cinco anos para atingir a reforma, só que agora ganha cerca de metade do que ganhava aos 45.
Entretanto rebenta novo escândalo e a seguradora vai a pique e com ela os fundos que tanto lhe custaram a preservar.
Quando a reforma chegar, se lá chegar, vê-se com uma reforma de miséria sabendo que, em tempos, descontou mais do que aquilo que irá receber e que engordou alguns dos que o aconselharam o seu pai a votar PSD nos idos de 2011.
Será que todos os dias se lembra e agradece nas suas orações aos brilhantes economistas e políticos que tiveram tão brilhante ideia?
Brilhante exposição caro Teofilo.
Vê-se mesmo que estas cabecinhas pensadoras nunca tiveram o infortunio de ter de ir para uma fila requerer subsidio de desemprego e constatar o ar humilhado com que as pessoas, independentemente das suas habilitações e situação,têm estampado no rosto.
Cambada de merceeiros!
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