«O PSD não aceitou o resultado das eleições. Convenceu-se que as ganharia. Não consegue digerir o facto de o país não ter sufragado a sua estratégia de “superioridade moral” e de ter devolvido o poder ao PS. Precisa de resolver de uma vez por todas qual é o seu lugar e o seu papel na vida do país. Enquanto não o fizer, mantém a vida política refém da sua crise existencial».
Estas são palavras de Teresa de Sousa no Público de hoje [a cronista não deve esquecer as palavras de Cavaco que, no longínquo ano de 1986, acusava os deputados do PS de, “passados oito meses das eleições de Outubro (de 1985)”, ainda não terem sido «capazes de ultrapassar os ressentimentos e frustrações pelo desaire e de entenderem as suas causas» (citado por Fernando Lima aqui, p.53)].
Se dúvidas houvesse quanto à pertinência da observação de Teresa de Sousa, bastava ler a crónica de hoje de Vasco Graça Moura no Diário de Notícias, que termina a transbordar de ressentimento e desprezo pela escolha dos portugueses: “Com que então votaram nessa gente? Quiseram elegê-los? Gostam do resultado? Pois agora lambuzem-se”.
3 comentários :
Vasco Graça Moura é um medíocre. E não alimento gente intelectualmente desonesta.
..aliás, o "estado" da Oposição que temos em Portugal, depois da tentativa (conseguida em alguns casos com a ajuda da comunicação social) de estupidificaçao dos portugueses - é o Estado de Falta de Honestidade Intelectual.
O rol de casos que confirmam isto são inúmeros e até podemos dar a título de exemplo o facto de que para a Oposição o desemprego em Portugal ter subido .."não é culpa da crise mundial" (que nem existe para a Oposição!)..."a culpa é do Sócrates"!
[outrossim..têm vergonha de falar nos BPN, têm vergonha de falar nos roubos dos banqueiros, têm vergonha de falar nas renováveis, têm vergonha de falar na aposta nas tecnologias, têm vergonha de falar nas melhorias da escola pública, têm vergonha de falar na desburocratização, entre tantos exemplos que a Oposição nos lega..
Perante esta fuga ao que verdadeiramente interessa aos portugueses..que resta aos pulhas e aos medíocres?! Persistir em não ser sério intelectualmente. Eis o Estado D'eles.]
VGM ainda não percebeu que o que tem vindo a escrever só serve para provar quão adequada foi a opção dos portugueses.
VGM é um caso sério, a poder dar matéria para uma boa tese académica sobre o homem e a obra. As suas opiniões em matéria política são a expressão do excesso de fel que a visícula produz.Quando não gosta...odeia. Este sentimento expressa-o igualmente na obra literária (que, diga-se, é notável).E não é preciso
pesquizar muito para o verificar.
No mesmo jornal onde publicou este artigo (DN)estão 3 importantes artigos sobre a "Mensagem" de F.Pessoa. Não sendo admirador do Poeta respiguei alguns termos bem azedos com se lhe refere:
'portentosa parvoíce'...
'insuportável'...'impacientam-me'...'sem pés nem cabeça'...
'irritam-me exclamações interjeccionais'[de Pessoa]...'tem [Pessoa]passagem delirante'...'das mais surpreendentes enormidades da sua prosa crítica'.
Como é perito em adjectivação forte (para o meu gosto demasiado gongórica) e porque o povo (que despreza)não lhe fez a vontade
há-de malhar nele sem dó nem piedade.
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