Termómetro Político é um programa de análise da RTP Informação, na qual participam os seguintes comentadores: Miguel Pinheiro (ex-director da Sábado), António Costa (director do DE), João Marcelino (director do DN) e Graça Franco (directora da RR, que faltou a esta emissão). Em quatro comentadores, não havia espaço para convidar um que representasse a esquerda?
quinta-feira, fevereiro 27, 2014
Da colossal claustrofobia
Termómetro Político é um programa de análise da RTP Informação, na qual participam os seguintes comentadores: Miguel Pinheiro (ex-director da Sábado), António Costa (director do DE), João Marcelino (director do DN) e Graça Franco (directora da RR, que faltou a esta emissão). Em quatro comentadores, não havia espaço para convidar um que representasse a esquerda?
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24 comentários :
...e depois, o carlos daniel, como nos debates da bola, convida sempre um treinador no desemprego como residente. Neste caso o Pinheiro que "bate" alucinadamente em tudo o q é esquerda à procura de emprego.
Terá o moderador alguma comissão numa futura transferência?
eu ainda sou do tempo em que o luís delgado era o único comentador de direita. agora são todos! mas não assumem...
Com a mudança da direção de informação, é notório que a RTP
passou a estar ao serviço da direita!
Talvez, seja uma opção deliberada para facilitar a sua completa privatização ... perdendo espectadores desvaloriza logo, será
fácil empandeirá-la!!!
repararan agora? Já antes, só com três, antes de Miguel Pinheiro lá ter arranjado o tacho, era a mesma coisa.
Os três da vida airada. Cócó, ranheta e facada. Se lá estivesse a senhora (D. Graça Franco), seriam os três da vida airada mais um. Quando tiraram os seus cursos havia uma disciplina sobre desonestidade intelectual e distracção intelectual. Estas peças não pertencem à classe dos distraídos. Portanto.....
D'Albano
Ninguém de Esquerda e por isso o critério de atribuição das "notas" é geralmente ridículo. Independentemente disso, que categoria têm eles para essa avaliação?
O medo e falta de escrúpulos reinantes na estação pública estão bem patentes em alguns jornais televisivos, especialmente nos da manhã e por vezes no das 13 horas. Peças truncadas, alinhamentos disparatados, desfile de ministros uns atrás dos outros. Ironia da situação: a Esquerda defende a estação pública, mas a Direita é que ganha com o seu descarado apoio.
Espero que haja alguém que confronte o pinguim criador da "claustrofobia"de outrora com a actual situação: todos os três canais de sinal livre e todos os quatro temáticos têm o seu comentador laranja. Nunca houve tamanho predomínio de um só partido na TV como actualmente.
E ninguém protesta?
E nós a pagaramos este lixo (des)informativo que a RTP nos impinge e esta ditadura, através da taxa de audiovisuais que nos impõem na factura da luz, mesmo esta já tendo sido privatizada!Onde para a democracia??? M.
O pivot Carlos Daniel bem quer dar um ar sério "à coisa" uma vez que a sua especialidade circunscreve-se somente ao futebol.
É vergonhoso o Jornal das 13H quando o mesmo é apresentador. Com duração de mais de uma hora, este Telejornal a partir do minuto 21 só se dedica à bola e continua assim até ao fim.
Uma vergonha.
Este mânfio e o Rodrigues dos Santos deviam ser corridos à paulada e sem direito a indemnização pelos danos que já criaram à fraca cabecinha dos portugueses.
Embora ao lado do que trata este post vejam este título do jornal Público :
""Socialistas acusam PS de ficarem "fechados, a rir do país" no Coliseu
LUSA 27/02/2014 - 18:40""!
Não foi o Henrique Monteiro , outro companheiro desta 'tribo' de paineleiros/jornalistas que, um dia, acusou o Marcelino de ser jornalista de desporto , implicitamente sugerindo que era jornalista de 2ª? Portanto, está provado que , para analisar a situação política deste país, basta ser-se apoiante esta cambada que nos (des)governa.
Marcelino e Pinheiro são dois jornalistas tablóides e de extrema-direita (embora Marcelino já tenha andadoi com Sócrates ao colo). António Costa é um comissário da banca e das grandes superfícies que até mantém como Grande Repórter um antiga assessora de Champallimaud, sem carteira profissional de jornalista e autora de linguados tontos, Safava-se Graça Franco, que - mesmo sendo quase tão laranja como aqueloutra senhora que é assessora e escreveu o livrinho apresentado pelo inteligentíssimo parvalhão António Vitorino e que também já foi paineleira no termómetro - sempre é a única que faz tangentes ao jornalismo.
Deixa tar, oh anónimo das 7:00, que entre ser jornalista do desporto e ser Henrique Monteiro vai mesmo uma grande distância. Monteiro senta-se na mesma bancada de Marcelino, o biltre publicitário com alma de Torquemada, perseguidor de bons profissionais e com carteira de jornalista.
Também acho que devia estar presente, pelo menos, um jornalista de esquerda como, por exemplo,...?
A Judite de Sousa, a Fátima Campos Ferreira, o João Adelino Faria, o Mário Crespo, o Carlos Andrade, o Paulo Magalhães, etc, etc, etc, nem precisam de ser de esquerda porque são extraordinários exemplos de isenção e objectividade, hahahaha!
Se calhar está na altura de virar as baterias para estes vendidos de merda, não? Há anos que falo nisto, desculpem a imodéstia.
A culpa do estado miserável em que nos encontramos, não é dos políticos, é destes filhos da puta que tinham a obrigação de informar correctamente para que pudéssemos optar esclarecidamente e contrariar os golpes de asa dos poderes instalados há gerações.
Vieira
Será que tenho que reafirmar que o Henrique Monteiro é uma língua de trapos?
É pela enésima vez que digo isto.
Vieira, a culpa dos jornalistas, Vieira? Valha-nos deus nosso senhor.
Sim, ficaram as putas, mas as portas para os outros saírem foram todas abertas pelo PS - onde a tónica é a de que jornalista bom é o que nos faz o broche a nós e não a do jornalista isento.
Agora, inchem com o que construíram com ERC, com direitos de autor, com justicialização exclusiva do jornalista em detrimento da publicação e do director, com o estatuto do jornalista, com os direitos sociais, com a entrega da publicidade aos patrões.
Ò anónimo das 10h05:
Face ao que assistimos, ainda consegues lançar-te estoicamente às canelas do PS. Óquei.
A acreditar no que dizes, acho que até vou votar neles, quanto mais não seja, pela sua inocência.
Um partido que consegue criar todas as condições para dificultar a sua sobrevivência, é enternecedor.
Podias ter ficado a dormir mais um poucochinho, não?
Vieira
Não Vieira, Estou-me lixando para essa conversa. O PS mais que tem tramado a imprensa e principalmente os jornalistas. Boa parte das leis que prejudicaram a autonomia dos jornalistas e facilitaram os seu despedimento datam dos governos do PS.
FActos são o que são. Legislar para fazer fretes aos patrões da comunicação social dá o que dá. Vote em quem quiser, está em muito boa companhia.
Conheço uma pessoa que diz que os políticos em Portugal são todos comunistas. Agora que os jornalistas são todos de direita, nunca tinha ouvido. Enfim, modernices...
Anónimo das 13h12:
Concordo, factos são factos. Agora, onde é que eles estão é que já começa a ser um problema. Se me pudesse dar uma ajudinha, agradecia.
De qualquer modo, não me lembro de ler ou ouvir qualquer queixa de jornalistas sobre esses "factos" concretos. Lembro-me sim, destes profissionais brochistas do PS (segundo o meu caro amigo) terem andado a desbundar pedofilias e freeports até à inconsciencia e não me pareceu nada que estivessem manietados, os coitadinhos.
Mas, já agora, lembro-me bem de tentativas de passar legislação para limitar a concentração de meios de CS que foram vetadas pelo palhaço-mor (a mando do n°1 do partido) e, por incrível que pareça, o Semedo a falar de ataques à liberdade de imprensa.
Vamos continuar a brincar?
Vieira
Não sei se isto é considerado um FACTO, ou se era a favor dos patrões da CS, mas aqui vai:
http://www.presidencia.pt/?idc=10&idi=27901
Vieira
Ilumina-me, anónimo das 4h08,
enumera, pelo menos, 2 ou 3 que consideres de esquerda,sff.
Podes usar os exemplos que dei -que são a fina flor, crème de la crème- só para nos rirmos um bocadinho.
Vieira
Já não existe esquerda na RTP (nem nas outras TVs)à muito tempo e a culpa foi de Sócrates. Não quis limpar a RTP da tralha para lá despejada pelo PSD nos tempos dos alinhamentos feitos ao telefone com o chefe ministro, e o resultado foi o que se viu, inclusive nos tempos dos asfixiados democráticos a canzoada da qual faziam parte alguns desses fanáticos dos popós acabou por lhe morder as canelas.
Agora mordem-nos as orelhas com a voz do dono!
o meu homónimo anónimo das 4:08 "nunca tinha ouvido" dizer que os jornalistas são todos de direita. Parabéns, fala "por ouvir dizer" e não "por ler o que se publica nos jornais e se ouve na televisão". Um crânio invejável, mas sobretudo impermeável à inteligência de concluir à sua custa, mas bastante permeável ao emprenhar de ouvido. Uma maria vai com as outras, convencido que a ironia assenta na sua estupidez e na de fazer os outros de parvos em vez de assentar na realidade factual
O Vieira, que funciona naseado em crenças clubísticas, diz não se lembrar de reacções contra os factos concretos. Visite o sítio do sindicato dos jornalistas, que não sofre pressões nem dos patrões nem dos políticos, e o que não falta por lá são reacções. O mesmo entre jornalistas mandados para o desemprego ou colocados nas amaciadoras listas de dispensas e de precariedade.
Também encontrará reservas levantadas contra o modo como foi coberta a Casa Pia, assim como, por exemplo, no livro Nuvem de Chumbo, escrito por jornalistas, onde essa investigação jornalística não é propriamente bem tratada.
Pouco relevante é que o PS tivesse razão quanto à lei contra a concentração de meios e que o palhaço-mor tenha vetado. O PS esteve esmagadoramente quase sempre do lado de dar poder aos patrões e directores em detrimento de reforçar a autonomia e a capacidade dos jornalistas invocarem cláusulas de consciência.
(prosseguindo na resposta a Vieira)
Foi gente do PS que afirmou que os jornalistas não fazem trabalho que mereça ser protegido por direitos autorais e que concedeu esses direitos aos directores e órgãos de comunicação social permitindo-lhes usar um mesmo trabalho em vários órgãos do mesmo grupo, beneficiando a extinção de postos de trabalho (extinguem-se sempre os mais antigos, com mais capacidade de se impôr, os mais contestatários, os que não são da cor definida pela direcção contratada pelos patrões), e fazendo com que às vezes se veja a mesma notícia, com as consequências que isso tem para o pluralismo e qualidade da informação.
Explico devagar. O patrão escolhe um director que o serve ideologicamente, este cerca-se de editores de confiança, que cumprem os seus desígnios. E os editores fixam a agenda noticiosa que julgam cumprir os desígnios do director. Ou seja, a agenda é fixada pelo patrão, já que o director quer continuar director e só mantém editores que o não traiam.
Por sua vez, os jornalistas fragilizados na sua capacidade de impôr cláusulas de consciência, com postos precários, substituídos por estagiários ou pouco mais, com contratos a termo, que vêem à porta uma legião de estagiários a querer entrar, cumpre-se a agenda fixada pelos editores. Mesmo que o assunto seja tratado com correcção o tema foi fixado pela direcção. Entra em página o que o director quer e não se aceitam veleidades de fazer trabaçhos fora dessa linha, que permite que o patrão mantenha a confiança nele.
Qualquer jornalista que faça sugestões de trabalhos tem de saber que só serão aceites aquelas que caem dentro da opção editorial fixada por director da confiança do patrão. Se cai fora disso, não é da confiança, não percebe a orientação editorial e torna-se um alvo a despedir.
E o PS tem estado em todos os processos que tiraram autonomia ao trabaçho dos jornalistas e depositaram o poder exclusivo de fixar a agenda nas mãos de directores e patrões.
Depois, há a questão dos pagamentos de emolumentos pela parte de órgãos de comunicação social. Foram fixados por legislação de 2006, 2007, 2008 e 2009. Em termos latos, é aberta e livre a fundação de órgãos de comunicação social. Mas as taxas e emolumentos destroem essa liberdade. Para lançar um diário ou um semanário em papel, é-se forçado a pagar 5100 euros por ano. Se se pertencer a um grupo comunicacional ou se estiver na boa conta dos clubes que distribuem a publicidade, não será problema. Mas 5100 euros pagam o salário de um jornalista duranta cinco meses. Ou um mês do salário de cinco jornalistas. Quem senão as grandes empresas, conseguirá evitar trabalhar com menos ditos cinco jornalistas durante um mês, ou menos um jornalista durenta cinco meses?
Repito, vinco, sublinho. Queria que lhe fizessem o broche a si,arma-se em vítima, mas esquece as sucessivas, insistentes e antigas manobras de cerco à liberdade de informação e à autonomia dos jornalistas levadas a cabo pelo PS e sem que no PS se levantassem votos contra a caixa de pandora que iam abrindo e que com justiça profética amargamente vão colhendo.
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