- 'O conceito de Escola Pública nasceu em França, em 1792, e apostava numa escola pública, universal, laica, gratuita e tolerante. Uma escola para todos e em todos os níveis que promovesse, em circunstâncias de equidade e de igualdade de oportunidades, uma instrução pública. Quase dois séculos depois, em Abril de 1974, a Escola Pública em Portugal era uma realidade pouco presente na vida dos portugueses. Os altos níveis de analfabetismo e os baixíssimos níveis de escolaridade revelavam o atraso em relação aos restantes países europeus. Desde essa data até ao presente, muitas foram as melhorias realizadas. Em particular nos últimos seis anos ocorreram mudanças profundas e estruturantes. É desse período que saliento avanços incontornáveis de uma Escola Pública que se reergueu, dignificou e se voltou, de forma mais pragmática, inclusiva e realista, para os portugueses, o seu presente e o seu futuro.
Foi neste período que se verificou o maior investimento de sempre na qualificação dos portugueses através do Quadro de Referência Estratégico Nacional, que contemplou um investimento de 8800 milhões de euros à qualificação dos portugueses. Os últimos dois governos socialistas iniciaram o maior plano de sempre de requalificação escolar, alargando a capacidade na educação pré-escolar, com mais de 1000 novos e modernos centros escolares, e com uma intervenção profunda em mais de 300 escolas secundárias por todo o país, dotando-as das necessárias e actuais condições de conforto, tecnologia e de funcionamento pedagógico. Uma rede com 450 centros Novas Oportunidades abriu novos acessos a públicos pouco presentes no sistema educativo, acompanhada de mais bibliotecas escolares e de centros de recursos. Este esforço colectivo permitiu que nos últimos seis anos assistíssemos ao maior alargamento de sempre no número de portugueses a aceder ao sistema educativo: mais de 1,4 milhão de portugueses adultos voltaram aos percursos formais de qualificação, através das Novas Oportunidades; mais de 40.000 jovens regressaram à escola; e cerca de 50% dos estudantes do ensino secundário estão em cursos profissionais, aproximando Portugal dos níveis médios da OCDE. Mas todo o esforço na defesa da Escola Pública não se esgotou em infra-estruturas. A defesa de uma verdadeira e efectiva igualdade de oportunidades foi feita aumentando as aprendizagens disponíveis na Escola Pública, com as Actividades Extracurriculares num movimento curricular que acrescentou a língua inglesa, entre outros conteúdos, a todas as crianças do 1º ciclo do ensino básico; instituindo a escolaridade obrigatória de 12 anos e a universalidade no acesso, aos 5 anos, à educação pré-escolar; garantindo pela primeira vez no currículo a identidade da educação especial com estabilidade e formação dos respectivos docentes; diversificando modalidades de educação e formação de adultos; e alargando e estabilizando as propostas curriculares destinadas a contextos humanos e territoriais específicos.
Um dos aspectos mais marcantes da nossa defesa da Escola Pública, e que mais tocam na vida de tantas e tantos portugueses, é a "Escola a Tempo Inteiro". Este passo decisivo em direcção à igualdade possibilita, gratuitamente, a todas as famílias, o acesso a actividades de complemento de aprendizagem, após o horário lectivo. A nossa opção estratégica pela educação e pela igualdade proporcionou ainda apoios sociais ao universo de estudantes do ensino secundário e alargou o acesso ao passe social escolar.
Entre 2005 e 2012, o Partido Socialista acrescentou quantidade e qualidade à Escola Pública em Portugal. Este esforço que o país realizou na sua Escola Pública foi valorizado por instituições internacionais como a OCDE ou a União Europeia e foi determinante para o inegável aumento dos nossos níveis de escolarização.
Com o Partido Socialista foi realizado um enorme investimento na Escola Pública em Portugal na firme convicção que só assim se assegurará uma verdadeira Igualdade de Oportunidades, se reforçarão os alicerces da Democracia e da Liberdade e se apostará num desenvolvimento sustentado. É por aí que vamos. Em defesa da Escola Pública, como uma das nossas causas maiores.'
4 comentários :
A formiga tem catarro?
Sente-se a dificuldade que tem em dizer bem do legado de Sócrates.
Que mal que lhe fica essa limitação pessoal.
Um homem deste tamanho só será PM de Portugal de for afilhado do Ângelo Correia. (onde é que eu já vi isto?)
Subscrevo na integra o texto anterior.José Seguro irá pagar com lingua de palmo,se continuar a assobiar para o ar às criticas da direita ao legado que muito nos orgulha deixado pelo Governo chefiado por José Sócrates.Evidenciar a politica do Governo anterior,alem de ser um acto normal para uma pessoa que seja minimamente seria,tem a virtude de desfazer o embuste que montaram sobre a obra em quase todas as areas estruturantes da sociedade portuguesa deixado pelo governo anterior,para desse modo justificarem todas as malfeitorias que estão a levar a cabo contra o bom povo portugues.
Caro Zé da Minda:
Respeitando a sua opinião a única pergunta que lhe faço é esta: Está a falar de Portugal? Tenho dúvidas pois o único legado que o governo anterior deixou foi uma dívida brutal, umas mentiras valentes, muita propaganda, muita trafulhice e como tal o tal bom povo vai ter que pagar isso tudo com língua de palmo.
Ao anonimo das 04:05:00
caro senhor,a divida de Portugal era resolvida sem pedirmos resgaste como a Espanha.Quanto a dividas publicas faça o favor de ir a todos os paises da europa e vejam por onde andam as suas dividas soberanas e o desemprego.Não se esqueça que a divida publica é muito menor do que a divida dos privados e dos bancos.Acredite no que lhe digo.A direita sem crise deixou a Socrates um deficit publico de 6.8. A nossa divida publica é o acumular dos deficits deixado por todos os governos depois de Abril.Por ultimo sabia que a UE incentvou os paises a investir para diminuir os efeitos da crise 2009e 2010. A direita para levar a cabo as reformas que de outra forma não conseguia mentiu nas promessas e dramatizou a situação.O governo de Socrates foi o melhor de todos depois de Abril.Foi o unico que fez reformas e se não foi mais longe foi por culpa das corporaçoes.Acha que neste momento o que se está a fazer na justiça são reformas? anda tudo caladinho porque será? e na educação,com o regresso do exame da 4 classe? o que é isto senão
voltarmos ao passado elitista de triste memoria.ZM.
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