• Francisco Louçã, O primeiro dia é feliz, mas as dificuldades chegam depois:
- «(…) Dizem alguns comentadores que entenderam do discurso de Cavaco Silva que este ameaça demitir o governo. Depois de 53 dias de empastelamento da política, alegar uma divergência de doutrina económica sobre o papel do consumo ou outra questão avulsa para impedir a apresentação da proposta do Orçamento de Estado, tudo isto nas últimas semanas de mandato, entre a Missa do Galo e a eleição do novo presidente? Em Portugal, isso não existe. Mas a notícia política é que houve quem vislumbrasse essa esperança obscura nas entrelinhas do Presidente. Ou seja, a direita está tão perdida que fantasia um confronto épico convocado numa manhã de nevoeiro a partir de Belém, o que simplesmente quer dizer que não sabe o que fazer.
Costa respondeu com um governo moderado e com um discurso moderado. Ele quer acentuar a deslocação da direita para as bordas do discurso incompreensível. Nem precisa de se esforçar muito. Entre António Costa, oficialista e ponderado, e Marco António Costa, a prometer uma crise política que rebenta tudo, a quem é que o eleitor de centro compraria um carro em segunda mão? Pois é, nem vale a pena perguntar. (…)»
3 comentários :
A conta dos 53 dias é a prova provada da valia da palavra do Costa.
Até que o acordo pudesse ser disfarçado de 'negativo' para 'geringonçoso' foram mais de 30 dias!!
Muito bom Francisco Louça.
Quanto ao discurso de António Costa, concordo, foi moderado.Mas muito bom.
Vale a pena perguntar é:
E O MARCANTONHO COSTA JÁ FOI DENTRO?
Juntamente com os outros dois PATIFÓRIOS??
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