domingo, fevereiro 17, 2008

Sugestões de leitura — A morte de Trotsky e assim

• Teodora Cardoso, As boas intenções:

    “A atribuição eficiente de recursos escassos — aquilo que a gíria apelida de “economicismo” — é essencial para garantir que toda a população possa ter acesso aos cuidados adequados e não só aos SAP e outros substitutos modernos do João Semana (com a diferença não desprezável de agora serem financiados pelo Estado e proporcionarem ganhos confortáveis aos que percebem as reais consequências das políticas assentes no princípio de que “terá sempre de haver dinheiro”).”

• Nuno Brederode Santos, A VERDADE SOBRE A MORTE DE TROTSKI:

    “Dêem-se as voltas que se derem e por crucial que seja fazermos essa distinção, ela, hoje por hoje, não é possível. A indignação dos inocentes não se consegue distinguir com nitidez do descarado calculismo dos culpados. E a primeira resposta para o problema, a primeira condição para uma justiça operante e efectiva, é, como toda a gente entende, a prontidão. O tempo é vida nos seres finitos. Mas à justiça voltarei um dia destes: não na óptica de juízes, delegados do Ministério Público, advogados ou agentes de investigação criminal, mas na mais simples e mais importante, que é a do cidadão. Que não tem nenhum interesse corporativo a acautelar.

• Rui Rangel, Investigação criminal:

    “Em muitos processos de forte componente mediática (‘Operação Furacão’, ‘Apito Dourado’) a PJ não teve qualquer intervenção, tendo o processo sido avocado pelo MP, que em muitas situações exerce, de forma atípica e estranha, funções de polícia, o que é prejudicial porque faz hipotecar o distanciamento desejável e a sua autonomia. E quando as coisas correm mal a PJ também paga a factura dos azedumes públicos e dos media.”

    “A Associação Sindical dos Juízes Portugueses deu mais um tiro no pé. A falta de visão estratégica levou-a a rejeitar a nomeação, pelo Executivo, de um gestor para o Tribunal. Faz todo o sentido que o gestor seja indicado pelo Governo e o juiz presidente nomeado pelo Conselho Superior da Magistratura.”

11 comentários :

Anónimo disse...

Faltou citar esta parte do texto do Nuno Brederode Santos:

É certo que já vamos olhando com um pé atrás o carpido de alguns que, conhecidos e desmascarados, procuram ganhar os favores populares e intimidar os agentes judiciais,

Carlos Medina Ribeiro disse...

As crónicas que N.Brederode Santos publica no «DN» podem ser lidas na versão online do jornal, como se sabe.

Mas, além disso, podem ser comentadas e discutidas no blogue onde as publica: SORUMBÁTICO (http://sorumbatico.blogspot.com)

Anónimo disse...

Carlos Medina Ribeiro: Não percebo o alcance do seu comentário. o miguel não fez a ligação para a versão online do jornal? Ou é uma forma de publicidade gratuita?

Anónimo disse...

Dei-me ao trabalho de ir ver se o dito"D Sebastião"faz parte do board da GS.Nada!Entre os mais de uma dezena de nomes não consta.Nem sequer dos nomes dos "executive directors...e vice presidents.Afinal onde está ou esteve o Dr Borges?A costumada saloice portuguesa terá promovido o homem a cargos inventados a partir de outros de nível bem menor?Vice presidente de quê afinal?convinha saber...

Cleopatra disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Cleopatra disse...

Tenho pena Miguel queria comentar, mas, falta-me a fundamentação desta afirmação do Sr Desembargador Rui Rangel: "Faz todo o sentido que o gestor seja indicado pelo Governo e o juiz presidente nomeado pelo Conselho Superior da Magistratura.”

Anónimo disse...

Para Cleopatra


O Sr. Desembargador Rui Rangel não costuma perder tempo a explicar os seus axiomas (aliás, tudo o que diz ... são axiomas . Mas, neste caso, tem razão . E isto também é um axioma)

Anónimo disse...

O juiz Rangel, que prudentemente absolveu em início de carreira o assassino de Sartawi, é quase tão certeiro como o professor Marcelo nestas coisas do Direito Criminal. Ó senhor desembargador, valha-o Deus. O que é isso de o Ministério Público avocar o processo?... Não sabe que o MP é o titular da acção penal e tem a direcção do inquérito? Você, desembargador Rangel, ainda chega a conselheiro. A propósito de axiomas: um axioma é uma proposição evidente mas indemonstrável. Nada do que diz Rangel é evidente e muito menos demonstrável.

Cleopatra disse...

Atenção à Navegação:

EU SOU DISSE E ESCREVI ISTO:
Tenho pena Miguel queria comentar, mas, falta-me a fundamentação desta afirmação do Sr Desembargador Rui Rangel: "Faz todo o sentido que o gestor seja indicado pelo Governo e o juiz presidente nomeado pelo Conselho Superior da Magistratura.”

E ainda estou à espera que, o Miguel que costuma ser tão correcto comigo, me indique o texto completo.
É que quero mesmo comentar!!!!!!

Se é um axioma ou não logo hei-de concluir depois de ter oportunidade de ler todo o texto e o contexto e, quem sabe, falar directamente com o Sr Desembargador sobre o assunto.

Anónimo disse...

... não vai ter 'oportunidade de ler todo o texto e o contexto', uma vez que a fundamentação se fica pela afirmação ... (e foi esta circunstância que me levou a falar em axioma ...) A solução é mesmo 'falar directamente com o Sr. Desembargador sobre o assunto', porque argumentos não hão-de faltar ...)

Cleopatra disse...

OK!
Então vamos a isso.