sábado, dezembro 14, 2013

"Seis exemplos de vítimas deste exterminador implacável"


• Daniel Oliveira, EXTERMINADOR IMPLACÁVEL [hoje no Expresso]:
    ‘A escola portuguesa, dominada por uma horda de pedagogos pós-modernos, que impõem o "eduquês" e promovem o facilitismo, está a criar uma geração de analfabetos. Foi munido deste tonitruante aviso que Nuno Crato chegou à 5 de Outubro para não deixar pedra sobre pedra. Vou escolher apenas seis exemplos de vítimas deste exterminador implacável: o plano tecnológico, as novas oportunidades (ainda sem substituto), o plano de ação para a matemática, o programa de formação de professores do 1º ciclo, a obrigatoriedade de oferta de inglês no ls ciclo e o programa de matemática de 2007. Porque escolhi estas seis medidas? Porque são algumas das que, tendo sido atiradas para o lixo por Crato, foram expressamente elogiadas no relatório do PISA deste ano. Quanto ao programa de matemática, que o ministro decidiu matar sem qualquer estudo e fazendo tábua rasa de todo o trabalho feito, o relatório do PISA diz que Portugal "memorou na atitude, predisposição e confiança dos seus alunos sobre a escola em geral e em relação à matemática em particular, através, por exemplo, da reforma curricular da disciplina, sintonizando-os com os interesses e as competências dos alunos do século XXI". Não fazendo grande coisa, Crato desfez imensa: suspendeu as obras da Parque Escolar, acabou com o estudo acompanhado e com o horário completo e deu os primeiros passos na criação do cheque ensino, tendo sempre a Suécia como modelo.’

10 comentários :

Victor disse...

Daniel, convém não esquecer, que tu e os teus amiguinhos do BE, votaram ao lado dos direitolas. E, é por isso que está lá esta corja de bandalhos.

Zé Escorpião disse...

Perante este ataque que não vai deixar pedra sobre pedra na escola pública, pergunto onde estão as megas manifestações de professores?
Perante o desaparecimento da contestação nas ruas, deduzo que para eles está tudo bem, mesmo estando tudo muito pior.

Fernando Romano disse...

Nunca se vira tal coisa senhor Daniel Oliveira! E olhe que não era preciso ter ido a Coimbra para perceber, na altura, que a democracia portuguesa entrara num novo ciclo, em que as suas 6 escolhas são exemplos maiores do que era uma política progressista e democrática, patriótica e de esquerda, uma política que consubstanciava uma aliança dos trabalhadores com a débil e dependente burguesia nacional. Mas quê? Há na esquerda portuguesa quem tenha todo o interesse em confundir a débil burguesia nacional com um bando de poderosos para lançar a confusão nas nossas mentes. De facto, foi isso tudo: "o plano tecnológico, as novas oportunidades (ainda sem substituto), o plano de ação para a matemática, o programa de formação de professores do 1º ciclo, a obrigatoriedade de oferta de inglês no ls ciclo e o programa de matemática de 2007". Uma Festa! Nunca se vira uma coisa assim nos últimos 500 anos em Portugal. Era mesmo a sério. E bateram-se vários records, a população activa ultrapassou os cinco milhões, floriram spin-offs, muitas a garantir hoje o sucesso nas nossas exportações.

Mas é crime esconder que ao leme estava um Diamante da política portuguesa: José Sócrates. Prestemos-lhe homenagem, sendo certo que esteve rodeado de ministros de primeira água. Amigos do povo! José Sócrates precisa de se perfilar para disputar a liderança de um novo governo. É preciso aprofundar a ruptura existente para separar águas e desmascarar a corja de oportunistas, nuns casos, e de cobardes, noutros. Os que temos a disputar o poder não prestam, não merecem confiança e não têm ideias e capacidade para liderar este nosso Portugal entregue a colaboracionistas e traidores. Eles são os garantes, os chefes da Nomenklatura portuguesa.

Vivemos um período de ruptura política e de feroz luta de classes. José Sócrates, pelo que fez e ambicionou, não deixou de ser o líder certo para retomar o leme da governação de Portugal. Pelo contrário. Neste momento tem uma base fiel de apoio de 30% da população.



Anónimo disse...

Aliás, os professores do nogueira e afins estiveram sempre na primeira linha do ataque a todas as medidas que só tinham em vista melhorar a escola publica...

Agora que a escola pública está a ir pela borda fora...até que estão bem menos ativos

soudocontra disse...

Concordo plenamente com todos os comentadores anteriores. Já, nos tempos idos do 25A74, cheguei a ser simpatizante do PCP, mas com os anos vamos compreendendo melhor os objectivos reais destes partidos, ditos de esquerda, à esquerda do PS, ou seja, o PCP e BE, que mostraram todo o seu oportunismo político, aliando-se (que desvergonha!!!) aos partidos da direita neo-liberal-fascista para derrubarem a melhor política que estava a enfrentar esta crise provocada pelos alemães e pelas grandes corporações financeiras planetárias, ou seja, a política do PS dirigido por Sócrates!
Viva José Sócrates!!!
Abaixo a manipulação e a mentira!
Ass) Manuel Torres

Anónimo disse...

O Daniel Oliveira viu a "Luz"? Ou está a engolir algum do veneno que derramou, e deu-lhe para a autoflagelação e arrependimento? Convém não esquecer a verborreia que antes dizia e escrevia! Enfim, parece que ninguém tem vergonha na cara!

Daniel Oliveira disse...

O problema do debate político em Portugal é que as pessoas não ouvem nem leem ninguém, imaginam o que cada pessoa terá dito e escrito tendo em conta a sua posição política. As minhas opiniões sobre educação não mudaram nada nos últimos 10 anos. E as criticas que então fiz a MLR também não: a incapacidade de procurar nos professores aliados e a completa inversão de prioridades, que a paralisaram. Se me perguntassem: hoje opunha-me ao projecto absurdo que apresentou para avaliação dos professores. Sim, claro. Mas não é sobre isso que aqui escrevo, pois não? O problema é que em vez do debate quer-se o apoio clubistico. Posso estar a ser injusto, mas desconfio que alguns que agora aplaudem algumas medidas de MLR aplaudiriam as de Crato se ele fosse ministro do seu partido.

Anónimo disse...

Ó Daniel tanto malhaste e participaste na boda cobarde e anti democrática que levou á demissão do governo de Sócrates, contribuindo activamente para um desfecho tão previsível.... Assume a tua responsabilidade. O Crato está lá com o teu apoio. Nós temos memória e não nos esqueceremos.

MLR foi tão só a melhor ministra da educação que este país já viu. Paralisada? Paralisado esta o país com o governo que tu escolheste tacitamente.

João disse...

Eu ainda sou do tempo em que o Daniel estava do mesmo lado da barricada da Manuela Moura Guedes.

Baltazar Garção disse...



Para "discutir" assim, nem vale a pena...