segunda-feira, setembro 20, 2010

‘Quem ganhava e quem perdia com tão obtusas propostas? Para que os interesses económicos estabelecidos ganhassem, tinham os cidadãos que perder.’



António Correia de Campos escreve sobre o que Pedro Passos Coelho quer para a área da saúde:
    O dr. Pedro Passos Coelho queixa-se de que os seus adversários políticos teriam cavalgado uma onda retórica de modo inaceitável, convencendo os portugueses de que ele pretendia destruir o SNS.

    Existe material escrito que lhe é atribuído, sob a forma de um livro que resume o seu pensamento político. No capítulo dedicado à Saúde podemos encontrar quatro interessantes ideias.
Neste artigo intitulado O ‘ghostwriter’, Correia de Campos recorda que Passos Coelho defende:
    • A privatização de unidades hospitalares;
    • A concorrência entre os sectores público e privado, o que levaria necessariamente a que “o sector privado seleccionaria a sua clientela entre as patologias menos graves, enviando os doentes caros para o SNS, no final da sua exploração rentável pelo sector privado”;
    • O fim da gratuitidade do SNS, que inverte a lógica do acesso universal, uma vez que o lugar da redistribuição da riqueza é o sistema fiscal, não o sistema prestador de saúde;
    • A compensação por subsídio fiscal ao contribuinte que recorre ao sector privado, a qual representa uma das mais injustas desigualdades do actual sistema (com o actual benefício fiscal, os 30% mais pobres recuperaram em média, apenas 8%, os 30% mais ricos recuperaram em média 24% das respectivas despesas de saúde).

1 comentário :

M.azevedo disse...

Isto, é de facto injusto. A razão que leva o PSD, a não aceitar alterações nesta benesse, é para satisfação das clientelas que estão no seu ADN: os papás ricos, os donos dos colégios, Hospitais e clinicas privadas. Também para o Psd abriu "a caça aos nichos" Orçamento e o País que se danem..