sexta-feira, fevereiro 21, 2014

"Romper com supostos, bolorentos e estéreis consensos"

• Fernanda Câncio, Calçada fraturante:
    «(…) É compreensível. A calçada portuguesa é bonita e sobretudo gostamos dela - e gostamos dela porque achamos que é uma coisa nossa, só nossa, que conhecemos desde sempre e faz parte da nossa imagem do que é Lisboa. Mas Lisboa é uma cidade, não um postal ilustrado, e as cidades são para ser vividas - caminhadas, fruídas. De preferência sem olhos permanentemente no chão e credo na boca. Que o perigo seja tanto maior quanto mais a zona é "histórica" - devido aos desníveis acentuados da "Lisboa antiga" e à exiguidade dos seus passeios - é uma bela e paradoxal ironia, e para ela dificilmente há solução. Mas, por assim ser, faz sentido restringir a nossa tão portuguesa (até na anunciada irredutibilidade desta discussão) calçada aos locais dos quais não pode nem deve ser erradicada, aí a cuidando e melhorando, e pensar em opções mais práticas para os outros. É só ser racional. Uma coisa à qual não estamos nada habituados, é certo (ah, a tradição - outra vez). Como a romper com supostos, bolorentos e estéreis consensos. Buscar novos caminhos é preciso, e que pelo menos em Lisboa António Costa tenha a coragem de liderar, afrontando oportunismos, fundamentalismos e imobilismos. É a isto que se chama em inglês defender o seu (nosso) chão.»

21 comentários :

Anónimo disse...

Conclusão: A princesinha usa saltos altos e irrita-a dar aos outros a ideia de que não os sabe usar.

soudocontra disse...

Nunca pensei que houvesse gente capaz de pôr em causa a calçada histórica, pelos motivos que apontam... e gente socialista. A conclusão do anónimo das 10:01:00 é perfeita. Nunca pensei!!! Afinal não é só o governo, destruir por destruir, é moda, tal como a dos horrorosos saltos de palmo e meio de certas "senhoras", a maioria, que por aí andam! Claro que a calçada histórica lisboeta gosta tanto dessa moda, como eu!

Sebastião José disse...


Pois. A "princesinha" se calhar deveria era ir morar (liver?) para Londom. Já que gosta mais das expressões inglesas, do que da calçada à portuguesa.

Que fastio...

António disse...

Experimentem andar de cadeira de rodas na calçada portuguesa mal conservada e cheia de buracos que existe na maioria das ruas.

Anónimo disse...

António, experimente andar de cadeira de rodas nos passeiso de Lisboa que estão todos cheios de carros - que esses sim destroem a calçada e a enchem de buracos, mas assunto sobre o qual Costa não faz um chavo.

No Campo Grande destruiu um parque de automóveis construído com João Soares e deixou lá um enorme espaço vazio, deve ser para dar dinheiro aos parque privados da zona.

Baltazar Garção disse...



Defender a calçada à portuguesa, sim, mas sem que isso signifique necessariamente um ataque demagógico ao Presidente da CMLx, Ant.º Costa - eis o desafio das pessoas inteligentes, honestas e livres.

Anónimo disse...

Ataque demoagógico? O Mesmo Costa que se esqueceu de dizer em campanha que esta era uma das suas medidas pós eleitorais?


Às pessoas inteligentes, honestas e livres que defendem a calçada portuguesa, fica a possibilidade de debaterem o facto consumado. É a democracia responsável dos Costas e dos silvas Pereiras e não a demagógica dos que são excluídos da decisão sobre a cidade.

james disse...

Não entendo a razão por que se tem tanta raiva a Fernanda Câncio.

Gostando ou não gostando do que a mulher escreve, deixem-na em paz.

Se foi por ter sido namorada do Sócrates, será que também isso é tema para referendo?

Mas há tantos Hugos Soares por aí?

Ricardo Pinto disse...

Subscrevo totalmente o seu comentário, caro James. Há muita gente que fica a espumar sempre que a Fernanda Câncio escreve alguma coisa. E com ataques pessoais. Como essa dos saltos altos. Deve mesmo ser pelo motivo que o James escreveu. Frustrados.

Anónimo disse...

Eu que comecei a tratá-la com aquilo que James e Ricardo Pinto vêem como raiva a Fernanda Câncio, informo que a trato pelo que ela é publicamente e não por ter sido ou continuar sendo namorada de Sócrates, facto completamente irrelevante para o que a figura é.


Embora em larga medida concorde com muito do que Ferndanda Câncio diz (no caso da calçada, de todo) a sua figura humana pública é do domínio do insuportável.


Nos modos com que responde a quem não concorda com ela, na presunção de superioridade de que se julga imbuída em relação a todos os seres vivos; na dimensão do narcisismo, megalómano e patológico; na egomania; umbiguista gigantesacamente deformidno; no desforço mesquinho e cruel com que destrata e insulta todos os que lhe pareça não concordarem com ela, não parando de calcar enquanto não tiver garantido que pisou, esmagou e que pode escarrar sobre o cadáver morto e humilhado do interlocutor.

Por isso, se os meus amigos pensadores em binário acham que se fala de Sócrates, quando se lembram os sapatos altos da princesinha, a propósito de um texto onde a moça discorre sobre calçadas, faziam melhor em retirar-se por momentos de dentro do Vosso modo de agir e pensar calculista e individual começando a pensar que existem formas não únicas e clubísticas de entender a Cidade e outros sóis na terra além do V. Sol na Terra.

Baltazar Correia Garção disse...



Oiça lá, seu anónimo das 12:35 da tarde, e o que é usted acha sobre o facto consumado das Leis inconstitucionais deste atual "guverno"? O que é que usted acha de todas as medidas pós-eleitorais que o Passos Coelho e o paulo Portas se "esqueceram" de dizer em campanha? O que é que usted pensa sobre os "factos consumados" do nível de desemprego, da dívida pública, do "crescimento" económico e, de um modo geral, do estado do País, da Economia e das condições de vida dos portugueses?

Agrada-lhe essa "democracia responsável" do Relvas, do nuno Magalhães e do montenegro (seguindo o seu exemplo no uso de minúsculas e maiúsculas)?


Ou está aqui preocupado e com lágrimas de crocodilo sobre "os excluídos da decisão sobre a cidade" (e por que não foi usted votar???) e caga de alto nos excluídos da decisão sobre o País?


Vá bugiar.

Conde de Oeiras e Mq de Pombal disse...



Não tenho nenhuma "raiva" à f, nem sequer discordo da maioria do que ela escreve. Mas não vou é concordar sempre com ela, acriticamente, só por ela ter sido namorada do Sócrates. Ora, gaita...

Anónimo disse...

Baltazar Garção, que imagino que seja o nome verdadeiro e não de anónimo, E se aprendesse a ler?

Onde é que o chorrilho de tretas intelectualmente desonestas que baba, se aplica ao que eu disse?

Porque não responde ao questionado e chuta para assuntos que nada têm a ver com o postado?

Quando me fizer essas perguntas num postado sobre esses assuntos, responder-lhe-ei.

Enquanto se entretiver a misturar cagalhões (a acção criminosa do Governo) e marmelos (a acção cobarde do Costa, que é o que aqui está em destaque), não vale a pena andar para aí a fazer apelos compungidos.

Por fim, gostava de saber como sabe se votei ou deixei de votar. Por acaso tem artes de PIDE e bufo? Da próxima veja se acerta.

Anónimo disse...



Hummm, o comentário do Anónimo de sex Fev 21, 02:49:00 da tarde, cheira-me, pelo tipo de linguagem, a ser da autoria duma arrastadeira muito conhecida desta praça e que entrou em pousio, depois da defenestração de Santos Pereira, o Álvaro...

Anónimo disse...

A calçada portuguesa tem anos e anos. Nunca foi incomodo para ninguém. Se hoje é incomodo para alguém é sinal que a CML não faz o trabalho de manutenção que deveria fazer. Mas claro, Costa está apostado na sua agenda do crescimento: dar dinheiro aos construtores e despedir os calceteiros. Lisboa destruida por este governo municipal é uma amostra do que este senhor e seus pares podem fazer ao País se tivermos o azar de alguma vez esta criatura vir a governar Portugal.

Anónimo disse...

Pensem no euro, na Europa e deixem a calçada!

Alguns de vós parecem a Fernanda Câncio em versão brega.

Evaristo Ferreira disse...

Consultei o Professor Karamba sobre o futuro da calçada à portuguesa e foi-me dito que no futuro vai continuar a haver pedrinhas nas ruas de Lisboa. Também me disse que "nada é eterno", portanto haverá menos calçada, mas o mundo em mudança não é estático. Haverá praças e passeios públicos com pisos mais consistentes e de menor custo com a sua manutenção. Vamos ter os dois sistemas. É possível conciliar tradição com modernidade.
Estou para ver.

Anónimo disse...

o anónimo das 3:10 tem muita imaginação. Mas falta de inteligência. Não lhe chega o bestunto para perceber que certo tipo de críticas não podem vir de apoiantes de Santos Pereira.

Coitaditos, do mesmo modo clubístico, que inconseguem perceber que entre as omissões pré-eleitorais do laranjal e as omissões pré-eleitorais de Costa apenas vai uma diferença de grau e quantidade e não de qualidade de carácter político, não percebem que chamar criminoso ao Governo implicará falta de sintonia com (a falta de) princípios dessa banda.

Anónimo disse...

Tanto faz ser uma arrastadeira como um maçom limiano...

Venha o Diabo e escolha.

Anónimo disse...

Evaristo Ferreira, O Professor Karamba disse-lhe então que vamos ter uma cidade de plástico para turista ver - sem carros em cima dos passeios, que sempre dá para as cadeiras de roda rodarem, bem como as sapatilhas e sandálias dos turistas - e uma cidade de alcatrão onde o pessoal pode usar salto altos e cadeiras de rodas para ziguezaguear entre os automóveis que também ocuparam os passeios.

Ainda bem que o sempre corajoso Costa, que ainda gostava que me explicassem o que fez por Lisboa (até a Rata Minnie brilhava depois de Santana/Carmona e o outrora amigo Fontão). Que distância abissal da vereação de Sampaio e Soares que uniram forças políticas. Que distância do arrebanhamento dos independentes que trouxeram expulsões de organizações como a ILGA ou festaroras Continente, Alguidares e Pechisbeque no Terreiro do Paço

João Soares, um tipo corajoso e com uma cidade sua para mostrar, fartou-se de levar pancada por pôr a discussão um elevador para o Castelo, o que lhe minou a reeleição, mas este Costa foi incapaz de levar as votos a calçada.

Somos uns lorpas estúpidos, que o competente Costa é que sabe onde há-de gastar as massas do Tony Carreira no Terreiro do Continente.

Baltazar Correia Garção disse...



Não, não pode ser uma arrastadeira do elvas, muito menos o João "pequenino" Gonçalves, como é óbvio, porque a lenga-lenga bafienta deste amigo Anónimo (imagino que seja o seu apelido de família e não de anónimo, mesmo), que cheira a partidarite comunista aguda à distância de dois bairros.

Atacar o Ant.º Costa, para este tipo de papagaios de serviço, tem dois interesses estratégicos: um de médio prazo (minar a popularidade nacional de Ant.º Costa, eventual candidato a "roubar" lugares de Deputados ao PCP) e outro de longo prazo: fazer campanha contra o PS lisboeta, eterno "candidato" a continuar a "roubar" Vereadores, Presidentes de Junta e Deputados municipais à CDU.


Bate tudo certo, não sei é o que raio a calçada à portuguesa terá a ver com esta propaganda anti-Costa - a menos de, mais uma vez, fazer reverberação sincrónica com a habitual chinfrineira reaccionária, que vê na substituição da calçada apenas mais um recuo do seu Brutogalzinho monárquico, católico e salazarista.


Nada de novo, na frente municipal...