Na biblioteca da SciencesPo (via ignatz) |
Uma leitura mais atenta da folha com que o pequeno grande arquitecto se entretém a esbanjar os fundos que lhe chegam do paraíso fiscal do Panamá revela que a categórica (e elegante) manchete («Livro de Sócrates não foi escrito por ele») não tem correspondência no artigo, no qual se lança apenas uma hipótese: «Terá sido um professor catedrático português a escrever o livro A Confiança no Mundo - Sobre a Tortura em Democracia».
Seja como for, o outrora luminoso Sol já deu provas de que não está imune a alucinações. Mas aceitando que alguém possa ter vendido informações, alegando, para as valorizar, que estavam em segredo de justiça, cabe perguntar:
- 1. Qual é o interesse que este fait-divers tem para as investigações em curso?
2. Uma tese de mestrado relativamente avantajada pode ter sido ditada ao telefone?
3. Sabendo-se que José Sócrates esteve em Paris entre 2011 e 2013, e observando que se trata de uma tese de mestrado que manifestamente não foi escrita do pé para a mão, pelo que terá começado a ser redigida (pelo menos) em 2012, desde quando é que o ex-primeiro-ministro está a ser investigado?
10 comentários :
Pois é, e já repararam no novo slogan/campanha do PSD (http://www.psd.pt): Acima de tudo Portugal
decalcada de: Deutschland über alles
Quem tem razão é o Bloco, quando afirma que este governo é mais alemão que o alemão. E dirá o Paulinho das feiras...
Já não tenho palavras para descrever o que me vai na alma sobre estes canalhas que tomaram conta do país. Se eu fosse mãe ou filho de Sócrates, acho que renunciava a ser Português. É demais!
Se eu fosse mãe do Sócrates contratava uma Jihad Islâmica para fazer o que tem de ser feito. E eles seriam Charlies.
A ser verdade, já seria o segundo Sócrates a não deixar nada escrito.
LM, de engenharia diz mas que não é filósofo e que ficou sentado a ver crescer as obras agarrado à cábula, no hard feelings.
Apesar da chalaça (essa piadinha de algibeira deve ter direitos de autor), o seu comentário revela um desconhecimento absoluto de como se faz hoje a avaliação num mestrado. Anote-se, e refiro-me apenas ao primeiro ano curricular: discussão de textos e/ou apresentações orais, fichas de leitura ou recensões críticas, pesquisas bibliográficas robustas e drafts da estrutura sujeita a acordo com o professor (com ou sem discussão prévia na aula ou no gabinete) e, por fim, trabalho final. Muito se escreveu, portanto.
O imbecil maior é aquele que pensa que todos os outros são imbecis. O Saraiva é um imbecil maior. Ignora completamente como se faz um mestrado. Está tudo dito no comentário do RFC,dom mar 29, 05:35:00.Falta pouco para o palerma do Saraiva começar a defender a tese de que o engenheiro José Sócrates é um holograma.
As escutas, a investigação, a prisão preventiva, a chafurdice do sol e do coreeio da manha, as eleições,...nada disto tem que ver com qualquer crime.
Tudo faz parte duma golpada das corporações - com o beneplácito de alguém que já lucrou muito com o bpn, tecnoformas, e outras malandrices...
quando ficar bem exposto para que serve o Estado de direito...
será preciso tomar medidas mais radicais...foi assim que se fez a revolução francesa
e foi assim que tiveram de ser apeados todos os regimes de arbítrio
É um escândalo considerar jornalista alguém cujas principais características do que escreve são a insinuação caluniosa, a maledicência e a devassa da vida pessoal. É um escândalo ainda maior esse alguém ser professor convidado numa Universidade portuguesa.
@RFC
É pedir muito, se pedir para transcrever para português a 1.ª frase?
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