- ‘Segundo noticiou o jornal “Expresso” no sábado passado, o Presidente da República voltará a insistir com a ideia de “pacto de regime” após as eleições autárquicas. Como se previa, Cavaco Silva não se ficaria pela primeira tentativa. O fracasso do regresso aos mercados e a iminência de um segundo resgate obriga a uma maior pressão sobre o PS para que se junte à coligação PSD/CDS. Em nome do consenso e da “salvação nacional” pretende-se anular o debate e o confronto político e democrático entre diferentes visões da resposta à crise. Quem insiste tanto na ideia de consenso forçado acha que a democracia constitui um obstáculo à resolução dos problemas, uma espécie de estorvo que tem de ser removido ou temporariamente adormecido. Não entende, portanto, que uma das maiores riquezas que temos é precisamente o nosso sistema democrático, que permite de forma pacífica e aberta o confronto saudável entre diferentes perspectivas. Aliás, um dos maiores males de que padecem as democracias europeias é a ausência de diferenças claras entre os partidos de centro-direita e a social-democracia. Ainda agora na Alemanha, os alemães deram a vitória ao “original” em vez de a darem a uma “cópia” que se distinguia por alguma preocupação social adicional. As diferenças entre o SPD e a CDU eram demasiado pequenas para que se justificasse uma mobilização para a mudança. Infelizmente, a social-democracia vive uma crise profunda de ausência de alternativas por toda a Europa. Não só partilhamos o consenso austeritário na maioria dos países europeus, como já integramos dois governos liderados por conservadores – na Grécia e na Alemanha. Cavaco Silva quer o mesmo para Portugal, mas ao contrário da Grécia e da Alemanha, sem eleições e com um governo, em exercício, já apoiado por uma maioria. Em nome do país e da democracia, o PS tem se ser claro e inequívoco na recusa de qualquer consenso artificial e na afirmação de uma verdadeira alternativa.’
quarta-feira, setembro 25, 2013
Suspensão da democracia por seis meses por tempo indeterminado
• Pedro Nuno Santos, Democracia anulada:
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1 comentário :
Isso é exigir demasiado ao Tó Zé.... Não se livrem dele e ainda vão ver acordos com PPC.
Eu não confio nele, por muito que se esganice!
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