O governador do Banco de Portugal foi a uma escola, onde comparou a situação do país à “semanada” do Francisco do 6.º C. Com tempo para andar por aí a fazer política, disse Carlos Costa a um plateia composta por alunos do 2.º ciclo:
- "Imagina que chegas à quarta-feira e ficas sem dinheiro e até sábado andas a pedir emprestado. Ao fim de algum tempo começas a acumular dívidas e há um dia em que chegam à tua beira e dizem: ou pagas ou não te emprestamos mais", explicou.
"Quando isso acontece - continuou - vais ter junto dos teus pais ou padrinhos e dizes que te correu mal a vida, que tens uma dívida para pagar aos colegas e não tens dinheiro. E o teu pai diz-te: 'Eu empresto-te, mas agora juizinho daqui para a frente, vais prestar-me contas todos os dias e isso é uma condição para te dar dinheiro para o dia seguinte'. Isto é um programa de ajustamento financeiro".
Em caso de incumprimento, rematou Carlos Costa, no caso do Francisco o "castigo" seria a proibição de "ir ao cinema ou jogar matraquilhos", enquanto que, "no caso de um país, será ficar pendurado com as suas tranches".
3 comentários :
Mais um dos que morde a mão que o alimentou.
Por essas e por outras é que os americanos, mais batidos em sacanices politicas, mudam todos os lugares de topo da administração assim que é eleito novo presidente.
Sócrates quis ser abrangente e acabou por escolher baixaria.
Para o Sr. Carlos Costa vivemos numa sociedade sem antagonismos.O problema reside na utilização da "mesada", como se o salário dos paizinhos dos do 2º ciclo tivesse o significado de uma mesada. E como se todos os cachopos do 2º. ciclo em Portugal beneficiassem de uma mesada....
O Sr. Carlos Costa, economista burguês, era bem capaz de terminar a sua sessão de esclarecimento com esta frase conhecida:
"A miséria, meus meninos, não passa da dor que acompanha qualquer nascimento tanto na natureza quanto na indústria".
continua a ser o chefe de gabinete que foi alçado a governador do BdP
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