segunda-feira, outubro 13, 2008

E sobre a CGD nada disse



Dada a situação crítica da economia mundial, Pedro Passos Coelho considera que não é chegado o momento de tirar o tapete à Dr.ª Manuela: “Haverá um momento para fazer um balanço, mas agora não é altura de me pronunciar sobre a forma como o PSD se tem portado a fazer oposição”.

Enquanto não chega o momento do balanço, Passos Coelho desfia as suas propostas: aquela do IVA no recibo (que a União Europeia não consente), a outra da redução dos impostos e da despesa do Estado (que, por acaso, a Assembleia Geral do FMI e do Banco Mundial defende que deve aumentar para limitar danos na economia real) e aqueloutra dos pagamentos do Estado (que nunca foram tão céleres como agora).

Bem vistas as coisas, as propostas de Passos Coelho não se diferenciam das propostas da Dr.ª Manuela — embora se admita que as apresente num tom de voz mais mavioso.

O jornalista não se espanta com a circunstância de Passos Coelho não apresentar uma só proposta para as pessoas colectivas de carne e osso. Mas eu espanto-me por o jornalista não ter colocado a Passos Coelho a única questão em que parece distinguir-se de Manuela Ferreira Leite (e fazendo-o aproximar-se de António Borges) e que, tenho a certeza, os leitores do DN gostariam de ver respondida:
    — Dr. Passos Coelho, continua a defender a imediata e total privatização da Caixa Geral de Depósitos?

2 comentários :

Anónimo disse...

É como tenho vindo a dizer, os "jornalistas" estão vendidos ao chefe. Só perguntam aquilo que o outro quer que se pergunte.

Cambada de mercenarios.

Anónimo disse...

Só quem não lê os posts do jornalista no seu blogue é que não conhece as suas preferências partidárias, por isso não espanta esta linha de entrevista.