terça-feira, fevereiro 03, 2009

Prós e Contras [2] – Fontes protegidas

A propósito deste elogio do Vasco Barreto à “prestação” de Eduardo Dâmaso no Prós e Contras, lembrei-me de um “pormenor” a que assisti ontem à noite: o momento zen aconteceu quando Fátima Campos Ferreira interpelou Eduardo Dâmaso sobre a violação do segredo de justiça. Dâmaso reconheceu a existência das violações, esquecendo-se do velho álibi do jornalismo de investigação.

A pergunta seguinte era previsível. Foram apontados os elementos da Polícia Judiciária e do Ministério Público como autores das fugas pelo ex-bastonário da Ordem dos Advogados José Miguel Júdice.

Em desespero de causa, o director adjunto do Correio da Manha virou as “suspeitas” para as “partes”, dizendo que são estas, muitas vezes, as interessadas nas fugas. Com mordacidade sádica, Júdice explicou que os autores das fugas neste caso kafkiano devem ser então Charles Smith e Sócrates.

Independentemente do cómico da situação, vale a pena atentar no cuidado com que Dãmaso protege as suas fontes.

Polícias ou procuradores na origem das fugas, nunca!

Adenda — Comentário da leitora Ernestina S.:
    "O politólogo Meirinhos esqueceu-se de acrescentar que, contraditoriamente, as pessoas quando perguntadas se alguma vez tinham sido abordadas para fazer suborno, aí uns 86% disseram que não. É um importante comentário feito por Marina Costa Lobo. Mostra até que ponto formulam a sua opinião a partir do que dizem os media e não do seu conhecimento pessoal. Uma das falhas do programa foi o não esclarecimento sobre o processo de Aroeira, que a maioria das pessoas ignora. Outra, resumir a "representação" dos jornais ao director-adjunto do CM. Porquê? Outra, mais grave, confundir as palavras de Cavaco sobre as "leis". Ele referia-se à lei do divórcio com a discutível opinião de que, apesar de tão recente, já estava a fabricar novos pobres. O que era para ali chamada? Também não se percebe que interesse tem o que diz Paulo Morais, o qual, enquanto vice de Rui Rio, não apontou uma só vez as irregularidades de que tanto fala em abstrato e em geral, depois de sair da câmara. Ah!, como é fácil o perorar com generalidades! Mas bastante inútil."

7 comentários :

Anónimo disse...

A vida destes jornalistas de "investigação" depende das fontes que os fazem dançar. Queriam que o Dâmaso as queimasse na praça pública ?

Anónimo disse...

A vida destes jornalistas de "investigação" depende das fontes que os fazem dançar. Queriam que o Dâmaso as queimasse na praça pública ?

Anónimo disse...

"jornalismo de investigação"?

Vou ali e já venho.

Por muito que me entristeça já prefiro ler os sites e tv's internacionais aos portugueses.

Anónimo disse...

Ex-Bastonário é coisa que não existe.

Anónimo disse...

Todos têm medo dos jornalistas. Ninguém tem a coragem de dizer que vivem da continuada violação do segredo de justiça. O Dâmaso é paradigma disso mesmo. Tem amigos em toda a Polícia Judiciária. Sabe primeiro do que se passa do que os directores. O Ministério Público ajuda à festa. Há juízes que também dão uma perninha. É do que a malta gosta. Todos impunes, todos sérios. Essa dos advogados ou dos interessados tem piada. Uma piada triste, é evidente.

Anónimo disse...

Muitos dos convidados para botar opinião, foram tão imbecis roçando a pura demagogia, como esse "paladino" anti-corrupção, conhecido por, Paulo Morais. Senhor que acusa todos mas não apresenta um facto concreto, e os media, como drogados, correm atras desse imbecil armada em mais um justiceiro.
A estrategia de PMorais é clara, acusa de forma abstrata com um único objectivo, esconder toda a quantidade de casos de corrupção, de compadrio, no varios dominios, que elementos do seu partido tem feito neste ultimos anos.Desde o futebol, politica e finanças, são as cetenas varios casos relatados.

Anónimo disse...

bem
para este colectivo se apoiar na museravel prestaçao do vira casacas da quinta das lagrimas , um tipo sordido permanentemente encostado a quem manda,no pros&pros so podem estar desesperados