‘Não sei quando é que se cunhou a ideia de que se "se vivem tempos maus para a liberdade de expressão". Não me lembro por exemplo de ter ouvido tal coisa quando o jornalista João Carreira Bom foi dispensado do Expresso por ter escrito uma crónica a chamar rei do telelixo a Balsemão - crónica que o então director do Expresso (agora no Sol) disse só ter sido publicada por não a ter lido antes. Ou quando Joaquim Vieira saiu do mesmo jornal por, segundo ele, divergências com o director em relação à redacção de uma notícia sobre Joe Berardo, anunciado accionista da SIC. Ou quando em 2008 Dóris Graça Dias denunciou a não publicação de um seu texto sobre um romance de Miguel Sousa Tavares, cronista do jornal.’
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