terça-feira, setembro 22, 2009

Leituras [4]

• Mário Crespo, Crime Público:
    Como os jornalistas são por vezes um bocado vagos e de compreensão lenta, a Casa Civil da Presidência da República achou por bem ser específica na encomenda dando um briefing claro a pessoa de confiança no jornal. "Vais falar com fulano e pergunta-lhe por sicrano, vais aqui, vais ali, fazes isto e aquilo e trazes a demasia de volta". O homem ainda tentou cumprir com a incumbência, mas a coisa não tinha pés nem cabeça e parece que lhe disseram isso repetidamente.

    (…)

    Cavaco Silva deve ter tido uma birra monumental com a sua Casa Civil e mandou perguntar ao amigo do jornal: "Sócrates está quase a ser reeleito e essa notícia não sai"? Como o que tem de ser tem muita força, a história lá saiu. Mal-amanhada, mas era o que se podia arranjar. Lá se meteu a Madeira no meio porque, como ninguém gosta do Jardim, gera-se logo um capital de boa vontade. Depois, como tinha pouca substância, puseram na mesma página duas colunas ao lado a dizer que, há uns anos, o procurador-geral da República tinha dito que também estava a ser escutado, e a encomenda ficou mais composta. Que interessa que tudo isto seja bizarramente inverosímil? Nos média, o que parece, é. Cavaco Silva julga que está a ser escutado, portanto, está a ser escutado, tanto mais que o seu recente depoimento presidencial é que "não é ingénuo".

3 comentários :

Anónimo disse...

cavaco, manuela, lima, jm fernandes, alvarez .... a inventona, o maior embuste politico-institucional-mediático desde o 25 de Abril.!

Anónimo disse...

Isto é o mesmo Crespo que tem sido tão solicito na camapnha negra?

Ou será apenas a sua compreensão lenta?

Ou a solicitude ou falta dela foi apenas com a miragem dos US? Como diz o Cintra, um dos mais assanhados...

A. Moura Pinto disse...

É pelo menos a segunda facada do Crespo do Público, nos últimos tempos... O Público merece mas, se apenas contássemos com crespices, estaríamos mal.
Um valente de agora que chega tarde. Para se dar ares...