segunda-feira, novembro 11, 2013

Orquestra sem maestro [1]

Bloomberg

O Governo já afirmou tudo e o seu contrário relativamente ao financiamento externo a partir de 2014: que o país regressa aos mercados em pleno, que o país vai ter ainda de entrar com pezinhos de lã, que o país vai precisar de ser amparado e que o país vai estatelar-se contra a parede.

Foi a última versão desta epopeia, soletrada pelo alegado primeiro-ministro, que Rui Machete memorizou e decidiu partilhar com o mundo a partir da Índia: um segundo resgate não é evitável se as taxas de juro a 10 anos se mantiverem acima de 4,5%.

Machete é um homem que não guarda segredos. Alguém lhe disse que as averiguações que envolviam dirigentes angolanos tinham sido arquivadas e ele tratou logo de anunciar as boas notícias, socorrendo-se do meio mais à mão para conseguir ser ouvido pelas autoridades angolanas: a Rádio Nacional de Angola.

Agora, o ministro dos Negócios Estrangeiros terá ficado a conhecer no Conselho de Ministros a hipotética linha vermelha do 2.º resgate e comunicou-a ao mundo. Os mercados, como se pode ver na imagem supra, tomaram boa nota de que estão em presença de uma orquestra sem maestro.

Tudo leva a crer que Rui Machete foi uma escolha pessoal de Passos Coelho.

2 comentários :

Anónimo disse...

Como é possivel esta lingua de trapos, esta cloaca a céu aberto chamada Machete ainda fazer parte deste governo?!
Já nem falo pelos portugueses decentes, que se sentem insultados por tamanhas demonstrações de incompetencia, soberba e estupidez nata, mas pela saúde do próprio governo.
É que já estão cheios de gente que não faz mais do que dar tiros no pé, não precisam de mais este jarreta e imbecil para compor o ramalhete.

ignatz disse...

foi uma escolha pessoal do coelho após indicação do cavaco e mais um episódio gato-por-lebre da mão- por-trás-do-arbusto.

no cavaco, no crisis.
said - said - said: i remember when we used to sit
In the government yard in trenchtown,
ob- observing the hypocrites
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