Ontem no Expresso/Economia |
É uma situação inexplicável a bonomia com que a imprensa acompanha o desempenho do governador do Banco de Portugal — mesmo quando, não raras vezes, se comporta como o palrador-mor do reino. Veja-se o estranho caso do concurso frustrado para preenchimento do cargo de director do Departamento de Estudos Económicos do Banco de Portugal: (1) técnicos de elevado gabarito concorrem ao lugar, (2) o conselho de administração do Banco de Portugal conclui que nenhum dos candidatos preenchia as condições e (3) descobre, no decurso do concurso, que o citado departamento necessita de um “reposicionamento estratégico”, (4) que é confiado ao ex-ministro Vítor Gaspar, que, poucos meses antes, tinha reconhecido ter defendido uma estratégia que levou o país a bater com estrondo contra a parede.
Salvo erro, apenas o DN se referiu ao tema, engolindo, de resto, de um só trago o spin da Almirante Reis. Por isso, uma observação sobre o governador do Banco de Portugal é notícia, mais a mais quando envolve um raro juízo crítico sobre a sua actuação.
4 comentários :
Isto do concurso é gravíssimo. Algo de impensável em bancos centrais de países desenvolvidos, sendo lamentável que a imprensa não questione mais. Afinal, quantos economistas concorreram? Todos portugueses? Quantos tinham publicações em revistas científicas de todo? etc etc etc.
Enfim, opacidade total! Numa entidade que supostamente zela pela transparência do sector bancário. VERGONHA!
E o Braguinha, terá concorrido? Aquilo (a mama) do Tropical deve estar a acabar.
Esta de eles terem descoberto a meio do concurso que aquilo precisava de um repensamento estratégico...e dá-lo logo ao Gaspar, não lembra nem ao careca....
Gente falsa, corrupta e insalubre.
Fora, fora, fora.
Ontem já era tarde.
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