- ‘(…) Alguém, que diz que chegará a um fim, sejam quais forem as consequências, é uma pessoa perigosa. Ainda havemos de o ouvir gritar: “Troika o muerte! Venceremos!”
Há três formas de compreender esta estratégia do governo. A benigna: Passos Coelho já compreendeu que este caminho não o leva a lado nenhum mas precisa de fazer um discurso para alemão ver. Quando tudo ficar mais evidente dirá aos credores que ao menos tentou. Se é isto, ele é apenas ingénuo. A credibilidade de um devedor não se mede pelas suas boas intenções. Mede-se pelos resultados. Basta ler os relatórios das agências de rating para o perceber: os mesmos que defenderam esta receita estão a punir os países que a aplicaram pelos efeitos que ela está a provocar.
A neutra: Passos Coelho não tem nenhuma solução alternativa e limita-se a seguir, como um burocrata, o “protocolo”. Se assim for, estamos perante um mero executante e devemos tratá-lo como tal. Um burocrata não tem, nem deve ter, autoridade política.
E a maligna: Passos Coelho tem um programa ideológico radical (ainda mais radical que o memorando) e vê esta crise como uma oportunidade para o aplicar. Mesmo que deixe, no caminho, um rasto de destruição. O primeiro-ministro confirma: “Não fazemos a concretização daquele programa obrigados, como quem carrega uma cruz às costas. Nós cumprimos porque acreditamos que, no essencial, o que ele prescreve é necessário fazer em Portugal”.
Não sei se Passos é um tolo, um burocrata ou um extremista. Provavelmente é as três coisas ao mesmo tempo. (...)’
3 comentários :
Pior que as afirmações, é a forma como as faz.
A expressão facial, corporal, revelam um indivíduo com mau intimo, perverso, sacana.
Vê-lo falar, assolam-me as imagens inesquecíveis do tresloucado hitler, que vemos nos documentários e em alguns filmes.
Será que sou o único a reparar nisso?
Não é o único colega anónimo.
A solução final, a passo ou a correr vai ser apertar o cinto e emigrar.
Ninguem nos salva não.
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