“A atribuição eficiente de recursos escassos — aquilo que a gíria apelida de “economicismo” — é essencial para garantir que toda a população possa ter acesso aos cuidados adequados e não só aos SAP e outros substitutos modernos do João Semana (com a diferença não desprezável de agora serem financiados pelo Estado e proporcionarem ganhos confortáveis aos que percebem as reais consequências das políticas assentes no princípio de que “terá sempre de haver dinheiro”).”
“Dêem-se as voltas que se derem e por crucial que seja fazermos essa distinção, ela, hoje por hoje, não é possível. A indignação dos inocentes não se consegue distinguir com nitidez do descarado calculismo dos culpados. E a primeira resposta para o problema, a primeira condição para uma justiça operante e efectiva, é, como toda a gente entende, a prontidão. O tempo é vida nos seres finitos. Mas à justiça voltarei um dia destes: não na óptica de juízes, delegados do Ministério Público, advogados ou agentes de investigação criminal, mas na mais simples e mais importante, que é a do cidadão. Que não tem nenhum interesse corporativo a acautelar.”
“Em muitos processos de forte componente mediática (‘Operação Furacão’, ‘Apito Dourado’) a PJ não teve qualquer intervenção, tendo o processo sido avocado pelo MP, que em muitas situações exerce, de forma atípica e estranha, funções de polícia, o que é prejudicial porque faz hipotecar o distanciamento desejável e a sua autonomia. E quando as coisas correm mal a PJ também paga a factura dos azedumes públicos e dos media.”
“A Associação Sindical dos Juízes Portugueses deu mais um tiro no pé. A falta de visão estratégica levou-a a rejeitar a nomeação, pelo Executivo, de um gestor para o Tribunal. Faz todo o sentido que o gestor seja indicado pelo Governo e o juiz presidente nomeado pelo Conselho Superior da Magistratura.”
11 comentários :
Faltou citar esta parte do texto do Nuno Brederode Santos:
É certo que já vamos olhando com um pé atrás o carpido de alguns que, conhecidos e desmascarados, procuram ganhar os favores populares e intimidar os agentes judiciais,
As crónicas que N.Brederode Santos publica no «DN» podem ser lidas na versão online do jornal, como se sabe.
Mas, além disso, podem ser comentadas e discutidas no blogue onde as publica: SORUMBÁTICO (http://sorumbatico.blogspot.com)
Carlos Medina Ribeiro: Não percebo o alcance do seu comentário. o miguel não fez a ligação para a versão online do jornal? Ou é uma forma de publicidade gratuita?
Dei-me ao trabalho de ir ver se o dito"D Sebastião"faz parte do board da GS.Nada!Entre os mais de uma dezena de nomes não consta.Nem sequer dos nomes dos "executive directors...e vice presidents.Afinal onde está ou esteve o Dr Borges?A costumada saloice portuguesa terá promovido o homem a cargos inventados a partir de outros de nível bem menor?Vice presidente de quê afinal?convinha saber...
Tenho pena Miguel queria comentar, mas, falta-me a fundamentação desta afirmação do Sr Desembargador Rui Rangel: "Faz todo o sentido que o gestor seja indicado pelo Governo e o juiz presidente nomeado pelo Conselho Superior da Magistratura.”
Para Cleopatra
O Sr. Desembargador Rui Rangel não costuma perder tempo a explicar os seus axiomas (aliás, tudo o que diz ... são axiomas . Mas, neste caso, tem razão . E isto também é um axioma)
O juiz Rangel, que prudentemente absolveu em início de carreira o assassino de Sartawi, é quase tão certeiro como o professor Marcelo nestas coisas do Direito Criminal. Ó senhor desembargador, valha-o Deus. O que é isso de o Ministério Público avocar o processo?... Não sabe que o MP é o titular da acção penal e tem a direcção do inquérito? Você, desembargador Rangel, ainda chega a conselheiro. A propósito de axiomas: um axioma é uma proposição evidente mas indemonstrável. Nada do que diz Rangel é evidente e muito menos demonstrável.
Atenção à Navegação:
EU SOU DISSE E ESCREVI ISTO:
Tenho pena Miguel queria comentar, mas, falta-me a fundamentação desta afirmação do Sr Desembargador Rui Rangel: "Faz todo o sentido que o gestor seja indicado pelo Governo e o juiz presidente nomeado pelo Conselho Superior da Magistratura.”
E ainda estou à espera que, o Miguel que costuma ser tão correcto comigo, me indique o texto completo.
É que quero mesmo comentar!!!!!!
Se é um axioma ou não logo hei-de concluir depois de ter oportunidade de ler todo o texto e o contexto e, quem sabe, falar directamente com o Sr Desembargador sobre o assunto.
... não vai ter 'oportunidade de ler todo o texto e o contexto', uma vez que a fundamentação se fica pela afirmação ... (e foi esta circunstância que me levou a falar em axioma ...) A solução é mesmo 'falar directamente com o Sr. Desembargador sobre o assunto', porque argumentos não hão-de faltar ...)
OK!
Então vamos a isso.
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