sábado, dezembro 24, 2011

Fils a papa

• José Pacheco Pereira, Um Natal triste [hoje no Público]:
    ‘São estas as decisões deste Natal, de um Natal triste. Há uns imbecis nos blogues que acham que falar dos problemas concretos das pessoas que não são fils a papa, publicitários, gente de glamour, neoliteratos, assessores de várias eminências, yuppies sem mercados, consultores, advogados de sucesso, é neo-realismo. A única coisa que se lhes pode perdoar é não saberem o que a palavra significa, mas tudo o resto não e perdoável nem mesmo com muito "espírito de Natal".

    É particularmente irritante, e socialmente perigoso, que acrescentem à miséria uma lição moral do género "têm o que merecem porque viviam acima das suas posses", todos contentes com a purga moral do país pelo empobrecimento. O empobrecimento pode ser inevitável, mas deixem de lhe atribuir qualquer valor catártico e vender como nova propaganda que, no dia em que estivermos mesmo muito pobres, vai começar a nova aurora económica, a ascensão de uma economia de sucesso, livre do Estado, competitiva e dirigida por uma "nova geração" liberal e desempoeirada.

    Sim, sim, tretas. Sem mão-de-obra qualificada, com mercado interno deprimido ao limite, sem classe média, sem capacidade de poupar e com o país cheio de tretas. Sim, sim, tretas.’

6 comentários :

Anónimo disse...

É sempre um prazer ver o JPP citado aqui.

Zé da Minda sempre disse...

Como dizia uma grande fadista,FORÇA PACHECO...

Anónimo disse...

Ò Freitas e quem destruiu a classe média?

Anónimo disse...

Este Pacheco é um tretas.Dá uma no cravo e outra na ferradura,mais nesta que naquele.Boas festas.

José Estalinho disse...

a arrastadeira Gonçalves já não gosta do Dr. Pacheco e tornou-se um optimista: http://portugaldospequeninos.blogspot.com/2011/12/i-hope-against-all-hope.html

Anónimo disse...

A arrastadeira não está a ser optimista, está a ser muito palerma ou uma grandessissima mentirosa. Inclino-me para a segunda hipotese , pois ninguém sem espinha sobrevive assim tanto tempo a contar verdades.