quinta-feira, janeiro 29, 2009

Índice de Desonestidade (+5)




1. Que o líder do poder executivo lidere, distanciado, um top de presenças na televisão é a coisa mais banal do mundo.

2. Que o segundo lugar dessa lista, num regime não presidencialista, seja ocupado pelo Presidente da República não é normal.

3. Que Manuela Ferreira Leite, líder do principal partido da oposição, apareça no fim do top é perfeitamente normal: MFL foi eleita presidente do PSD em 31 de Maio; mesmo que a sua estratégia inicial assumida não tivesse sido o silêncio, basta fazer as contas - se descontarmos as férias de Verão, MFL foi líder do PSD durante metade de 2008, ou seja, se tivesse sido líder do PSD durante o ano inteiro teria tido, não 15 horas de exposição televisiva, mas o dobro, ou seja 30 horas, o que a colocaria no segundo lugar do top, o seu "lugar natural".

Ou seja, o que este gráfico mostra é a absoluta normalidade na relação entre os media, no caso, a TV, e o poder político. Com uma ligeira distorção favorável ao Presidente da República. Que um intelectual não queira perceber isto...


Contributo do João

8 comentários :

Anónimo disse...

Hoje só quero dizer que sim...

sim,

que espero o País tenho senso e saiba descortinar o embuste do trabalho sério

que produza resultados no futuro próximo,

mesmo e contra corporações que se defendem e atacam com os mais miseráveis calunias e metodos...

que, não existindo deus, este se fará substituir por cidadãos conscientes do que é verdade e essencial,

e tamb+em do folclórico nas campanhas terroristas emn curso

Só quero dizer que sim, no orgulho do esforço incessante contra a crise,

o obscurantismo no mercenarismo e irresponsabilidade na educação, na justiça, na saude

Eu acredito no País, na verdade, na capacidade do todo nacional que somos

e que venceremos esta presente crise...

Enfim só quis e quero dizer que sim...

abraço

Anónimo disse...

Além do protagonismo que tem sempre, em qualquer Governo, o líder do Executivo, há outro factor importante e que normalmente é ignorado. É que aquelas barrinhas são somatório de notícias positivas e negativas. Quem não repara no infindável bater-no-ceguinho e da procissão do leque partidário (principalmente na RTP1) que são os jornais televisivos?
Pacheco sabe disto. Sabe mais: com esta campanha sistemática há editores que se sentem na obrigação da favorecer, ainda mais, a Oposição (de partidos, sindicatos, associações patronais, etc). Por exemplo, Mário Nogueira não é o professor (mas não muito) mais presente na TV?

Anónimo disse...

segue link para o meu twitter

FPM disse...

MFL e LFM juntos dão essas 30 horas.

MFerrer disse...

E, se a essas contas, se retirarem as campanhas sujas, a desinformação, os boatos, os desmentidos e as mesas redondas de comentadores pagos à hora, e do mais que escorre pelas sarjetas...,
E, se se pesar o encher chouriços a que correspondem, a mais das vezes, as notícias fabricadas para dizerem alguma coisa sobre o PR/PSD e sobre o PP e sobre as férias de cada um deles em cada praia que mandam fechar com segurança pessoal...
ou as horas infinitas despendidas en frente-a-frentes entre as mais extraordinárias personalidades, de não menos surpreendentes origens e coincidências,qual será o resultado?
Se foi para isto que se criou a imprensa livre e plural, vou ali e já venho!
MFerrer

Anónimo disse...

Com esta metodologia, que não faz a análise qualitativa das notícias/informação, podemos chegar à conclusão que o Arrastão é o blog mais "socrático" da blogoesfera.
Se for possivel isolar a presente semana neste "estudo" veremos no futuro que talvez não haja em todo o mandato um período tão "benéfico editorialmente" para o PM.Em pleno "caso" Freeport é obra.
Mas vindo de quem vem, a desonestidade não espanta, porque o objectivo é,como sempre, influenciar e condicionar os jornalistas. Por outro lado para a rapaziada como o R.Costa , o Crespo, a Manuela, o Teixeira (que a cada aparição pede incessantemente mais informação para não deixar morrer o caso ) etc... esta cobertura feita pelo grande timoneiro deve ser regozijante.

Anónimo disse...

Ver as televisões portuguesas em programas de telejornal, debates e outros, é penoso, são enganadores, tendenciosos, parciais e defraudem a inteligência dos cidadãos conscientes.

Basta ver o rol de personagens que passam pela janelinha vomitando opiniões, sem contraditório. Quem vê, só vê e ouve uma opinião. Será isto democrático?
Outro aspecto não menos importante e a ter em conta, é a forma como a noticia é construída no sentido de atingir negativamente o governo. Qualquer leigo se apercebe.
Sobre mesas redondas, debates, ouvir o publico, etç, tudo não passa de uma encenação construída à volta dos mesmos temas, com os mesmos intervenientes, que rodam de mesa em mesa, (fazem-me lembrar aqueles tipos que iam a todos os casamentos e de borla), bem pagos, sabem de tudo e de todos, autênticos camaleões que mais não são que uns gameleiras, que chafurdam as vidas pessoais e das instituições, armados em cavaleiros andantes e puros, quando não passam de pobres joguetes, mas conscientes, nas mãos do poderoso polvo mafiosa que domina a comunicação em Portugal.

fado alexandrino. disse...

Presumo que este gráfico se reporte às notícias em todos os meios de comunicação.
Sendo assim é perfeitamente disparatada.
Aqueles que são privados têm todo o direito de dar as notícias que muito bem entenderem.
O mercado julgará da bondade das mesmas.