- ‘O Senhor primeiro-ministro, no seu Congresso, falou da "revolução pacífica", que tem vindo a realizar. Com a devida vénia, enganou-se. Trata-se de uma contrarrevolução, como qualquer politólogo ou sociólogo lhe explicará. Porque o povo não tenha dúvidas, não participa nela nem lhe agrada nada essa "revolução" anunciada. Está profundamente contra, como não podia deixar de ser.
As reformas até agora feitas - os cortes, que atingem principalmente os mais desfavorecidos, as privatizações que o Governo fez já ou pensa fazer, vendendo a qualquer preço o nosso principal património, as nomeações ou a ausência delas, que paralisam os ministérios - não são, realmente, reformas: são contrarreformas, porque o nosso povo não as aprova nem tolera e, pior, está a ficar indignado. Tanto mais que o Governo, no seu conjunto, não tem funcionado bem, como se tem visto.’
8 comentários :
Tem razão, Mário Soares. Mas só aborda um dos lados da complexa questão: o Povo está a ficar indignado, sim, com uma situação que não aprova, mas também está longe de não tolerar, porque simplesmente não compreende (ninguém lha explica).
E para além de indignado está a ficar bastante confuso, com a ausência de alternativas à contra-revolução em curso e de uma narrativa clara e mobilizadora contra ela.
E essa enorme confusão impede-o, por ora, de dar largas à indignação. Mas ela vai-se acumulando e, algum dia, terá que ser libertada, como as lavas dentro do vulcão. Por isso, mais vale criar rápidamente essa alternativa política e discursiva, do que correr depois para os abrigos quando a lava não tiver outra alternativa do que romper a crosta que a consome e irromper triunfante e criadora, destruindo o arranjinho precedente.
Assim funciona esse mecanismo tão simples, que é a História. Que nem sempre, porém, encontra mecânicos à altura desta sua simplicidade...
Tem razão Mario Soares.Isto é uma contra revolução efectivamente,mas se ela é uma realidade, também contou com o contributo de algumas criticas injustas ao anterior governo, vindas de pessoas com responsabilidades politicas como Mario Soares.
Com que direito é que o Dr Mário Soares fla em povo se ninguém lhe passou procuração para o fazer. Relembro ao Dr Mário Soares (que o é)que a legitimidade democrática é concedida pelos eleitores aquando da realização de eleições e que têm a duração de uma legislatura portanto chamar contra-revolução às propostas que foram sufragadas pelos Portugueses é no minimo tentar chamar "burros" aos Portugueses que escolheram a actual maioria para governar substituindo um regime em descrédito e trafulhento. Falar em nome do povo, contrarevolução etc é curioso pois não o vi preocupado com a situação do país entre 2005 a 2011 quando uma corja de iluminados socráticos nos levou ao abismo. Haja coerência Dr Mário Soares.
Para o burro das 3:12:00.Os eleitores votaram noutro programa que não este.Não ao aumento de impostos,não ao corte de salarios e reformas,rebeubeu pardais ao ninho..Depois veio um gajo governar que além de sofrer de amnesia,é um mentiroso compulsivo.Quanto aos mandatos,são para 4 anos,se não hover pulhas com vontade de ir ao pote....
Este anónimo das 03:12Pm é mesmo só cretino : diferente de "socratino" .
Não sabe ele que é ,entre outros, graças ao Dr. Mário Soares que , hoje, pode vir aqui fazer comentários sem censura? Mário Soares falou sempre em nome do povo,com toda a propriedade.
Haja paciência para aturar só cretinos.
"às propostas que foram sufragadas pelos Portugueses"
O problema com o seu governo está aqui , cara arrastadeira.
O programa sufragado pelos Portugueses foi directamente para o caixote do lixo no dia 6 de junho de 2011.
Penso que em relação á vossa legitimidade estamos conversados.
Como é possível alguém que mentiu tanto(não há memória de, alguma vez, alguém mentir tanto para ganhar umas eleições)dizer, ter legitimidade para governar o que quer que seja. Diz-se para aí que: "Uma das prerrogativas dos Monarcas (Absolutistas)é a de se poderem contradizer sem serem acusados de falta de lógica"! E já que estamos em maré de citações, e à cerca dos burros votantes, convém não esquecer o que diz Junqueiro: "Um povo imbecilizado,humilde e macambúzio, fatalista e sonâmbulo, burro de carga,besta de nora...etc". Eu, felizmente, não pertenço a esse lote!
Caro Mário Soares,
Tem toda a razão, o que o governo já fez, tem em marcha e está perpretando com a persecução do empobrecimento forçado do povo português, é uma autentica contra-revolução no sentido do salazarismo mais mesquinho.
Os portugueses começam de facto a estar indignados e pelo que ouço de todsos os lados, classes e condições sociais da gente do povo, já parecem esperar angustiados por uma voz de comando para gritar na rua.
Eu estive na Alameda e vi como ali morreu definitivamente o prec e se intalou a democracia. O Senhor, naquele dia foi o garante da democracia em Portugal e depois quando, com Melo Antunes, garantiu a liberdade ao PCP. Infelizmente este partido fez do PS o seu inimigo principal em qualquer circunstância da vida democrática portuguesa e só tem servido para colocar a direita no poder. Desta vez colocou no poder o actual governo, sendo também co-autor da actual contra-revolução.
Dr. Mário Soares o seu PS tem de, mais uma vez, lançar o grito da revolta contra a situação e proclamar ao povo uma alternativa que liberte o povo desta angústia sem esperança que germina na população em marcha forçada e pode transbordar anarquicamente para a rua e acabar numa contra-revolução violenta.
Sim porque o actual governo, de falinhas mansas(gaspar&pm)o que têm planeado e em marcha acelerada é mesmo uma contra-revolução pacífica ou que pretendem pacífica com pezinhos de lã.
José Neves
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