sexta-feira, setembro 25, 2009

Desde quando é que o Dr. Portas defende os pescadores?!

Acabo de ver na página da TSF a seguinte notícia:
    "O Tribunal Administrativo de Ponta Delgada condenou o Ministério da Defesa por «omissão ilícita e culposa do dever de fiscalização» das águas açorianas entre 2002 e 2004, altura em que o democrata-cristão Paulo Portas era o titular desta pasta."
Cá está mais uma vez a aplicação do provérbio "olha para o que eu digo, não olhes para o que eu faço", em que a direita (PSD e CDS-PP) são experts, e que ao longo desta campanha eleitoral tem servido de mote para estes dois partidos. Esta simples notícia demonstra mais uma vez que o REI VAI NU. Vejamos:

Diz o CDS-PP no seu programa eleitoral:
    "A perda de importância do sector das pescas é apenas o sinal mais evidente da falta de entendimento da relevância que o mar, em termos de riquezas naturais ou mesmo comerciais, pode ter para Portugal. Corremos o perigo de perder continuar – até à fuga total de oportunidades para outros países -capacidades no sector da construção naval, portuário além da, já referida, pesca.
    Não esquecemos, também, a importância para a segurança nacional, de manter as capacidades de vigilância marítima."
Mais à frente e como solução para este problema, o CDS-PP sustenta:
    "... Se não formos nós a controlar o uso dos nossos espaços marítimos e a garantir que são espaços seguros, não serão certamente outros a fazê-lo... Em muitas das decisões sobre as pescas, Portugal confronta-se com uma Política Comum de Pescas que, frequentemente, é impeditiva do crescimento do sector. Porém, não faltam exemplos de países de dimensão comparável à nossa que conseguem defender a sua pesca, no seio da política comum, por vezes apesar dela e não raro batendo-se – e coligando-se com outros países – para alterar os seus efeitos nocivos.

    Uma boa negociação de quotas, uma aposta séria na construção e não apenas no abate de embarcações, a desburocratização de muitos dos aspectos quotidianos do sector, o repensar de estratégia fiscal e uma maior consciência social sobre as condições de vida dos pescadores – e das suas famílias – têm de estar presentes numa visão diferente da política de pescas."
Como explicará isto o Dr. Paulo Portas, o patriota defensor supremo dos interesses da Pátria, que afinal acaba de ser condenado por um tribunal, precisamente por de forma consistente e deliberada não ter defendido a nossa soberania e os interesses nacionais? A notícia não deixa margem para dúvidas:
    «Apesar do governo regional e das associações de pesca terem pedido o aumento da fiscalização, o então ministro da Defesa, Paulo Portas, deu instruções à Marinha e à Força Aérea para não fiscalizarem os barcos espanhóis fora das 100 milhas», «foram retirados meios de fiscalização, omitido o controlo das águas nacionais e permitiu-se a actividade das embarcações espanholas»...
Bem prega Frei Tomás...

[Contributo do leitor António O.]

1 comentário :

Anónimo disse...

Isto não só indica falta de deligência na defesda dos interesses nacionais, como indica cedência a interesses Espanhois!!! Como explicará a Drª. Manuela isto.