quinta-feira, agosto 22, 2013

A nova TSU

O Jornal de Negócios está a convidar especialistas em questões fiscais a dar opinião sobre o projecto de reforma do IRC. Hoje, é a vez de Fernando Araújo.

Este fiscalista dá conta de que 78 empresas, num universo de 419.546 contribuintes, suportam uma boa parte das receitas do IRC. Sendo administrador da Portucel, não admira que, muito embora não se mostre saciado, Fernando Araújo apoie o projecto de Lobo Xavier & Frasquilho, defendendo a redução da carga fiscal em sede de IRC, que seria parcialmente compensada por espremer os contribuintes de vão-de-escada apanhados pelo regime simplificado.

O título do artigo faz uma excelente síntese do seu conteúdo: “A redução proposta da taxa de IRC alivia quem deve: os que pagam”. As citadas 78 empresas ficam muito agradecidas. Não há nada como aprender com quem que vai directo ao osso.

3 comentários :

Albatroz disse...

A questão é se a reforma do IRC não levará outras empresas que atualmente não pagam a repensar e a chegar à conclusão que compensará começar a pagar e com isso aumentar a receita em termos globais. Parece-me muito cedo para tirar conclusões sobre os impactos da reforma.

Condor disse...



Pois é, ó passarão. Agora é ainda "muito "cedo para tirar conclusões", claro.


Mas depois, daqui por uns meses ou anos, o mais certo é ser "demasiado tarde" para corrigir os efeitos nefastos, como sempre acontece em Portugal, quando se pensam estas coisas com os dois pés.

João Santos disse...

Isto só serve para aliviar as empresas que não precisam nada de ser apoiadas (EDP, GALP, PT, SONAE, ETC.)não nos esqueçamos que em tempos o Frasquilho queria um choque fiscal, lembram-se?
Quanto a fomentar o investimento basta ver o acordo que a AUTOEUROPA fez com o governo português para se implantar em Portugal:O governo português ofereceu à AUTOEUROPA, em 1991, 89,1 milhões de contos em contrapartidas financeiras, 8,34 milhões de contos em isenções fiscais e 32,56 milhões de contos em formação profissional.Em troca foi inserida no contrato uma cláusula de salvaguarda que prevê a obrigatoriedade da manutenção da fábrica de Palmela até 2014.É assim que as empresas estrangeiras investem noutro noutro país.