quarta-feira, agosto 04, 2010

“Portugal era (e é) apenas um país periférico da Europa que, como outros, demorou o tempo necessário a entrar na senda da industrialização”

• Pedro Lains, Oliveira Martins: ser ou não ser:
    Em suma, chegados a Maio de 1893, Oliveira Martins tinha uma ideia sobre Portugal, escrevera sobre ela com argumentos históricos, subira ao Ministério da Fazenda para algo fazer e, nada conseguindo, voltara-se contra os políticos e a política (morrendo, infelizmente, pouco depois).

    Que lições se podem tirar desta vida? Depende. Há quem conclua que o País é irremediável e que por isso não vale a pena nenhum esforço. E há outros que concluem que é preciso ir mais longe e tirar o país das garras dos políticos, no caminho de novos rumos. (Ainda haverá quem conclua que a política é isso mesmo: a arte do economicamente possível).

    Uma dessas conclusões - a de que se pode mudar o país, desde que ele seja retirado das garras dos políticos - nunca morreu e foi agora reavivada com um projecto de revisão constitucional. O que querem os seus promotores?

    Há lá várias coisas. Há questões ideológicas puras, simples e legítimas. Mas há lá também algo que Oliveira Martins seguramente adoraria. A capacidade do Presidente demitir o primeiro-ministro. Que melhor enquadramento para agir na sombra, influenciar o poder sem passar pelo Parlamento, e buscar soluções pretorianas, de "iniciativa presidencial", para corrigir o País?

    A única coisa que a história nos ensina é que isso já foi tentado. Sem grandes resultados, pelo vistos.

1 comentário :

Anónimo disse...

eu queria sabe pq nao tem as perguntas que nnos fazemos voces mandam as respostas tudo erradas