sexta-feira, novembro 22, 2013

Linhas vermelhas

O Sol traz na primeira página que Paulo Portas e o secretário-geral da UGT se encontram hoje para negociar pensões. Fiquei confuso. Após o Governo aprovar a convergência das pensões e o corte das pensões de sobrevivência, que raio tem o vice Portas para negociar? Fui ler a notícia, que é construída em torno de declarações de Carlos Silva.

O secretário-geral da UGT mostra disponibilidade para dar contributos para o borrão da refundação do Estado de Portas (relativamente ao qual o partido maior da coligação de direita se dessolidarizou): “Manifestámos interesse em participar na reforma da Segurança Social, numa reforma que garanta a sua sustentabilidade”.

Para “dar um contributo para uma visão mais humanista e sindical da reforma” do Estado, o secretário-geral da UGT traçou “duas linhas vermelhas” que não admite pisar:
    • Por um lado, não aceita “transformar a reforma da Administração Pública em despedimentos de trabalhadores sem avaliação prévia das áreas em que há trabalhadores a mais, sem saber que serviços estão a mais”;
    • Por outro lado, está “em desacordo” com a “entrega a professores” das escolas públicas, porque isso seria “uma primeira fase de uma privatização encapotada”.

Admitindo que o Governo já persuadiu a UGT a negociar a refundação do Estado, com base no borrão de Portas, Carlos Silva mostrou estar preocupado com a incapacidade do Governo para alargar ao PS a discussão: “Cabe ao Governo encontrar argumentos para trazer à mesa de negociações os partidos, sobretudo o PS”.

Lido e relido o artigo, nem uma breve alusão se encontra relativamente ao corte retroactivo das pensões de sobrevivência e da Caixa Geral de Aposentações que o Governo quer impor. Só pode ser lapso do jornalista.

5 comentários :

Anónimo disse...

Eu acho o sr secretário geral da UGT um zero à esquerda.Coitados dos trabalhadores....

João Santos disse...

A UGT tem estado sempre do lado errado.
Veja-se o apoio que o Proença deu a este governo, o qual não precisa do apoio de ninguém, uma vez que tem maioria absoluta.
Só se pode concluir que a UGT concordou e concorda com as politicas criminosas desate bando que pretensamente nos governa.

james disse...

Este Carlos Silva é um brega, sobre o qual, Marcelo Rebelo de Sousa, repetidamente, diz ter sido seu aluno...

Olimpico disse...


Sabem qual é o problema do Sindicalismo em Portugal ?

É ser conduzido pelos partidos. A CGTP pelo Pcp e a UGT, em termos de "militantes"é do PS, mas em termos de "Poder" é do Psd/CDS.

Há quem diga que é assim ou então a UGT acaba, mas pode acabar alguma "coisa" que nunca existiu ?

NB: Quando os bancários Portugueses resolverem "fechar a torneira das contribuições financeiras" PUM..PUM..para os Proenças, Silvas & Cª Ltd.
Com a CGTP, já sabemos como é a "música" com os "carapaus" das UGT, nem música PIMBA....

Anónimo disse...

Brega:

Português (Brasi), ou espanhol ?