quarta-feira, março 15, 2006

O representante da Fazenda Pública

Alguém se lembrou de dar a possibilidade aos cidadãos de exigir indemnizações ao Estado pela actuação ilícita das entidades públicas. Há uma proposta de lei, relativamente à qual o procurador-geral da República foi ontem ouvido. Segundo o DN, Souto Moura ‘mostrou-se preocupado com um "impacto grande ao nível do trabalho" do MP nos tribunais’. É compreensível a sua preocupação com a corporação que dirige — e isso nem sequer é notícia.

Verdadeiramente surpreendente foi uma ilação de Souto Moura, que, de resto, apanhou desprevenidos os deputados da Comissão de Direitos, Liberdades e Garantias da Assembleia da República: "Vai significar um aumento da despesa pública, disso não tenho dúvida nenhuma". Com esta notável dedução, Souto Moura é um sério candidato a substituir Teixeira dos Santos numa eventual remodelação.

8 comentários :

Anónimo disse...

Continuam as larachas de quem já se habituou a falar do que não sabe.

His master´s voice, indeed!

Anónimo disse...

Pode ser que com esta nova medida legislativa, um ´miguel abrantes` qualquer da administração pública, tenha que pedir a um qualquer representante do Estado nos tribunais, apoio...judiciário, por causa de asneiras que prejudiquem outros.

Anónimo disse...

O que vamos ver é os nomes dos responsáveis pelas asneiras. E se, como tantas vezes acontece, essas asneiras forem bem grosseiras, haverá direito de regresso contra os responsáveis ?

Anónimo disse...

O problema é que para os miguéis abrantes, as asneiras podem mesmo ser leves.

Já para os magistrados requerem-se grosseiras...

E anda para aqui o apaniguado do poder do momento, feito His master´s voice, a defender por omissão o indefensável e sem perceber sequer o que anda a escrever.

É o idiota útil, parece-me.

Anónimo disse...
Este comentário foi removido por um gestor do blogue.
Anónimo disse...

Que as vítimas não peçam indemnização! Dêem-lhe antes um tiro nos cornos!

Anónimo disse...

E diz-se Souto Moura "chefe" de uma "magistratura" autónoma, isenta e imparcial, subordinada apenas à legalidade e objectividade.Hitler não faria melhor...

Anónimo disse...

É mais Hitler o Sócrates do que o SOuto.