
Disse hoje Maria Cavaco Silva que emigração sempre existiu, mesmo sem crise. Acontece que, nos últimos três anos, Portugal perdeu entre 150 e 200 mil pessoas (subtraindo já a imigração), que deixaram o país em busca de trabalho. Como diz João Peixoto, investigador do Instituto Superior de Economia e Gestão: «Em matéria de emigração, os efeitos da troika foram tão maus como em tudo o resto, ou eventualmente piores, porque os impactos foram muito fortes e muito graves».
O que as palavras de Maria Cavaco Silva escamoteiam é que a actual emigração é consequência da política austeritária do Governo: «Mais do que a crise, foi a resposta austeritária à crise que acentuou o problema demográfico do país» (Jorge Malheiros, do Instituto de Geografia da Universidade de Lisboa). No fundo, as palavras de Maria Cavaco Silva destinam-se tão-só a amparar a política do Governo — ou, por outras palavras, a estratégia de empobrecimento. É a constatação de que Maria faz companhia a Aníbal atrás do arbusto.
5 comentários :
Mas havia alguma dúvida?
Quem é a Maria Cavaco?
Uma parola que mora no palácio de Belém.
Uma indigente que nos sai cara...
O Cavaco e a Maria representam e defendem os valores de uma burguesia que valoriza o dinheiro para si e não tem desejos de igualdade, ou seja diminuição do grande fosso entre ricos e pobres, sem desejos de cultura e saber como meio de nos questionarmos e procurarmos o caminho que melhor sirva a todos.
Sempre tive vergonha destes governantes e da forma como eles odeiam quem os questiona.
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