sábado, maio 10, 2008

E a "acumulação primitiva" não conta?

Eduardo dos Santos desafia ao combate à corrupção e tráfico de influências em conferência do MPLA. Nós por cá já sabíamos, através de um eufórico Jerónimo de Sousa, que se vivem novos tempos em Angola.

Admitindo que a situação está diferente em Angola, convém sublinhar que o secretário-geral do PCP põe uma pedra sobre o passado, ou seja, não fala da “acumulação primitiva”, que o velho Marx descrevia assim:
    “(…) a acumulação do capital pressupõe a mais-valia, a mais-valia a produção capitalista, e esta a existência de grandes quantidades de capital e de força de trabalho nas mãos dos produtores de mercadorias. Todo esse movimento tem assim a aparência de um círculo vicioso do qual só poderemos escapar admitindo uma acumulação primitiva, anterior à acumulação capitalista (‘previous accumulation’, segundo Adam Smith), uma acumulação que não decorre do modo capitalista de produção, mas é o seu ponto de partida.

    Essa acumulação primitiva desempenha na economia política um papel análogo ao do pecado original na teologia. Adão mordeu a maçã e, por isso, o pecado contaminou a humanidade inteira.”
Mas a maçã de José Eduardo dos Santos agora não interessa nada, pois não?

1 comentário :

Anónimo disse...

Jeronimo e os seus capangas é gente sem vergonha. Mentem, deturpam,glorificam, negam, odeiam, controlam,apoiam o que de pior há no mundo.

A todos os regimes politicos, ditatoriais, repressivos e policiais dão o seu apoio, como se identificam com as suas praticas.

Regimes esses onde pior se vive, não existem direitos, só deveres. Os direitos humanos são negados, as liberdades são quartadas, se discorda vai na prisão. É este tipo de sistema que os comunistas defendem, claro, se lhes perguntarem, negam e dizem defender a democracia, qual? se só há uma? A nossa e, não a deles.