• Ferreira Fernandes, Elogio à compaixão da Alemanha:
- «Maria Luís Albuquerque foi à Alemanha fotografar-se com Wolfgang Schäuble. A portuguesa não foi ao beija-mão. Foi pior do que isso, o alemão é que achou que devia dar uma mão à sua fiel Albuquerque. Escrevi fiel, não leal. Lealdade é sentimento entre iguais. No final da reunião do Eurogrupo, que abriu uma porta, o grego Varoufakis disse o que se ia fazer: "Acordamos (...) uma nova lista de reformas que vamos abordar de um modo escolhido por nós em colaboração com os nossos parceiros. Não iremos continuar a seguir o guião que nos foi dado por agências exteriores." Isto é, o grego disse: estamos em crise, mas não deixamos de ser um país independente. Isto é, não aceitou ser o "protetorado" que o governo português disse com todas as letras ser. Sobre os que governaram assim, Varoufakis disse: "Eles nunca imaginaram a possibilidade de dizer não. Quando não se consegue imaginar a possibilidade de dizer não, não se está a negociar. E quando não se está a negociar numa situação como a da crise da zona euro, acaba-se a aceitar um acordo em que no fim (...), além de mau para os fracos, é mau para os fortes." A Alemanha reconheceu isso e vai mudar. Por isso é que piedosamente deu uma mão aos seus fiéis. Quando os lusitanos Audas, Ditalco e Minuro, comprados pelo general romano Cipião, mataram Viriato, foram pedir a paga. Foram mortos e expostos com um cartaz: "Roma não paga a traidores." Sorte a do governo português. Berlim paga.»
7 comentários :
Excelente, Ferreira Fernandes!
Esta Maria Luis é mesmo uma parolinha, toda vaidosa! Cuidado com ela! Estava maravilhada a aspirar o perfume do aleijadinho!
Enquanto isto vamo-nos esquecendo do Gaspar, o priminho do outro, o tal que em 2011 tambem votou no parlamento o chumbo do acordo alternativo ao resgate. Gaspar esse fanático criativo, genuíno imitador do estilo Schauble.
Olhem bem o aleijavardo e a aleijavardona.
Espero que não tenha saído do orçamento geral do estado esta acção de campanha da CDU Alemã.
Eu seria mais prudente e terminaria assim;
E Berlim paga?
Quando se tem mentalidade de sabujo como a criada da foto, fica-se radiante por se poder sentar ao lado do patrão.
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