quarta-feira, fevereiro 08, 2006

A palavra aos leitores

A propósito da transcrição de uma passagem de um artigo do Correio da Manhã, um leitor, provavelmente da carreira diplomática, fez um comentário, que reproduzimos na íntegra:

    Caro Miguel Abrantes,

    Confesso que o tinha em melhor conta. O "artigo" publicado no pasquim Correio da Manhã não passa do habitual chorrilho de alarvidades demagógicas "vêem, há uns gajos que ganham muito...".

    Primeiro, começam por afirmar que os 48 conselheiros e adidos cujos contratos foram rescindidos ultimamente eram "diplomatas". Não eram tal. Apenas se trata de pessoas, com ou sem vínculo à Função Pública, que foram nomeados por decisão Ministerial (sabe-se lá com que critérios... adiante) para prestar serviço em Embaixadas, Consulados e Missões. Têm um regime legal próprio.

    Depois, colocam uma lista completa dos vencimentos que são auferidos pelos diplomatas, esquecendo-se (curiosamente...) de referir que se trata de remunerações ilíquidas.

    Depois, pegam nos valores mais altos dos abonos, e fazem o título.

    Quanto aos abonos, que apenas são auferidos por diplomatas quando em serviço no estrangeiro, convirá relembrar que, salvo no caso específico dos embaixadores, que têm residência oficial (como em qualquer diplomacia), aqueles terão de servir para as rendas de casa, despesas correntes, sustento do cônjuge (ou pensam que os cônjuges dos diplomatas arranjam emprego no estrangeiro?).

    Os valores mais altos referidos no CM aplicam-se em Espanha. Cada país tem valores diferentes, pelo que não se podem fazer generalizações.

    Não são tributados, queixam-se as virgens ofendidas? Pois não são, mas se fossem, como é que as pessoas sobreviviam? Experimentem viver em Paris, Londres ou NY com metade dos valores ali referidos (após tributação)... talvez debaixo da ponte, a apanhar comida no lixo...

    Saberá o caro Abrantes que estes valores não são actualizados desde 1994? Eu já referi, noutro comentário, que não me importo de ser tributado pelos abonos - mas então que os dupliquem!!

    E já agora permito-me acrescentar o seguinte - sem demagogia, e comparando com outros diplomatas da União Europeia, os portugueses são mal pagos. Os valores líquidos auferidos por um diplomata espanhol (mesmo por um brasileiro...) são o dobro, e os italianos chegam a receber por vezes 5 vezes mais. São factos. Da UE 15, só os gregos recebiam valores similares.”

    Não se confundam as coisas, e não se entre em demagogia barata. Como se pode observar pelos valores das pensões auferidas pelos diplomatas, se os abonos não são tributados, também não contam para a reforma, o que é de elementar justiça...

Por que será que, quando se trata de matérias que envolvem funcionários da carreira diplomática (como também aqui), é possível conversar como gente civilizada?

24 comentários :

Anónimo disse...

Os diplomatas são uns Senhores (tal como o "Miguel Abrantes"...).
O resto é escumalha e como tal deve ser tratada...

Anónimo disse...

Subscrevo o comentário publicado... Não posso deixar de aplaudir a atitude do Miguel Abrantes.

Anónimo disse...

Só resta saber quem que faz quem que põe comentários ofensivos...

Não é verdade, "Miguel Abrantes"...?

Anónimo disse...

Ora querem ver que é o próprio Abrantes que se auto-flagela e que nunca um magistrado passou sequer ao largo deste blog !!!

Anónimo disse...

É verdade, tratando-se de diplomatas é possível conversar como gente civilizada.
Os tipos são treinados para aturar todos os badalhocos e nunca perdem a calma mesmo diante de um boçal abrantes.
São admiráveis os diplomatas. Disso não há dúvida (passe a imodéstia).
E tu, ó abrantes, se tivesses apenas um grama que fosse do estilo (bastaria o estilo apenas) de um diplomata certamente que nunca, mas mesmo nunca, abririas a tua cloaca nauseabunda para vomitar aqui o chorrilho de asneiras que a mais das vezes vomitas.
Percebes, ou queres que te faça um boneco?

Anónimo disse...

Caro Miguel Abrantes,

Acabei deler o seu comentário, que obviamente agradeço. Não vale a pena negar que sou funcionário público, de uma carreira especial (a diplomática). Não me considero melhor ou pior que qualquer pessoa que aqui escreva, só me parece que se deve tentar manter um registo cordato, em consonância com os posts.
Claro que tive de me conter, mas a culpa é dos "artistas" responsáveis pela publicação deste artigo miserabilista no pasquim em causa. O que me entristece, porém, é o tom dos comentários do leitor do mesmo, que ali podem ser consultados. Por vezes, e durante uns segundos, tenho pena de ser português... depois passa, obviamente. Mas olhe que é duro estar fora de Portugale ter que ler certas barbaridades. Adiante...
Como noutros caso, há que reflectir seriamente sobre a fronteira da justiça e do previlégio. Garanto-lhe com sinceridade que, comparado com colegas de outros Estados-membros da UE, os dilomatas portugueses (como os restantes cidadãos, aliás), não são previlegiados.
Já agora, mantenho o anonimato porque não sou porta-voz ou representante da minha carreira, só um leitor de longa data deste blogue, onde já tive oportunidade de comentar, quando entendi oportuno,porque me pareceu que tinha de deixar exposta a minha perspectiva dos factos.
Só mais uma nota - relativamente à maior ou menor civilidade dos diplomatas, trata-se apenas de uma questão de proporção. Sendo apenas cerca de 600 (incluindo os que trabalham em Lisboa), não me parece racional que esbracejemos contra moinhos de vento, até porque o peso real do MNE nas contas públicas é, obviamente, insignificante...

Anónimo disse...

Para lá dos diplomatas:

a)Lembram-se do caso Maria Elisa, uma trafulhice política do PSD? Paga,depois de 'incapacitada' para ser deputada, para não fazer nada, ou melhor, para passear em Londres?
b)Mais - adidos militares:
Numa altura em que os mecanismos de integração na aliança atlântica e noutros órgãos internacionais têm sido objecto do incremento da presença de nacionais militares e civis nas suas estruturas, há no campo das embaixadas uma real possibilidade de proceder a economias significativas de recursos humanos e financeiros - mais de meia centena de penduras de luxo. Em tempos, o Estado de Israel decidiu proceder à redução de efectivos nesta área, por uma razão de economia. Mas trata-se de um país pobre, comos sabemos.
c) A bem da Diplomacia, da necessária e da séria. E da economia.

Anónimo disse...

Uma questão interessante: porque é que os magistrados se comportam como uns bárbaros quando se põem em causa as suas regalias e os diplomatas, ante idêntica situação, se comportam como uns cavalheiros?
Não quero ser elitista, mas só encontro uma causa que os diferencie: a origem de classe.
Uns foram campónios ou oriundos da pequena burguesia de Gaia ou da Margem Sul que marraram uns códigos para subir na vida
Outros cresceram a ouvir ópera e não estão convencidos que as docas de Gaia sejam o lugar mais cosmopolita ao cimo da Terra. O resto vem por acréscimo.

Anónimo disse...

"Uns foram campónios ou oriundos da pequena burguesia de Gaia ou da Margem Sul que marraram uns códigos para subir na vida
Outros cresceram a ouvir ópera e não estão convencidos que as docas de Gaia sejam o lugar mais cosmopolita ao cimo da Terra. O resto vem por acréscimo."

Mentira, mil vezes mentira... Nem o "Miguel" do alto do Olimpo da sua sabedoria, se atreveria a dizer tal barbaridade...

Mas continua-se aqui a julgar a floresta pela árvore...
Uma mentira mil vezes repetida passa a ser uma verdade...?

Anónimo disse...

Martins da Cruz , quando foi MNE, teve esta saida:
- Uns andam a come-las e eu e' que lhes tenho de arranjar emprego!
Quem seriam os protagonistas da historia?

Anónimo disse...

Parece-me muito reaccionária essa distinção pela dita origem de classe. Mas eu encontro muitas outras subsumíveis a um quadro de actuação em que um corpo profissional usa o martelo para se impor e o outro corpo usa a persuasão. Faz a diferença.

Anónimo disse...

Nem todos os juizes são carroceiros nem todos os diplomatas são uns senhores. Generalizar é sempre perigoso. Como alguem diz aí em cima há a árvore e a floresta.

Anónimo disse...

A representação em Londres vai ficar mais pobre sem a Maria Elisa Domingues. Ela acrescenta valor como sucedeu na AR. Perguntem ao Pinto da Costa .

Anónimo disse...

Os diplomatas (e bem...) sabem adular (mesmo quando são insultados...). Os Juizes sabem julgar (nem sempre bem, mas nem Salomão sabia...).

O resultado no contacto directo com estes textos é este... uns respondem forte (não, os insultos não são comuns nos juizes e devem ter origem heteronómica...) e os diplomatas (apesar das provocações, como a dos "croquetes" e similares) encaixam e respondem...

Mas subsecrevo as opiniões de:
Qui Fev 09, 12:32:35 AM
Qua Fev 08, 10:32:45 PM
Qua Fev 08, 09:45:48 PM

Anónimo disse...

Ao querido anónimo defensor de diplomatas,


1. Facto: a lei não prevê isenção de tributação dos abonos e subsídios, logo a sua não declaração constitui fraude fiscal.

2. Facto: a maioria dos srs diplomatas não percebe (nem quer perceber) a ponta de um corno dos dossiers técnicos com que por vezes, em dias maus, tem de lidar. Adivinhe quem, lhes explica os assuntos? Adivinhou, os técnicos do quadro externo, os tais que agora convém defenestrar...

3. Facto: tem alguma ideia de qual é a avaliação da utilidade e valor acrescentado da diplomacia portuguesa (sem ser a política de distribuição de rendimentos pelos filhos e netos dos saudosos do pré 25 de Abril)?

Um pouco de seriedade intelectual ficar-lhe-ia a matar mas seria uma novidade. Parabéns pela defesa da seita, estou certo que terá uma progressão fulgurante na carreira!

Anónimo disse...

Para este último anónimo,

Feliz, ou infelizmente, nunca tive o "prazer" de conviver profissionalmente com um dos técnicos do quadro externo, que agora vem defender (será um deles? Um dos "defenestrados"? adiante...).
Quem conviveu traçou-me quadros tenebrosos, de gente ociosa e acomodada, o que não espanta - muitos dos "defenestrados" estão a trabalhar no estrangeiro sucessivamente há mais de dez anos, alguns mesmo vinte (for the record - com a excepção dos Embaixadores, existem limites máximos para a permanência de diplomatas em posto, que se cifram em nove anos. Estes nove anos não serão sempre no mesmo posto, serão dois, e por vezes três).
Alguns são funcionários públicos, mas todos - todos, sem excepção - devem a sua nomeação e continuidade a fretes políticos, de diferentes cores e origens. Nenhuma destas pessoas foi seleccionada por demonstrar alguma qualidade. São nomeados por pura e simples escolha política, como típicos "boys" e "girls" dos aparelhos políticos.
Sobre o "facto 3" - se os sr. técnicos complementam a acção dos diplomatas, como se refere no "facto 2", e se a diplomacia não é produtiva, qual é o vosso grau de responsabilidade? Por amor de Deus, não me venha dizer que os Srs. têm ideias geniais, e que são "sabotados" pela "seita".
Olhe, para concluir, não me parece que pertença a nenhuma seita, e se tiver uma progressão fulgurante na carreira é porque fui promovido (sinónimo de concurso). Ao anónimo, e aos seus colegas, as sinecuras aparecem-vos do céu aos trambolhões, porque são produtos dos fretes políticos que decidem fazer. Tenham coragem, e submetam-se a concursos.. olhe, parece que abriu um concurso para 20 vagas na carreira dipomática. Aproveite, que não se discrimina - está aberto a qualquer licenciado, independentemente do curso, e não tem limite máximo de idade... como parece conhecer tão bem o MNE, pode ser que parta em vantagem...

Anónimo disse...

Digamos que, pelos apelidos dos diplomatas, há direitos de sucessão ãceites no palacio das Necessidades.

Anónimo disse...

Ao sindicalista diplomata.

Noto que a resposta ao facto 1 ficou no tinteiro. Poderá sempre solicitar a colaboração de um técnico qualificado e que lhe possa explicar o que é o princípio da legalidade fiscal.

Qunatos aos factos 2 e 3: não tenho qualquer dúvida quanto à sua incapacidade em conviver com dossiers técnicos ou de quem se ocupa deles. Integra a boa tradição de ociosidade e de incompetência da croquetal diplomacia. Se prestar atenção constará que as poucas posições fundamentadas que emanam de Portugal são provenientes de Ministérios sectoriais e produzidas por...técnicos. Que depois quem as não estuda e não as compreenda nada consiga fazer com elas tem muito a ver com as virtudes ensinadas no Largo do Rilvas.

Já agora e para sua informação a maioria dos técnicos colocados no quadro externo integram a função pública e passaram por concursos públicos orientados por critérios objectivos, bem diferentes da endogamia que grassa no MNE. Já a progressão na carreira dos diplomatas é, como todos sabemos, imune a cunhas, favores, e genealogias e apenas assente na acumulação de colesterol e de doenças várias. Nesse capítulo em nada difere de outras corporações.

Nota final: não copie a técnica dos magistrados que acusam todos os que os criticam no seu corporativismo de invejarem a sua entrada para a casta. Não é intelectualmente honesto e nem sequer é um argumento que mereça acolhimento.m Já lhe ocorreu que nem todos o querem imitar nas suas virtudes?

Anónimo disse...

Estou deslumbrado com a cortesia como se discute esta carta. O Abrantes deveria deixar de falar dos juizes e falar mais dos diplomatas. Tornava o blog mais agradável de ler.

Anónimo disse...

Ao Sr. Anónimo "Técnico"

Como já referi antes, não tenho mandato para defender nenhuma "casta" (por acaso até gosto de croquetes - se os adoradores de croquetes podem ser considerados uma "casta" - mas confesso que, no estrangeiro, não é coisa que se veja com frequência...).
Se por "dossier técnico" se refere ao manual de instruções de um helicóptero, não me julgo habilitado para o ler. Mas os "dossiers técnicos elaborados pelos ministérios sectoriais" parece-me que sim, desde que escritos em línguas compreensíveis e numa linguagem clara. Porém, julgo que os ditos dossiers são mais raros que dentes em galinhas (não, não sou zoológo... não é preciso ser "técnico" para perceber que as galinhas não têm dentes...).
Sobre a tributação, não falei, porque já me pronunciei sobre o assunto - não me importo de ser tributado, julgo que nenhum diplomata terá aversão à DGCI (pelo menos não mais que os restantes portugueses... desculpe lá, sr. técnico, é DGCI, não é? Não sou "técnico tributário", posso estar equivocado...), desde que seja devidamente compensado com um aumento equivalente nos abonos.
O amigo "técnico" é que também não comentou o essencial - a prevalência exclusiva das cunhas ministerias para proceder à vossa selecção. Porque funcionários públicos há muitos, mas porque é que uns são escolhidos (é mesmo uma escolha) e outros não o são? Porque é que estes ungidos passam a vida nas mesmas embaixadas, durante anos a fio, enquanto os outros não saiem de Lisboa? Silêncio sepulcral... já agora, e como os mecanismos de abonos destes srs. são iguais aos meus, não pensem que eles pagam impostos... pois, aí o silêncio também é de ouro...
Sobre os "concursos públicos na função pública", o amigo é melhor estar caladinho. Por acaso, até fiz alguns antes de chegar aonde estou, e posso dizer que nunca vi tanta falta de pudor, baixaria e vigarice. Concursos curriculares, onde entram os amigos e os contratados a recibo verde, onde as entrevistas são meros pró-formas, porque já se sabe quem são os escolhidos?
Este texto já vai longo, e confesso que a paciência para aturar para-quedistas, oportunistas, boys e tachistas, não é muita. O certo é que desde que Freitas do Amaral decidiu correr com metade destes gabirus, os ditos começaram a sair debaixo das pedras e a rastejar activamente. Desafio algum dos leitores deste blogue a identificar algum destes "técnicos" e, sobretudo, a dar um exemplo da respectiva utilidade para o Estado. Muito simplesmente, poucos portugueses sabiam que tal cambada existia, pelo que a sua integração num quadro especial devidamente regulamentado e reduzido, só os pode disciplinar.
Quem não deve, não teme, e estas criaturas estão é bem borradinhas, porque a mama está a acabar...

Anónimo disse...

Caro técnico:
Não ligue a provocações de 3ª do "Miguel" (especialistas tributários há muitos, mas com o gosto pelo "croquete" é que não...).

O nosso governo optou por uma luta sem quartel contra o seu funcionalismo público e alguns lambe-botas seguiram o tom, de rédea-curta, com esta "guerrilha" de extrema-esquerda e de terra queimada que a todos prejudica. Deixe zurrar os burros, pois agora é o seu tempo...

Anónimo disse...

Anónimo Qui Fev 09, 09:20:36 PM

Vá lá para os posts dos juizes . Não conspurque este post que a conversa apesar de tudo mantém-se a um nível decente.

Anónimo disse...

Sou o Anónimo de Qui Fev 09, 09:20:36 PM:

Obrigado pelo convite, "Miguel", mas eu não sou Juiz...

Fui eu que falei demoradamente de "diplomacia de croquete" em tom acintoso...?

Fui eu que citei um artigo do CM ao nível de outros do 24horas ou d'O Crime...?

Mas que "nível"...tão baixo...!

E reafirmo o que antes aqui coloquei:
O nosso governo (e alguns "Migueis") optaram por uma luta sem quartel contra o seu funcionalismo público e alguns lambe-botas (quem serão..?) seguiram o tom, de rédea-curta, com esta "guerrilha" de extrema-esquerda e de terra queimada que a todos prejudica. Deixemos zurrar os burros, pois agora é o seu tempo...

Anónimo disse...

Ao Sr. sindicalista diplomata de serviço,


1.Continuamos a aguardar a sua defesa da fraude fiscal praticada em relação aos aos abonos e suplementos que, de acordo com a lei fiscal em vigor, devem ser tributados em sede de IRS.

2.Se bem percebi todos os concursos para a função pública são maus menos os que decorrem no MNE, para escolher diplomatas...Estamos conversados.

3.Ao contrário do que resulta da sua reduzida compreensão (e menor experiência) o problema do MNE é o de não saber ( e não querer) tratar a informação técnica que lhe chega dos diversos Ministérios sectoriais. Essa dificuldade era atenuada com técnicos vindos desses Ministérios. Ao contrário do que lhe meteram na cabeça os seus mentores espirituais, a defesa dos interesses de Portugal faz-se com conhecimento profundo de dossiers técnicos e não com arrotos e bocejos enquanto se olha para o relógio a ver se a reunião termina ou a olhar para o lado a ver o que pensa a maioria dos delegados ou, mais ridículo ainda, o que pensa o delegado espanhol.

4. Noto que já largou o argumento do quanto ganham os outros noutros países. Talvez valha a pena lembrar-se qual é o PIB per capita em Portugal. Ah, mas isso é um argumento técnico.

5.Não responderei aos apodos que decidiu distribuir. Dizem mais sobre si do que em relação àqueles a que os destina.

6.Espero que o Condestável Freitas o promova rapidamente, por concurso público como é tradição, e ouvido soviete local denominado na lei Conselho Diplomático (originalidade não existente noutros serviços da função pública que tanto desmerece).