domingo, abril 17, 2011

Tourada laranja



Esta coisa de entregar o DN à secção laranja tem os seus danos colaterais. Numa peça (p. 21) sobre os “bebés famosos” que nasceram na Maternidade Alfredo da Costa (MAC), fica-se a saber que houve um “cançonetista” muito famoso no século passado que nasceu na freguesia de São Sebastião da Pedreira: “José Carlos Ary dos Santos, que nasceu na MAC a 7 de Dezembro de 1936 e se tornou num dos mais conhecidos cançonetistas nacionais”, a par do “cantor a actor Angélico [que] nasceu na MAC nos últimos minutos do ano de 1982, segundos [sic] os registos.”

4 comentários :

Anónimo disse...

Esta ainda é pior que a famosa composição para violinos, pásme-se,do Choupin.Mas não saber que o Ary dos Santos foi poeta e declamador de poemas e confundi-lo ou misturá-lo com cantores de 5ª categoria é o espelho da ignorância e incultura que grassa no jornalismo.

Farense disse...

Analfabetos com pretensões de ensinarem (enganarem) o povo! N saber quem foi Jose Carlos Ary dos Santos! Motivo para despedimento!

Anónimo disse...

Concordo com o Farense:"despedimento" para estes 'jornaleiros' . Mas... e o Cavaco, Presidente da República de Portugal,não saber que os Lusíadas têm 10 cantos( ainda se lembram disto?)?

Miguel Marujo disse...

Eis um post de má fé, digamos assim. Conhece-se por aqui que o termo não tem a conotação pretensamente negativa que lhe dás (e que já vai por influência, por deus, da suposta secção laranja! haja paciência) nos anos 60 e 70?! Afinal, Fernando Tordo, por exemplo, «participou no Festival RTP da Canção de 1969 onde interpretou o tema "Cantiga". Nesse mesmo festival conheceu o poeta Ary dos Santos. É um dos vencedores do Prémio Casa da Imprensa como cançonetista e compositor ("pela riqueza harmónica, melódica e rítmica dos trabalhos gravados em disco").» (in http://www.enciclopedia.com.pt/new/articles.php?article_id=1041) Ou o recurso a um dicionário diria que «cançoneta, nome feminino» é «pequena canção, de assunto ligeiro ou mordaz, posta em música
(Do fr. chansonnette, «cançoneta»)». E cantor de facto é maltratado em nome como Angélico. Mas hoje tudo é cantor. Já cançonetistas, mordazes, sobram poucos.